Caninos e abraços

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Para todas as pessoas que desejam ter uma amizade como a deles, esse capítulo é para vocês!

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– Vamos, Travis! Me fale. Elas machucam? – Rose colocou a mão o ombro de Travis, tentando tirar alguma informação sobre.

O garoto, farto de sua amiga ficar tirando a sua paciência - a que ele já não tinha - virou-se para ela com os olhos fulminantes de raiva.

– Rose, chega!! Não aguento mais você falando sobre isso. Já te disse, eu nasci assim e não, elas não cresceram do nada e nem vieram do além – ele se levantou rápido, o que fez com que Rose se assustasse.

– Por que eu nunca vi elas? Eu achei tão fofas!! – Ela levantou e seguiu Travis.

– Eu não sorrio com frequência, caso não tenha percebido. Além do mais, sorrir como você para coisas idiotas, dá rugas – Travis disse, sarcasticamente enquanto Rose passava o braço envolta dele.

– Qual é, Trav. Sua vida nem é tão miserável assim para não sorrir e... desde quando você se importa com beleza?! – Rose o olhava com uma cara de desacreditada.

– Desde nunca, só estou tentando te fazer calar a boca.

– Oh, isso doeu, Travis! – Ela deu um tapinha de brincadeira no braço dele.

– Você fala demais, sabia? – Ele disse a ela, em tom de brincadeira.

– Escuto isso a minha vida toda, Travis. Nunca foi uma novidade – ela retrucou em brincadeira, mas no fundo, bem no fundo, uma criança sozinha poderia ser achada em sua fala.

Ambos ficaram quietos e continuaram seguindo o caminho para casa, até que a loira quebrou o silêncio:

– Ei, Trav. Você não respondeu minha pergunta.

– Qual delas? Você fez pelo menos umas cinquenta em dois minutos.

– Aquela pergunta, se os caninos doem.

Ele revirou os olhos em brincadeira.

– Não, Rose. Eles não doem em mim, mas tenho certeza que doeríam em alguém, se eu mordesse – ele respondeu, com um toque de brincadeira na fala. – Se quiser que eu te morda e arranque um pedado do seu braço, só pedir.

– Uhhh! Que horror, bafo de Fera. Não, obrigada – Rose riu.

– Mas falando sério. Meus caninos não são afiados o bastante para parecer um vampiro, de aparência vampiresca é o Hawk que se garante, não eu. Os meus só são mais afiados do que o normal – ele disse.

– Okay, okay, Travis Barbot Fera. O que mais eu não sei sobre você? – Rose perguntou, na curiosidade.

– Bem, eu escondo os caninos com um feitiço quando estou na Terra, para não me confundirem com "Hawk vampire's" – ele respondeu.

– Para, o Hawk não tem nada haver com isso. Não entendi a rixa boba de vocês.

– Questão de honra. Ele é um Zé Ruela.

– Travis!!

– Está bem, ok? Vou continuar – ele levantou as mãos para cima, em sinal de rendição e continuou. – Sabe por que eu nunca gostei de afeto e devolvi seus abraços por todos esses anos, desde quando éramos crianças?

Regal Academy || One-ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora