Regal Academy || One-Shots

Abismo

- Corra! Eles estão aqui! - Alguém disse enquanto criaturas famintas por sangue e poder emergiam do becos e avenidas.

A mulher, ao ver as criaturas, bradou em alta voz para sua equipe. - Separem-se! Não temos escolha e nem tempo!

- Não podemos revidar. Vamos acabar nos perdendo. Tem de haver outra maneira para despistarmos estas criaturas horrendas. - A outra heroína de sua equipe falou.

- Mas se não fizermos isso, vamos morrer. - Um homem falou com uma estranha calma.

- Vamos nos separar. Vocês três, vão juntos para oeste, levem os cidadãos com vocês. Outros dois, vão para norte, tentem acabar com as criaturas em suas armadilhas. - A mulher deu as devidas ordens.

- Mas e eu? - Outro homem perguntou.

- Você, vá com eles arrumar as armadilhas. - A mulher falou.

- E você vai fazer o que? - Ele perguntou.

- Irei atrair as criaturas, é a única maneira de vocês conseguirem sair daqui. - A líder disse.

- Não pode fazer isso, querida. - O herói falou indignado. - É perigoso demais, vão matar você, e eu não suportaria te perder.

A mulher olhou para ele com profunda tristeza. Não queria que ele morresse, ele era tudo que ela tinha. Seus pais e avó haviam morrido meses antes por causa do vilão, ela estava sozinha.

- Vou! Vou sozinha. Você não pode me impedir. - Ela falou tentando soar firme e corajosa, mas sua voz saiu fraca e vacilante.

- Não vou te deixar ir sozinha, seria muita covardia. Você é minha namorada, não vou te deixar atrair aqueles negócios estranhos sozinha! - O amante exclamou com firmeza olhando nos olhos da dama.

A mulher soltou um longo suspiro.

- Está certo. Então vamos! - Ela respondeu.

Todos tinham partido para suas devidas missões. Só havia sobrado o casal que iria atrair as criaturas do novo vilão que estava destruindo à Terra dos contos de fadas.

- Pronta, princesa?

- Com você, sempre.

...

- Depressa! Eles estão chegando mais perto. - O homem gritou.

- Estamos indo a um penhasco, é perigoso demais para nós! - A mulher respondeu em pânico enquanto corria com sua vida.

- Não há outra esperança, um de nós irá ter que levá-los para baixo.

- Não! Se formos para lá... - Ela engasgou em suas palavras. - Iremos morrer. Isso seria suicídio.

Logo, avistaram a clareira para descansarem escondidos.

- Não seria suicídio se for para te salvar. - O jovem disse.

- Mas, eu não posso te perder. - Ela disse quase chorando.

- Meu amor, entenda que você é a coisa mais incrível e preciosa que me aconteceu. Você tem um futuro brilhante, você irradia a vida das pessoas, e dá a elas um propósito. Seria errado, ou melhor, super errado se você se sacrificasse.

- Não! Pare! Deixe-me fazer isso. Sou tão inútil que não me resta mais nada. Deixe-me salvar você, por favor... - Ela disse com lágrimas nos olhos.