Kill;shot • 005

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Rodriguez socava a cara do garoto mesmo o jovem já estando desacordado, ela estava fervendo de ódio. Ela não deixaria ninguém tocar em Kristina e muito menos xingar Núria em suas costas e MUITO menos em sua frente, tinha até alguns que tentaram soltar mas em resposta eles apenas saíram com marcas.

Uma roda de adolescentes chocados, outros se divertindo e outros com medo a rodavam, ela estava pouco se fudendo.

Quando ela já não queria mais ela apenas se levantou e passou sua mão sangrenta em seu rosto para tirar o sangue que lá estava a atrapalhando.

Ela pegou em sua mochila escolar e a colocou em suas costas em seguida saindo daquele meio torturante e apenas seguindo em frente para algum lugar que a fizesse esquecer qualquer merda que a perturbasse.

Já longe o suficiente do recinto escolar a mesma pegou em sua caixa de Malboro e colocou um cigarro na boca logo o acendendo e tragando a fumaça, ela estava estressada demais para ligar se fumava ou não.

Passado nem muito tempo ela achou um lugar meio abandonado, mas também não estava em mau estado, Rodriguez entra e se senta em um lugar que estivesse menos sujo.

Ela sacou seu celular do bolso e colocou uma das suas músicas favoritas para tocar no máximo em seu celular, ninguém ouviria mesmo. "Følks" ecoava pelo lugar abandonado e quando o segundo cigarro já era aceso. Ela ouvia seu celular vibrar sinalizando que lhe ligavam e mandaram mensagens, mas ela não as veria e muito menos atenderia chamadas. Ela queria estar sozinha, repensando no que aconteceu e porquê ela estava chorando.

Lágrimas solitárias ainda rolavam do seu rosto, mas não era nada novo vindo dela. Ao fim de følks ela colocava "empty trash" para continuar seu mau momento.

Ela podia até estar assim, mas Núria era uma pilha de nervos e ansiedade, mesmo ela estando totalmente preocupada a situação a estressou pra caralho e qualquer que fosse respirar no mesmo cómodo ela quase ia pra cima. Millie não atendia suas mensagens e muito menos respondia mensagens. Ela podia muito facilmente imaginar em que situação Rodriguez estava, e mesmo querendo estar errada ela estava certa. "Merda, merda, merda" Núria dizia repetidamente pro nada da raiva de não ter respostas. Já totalmente ansiosa e fora de si ela apenas sai de casa e começa sua busca. Ela andava pelo caminho que as mesmas faziam para escola mas olhando para as ruas para ter certeza que não passa por sua irmã sem a ver.

Depois de minutos longos de caminhada ela se apercebe de uma música e sabe muito bem a origem dela, ela entra e segue caminho observando Millie de longe

Ela começa a correr até ela e percebe as lágrimas paradas, os cigarros no chão e a mesma quase apagando de exaustão junto com sua mão totalmente machucada e seu rosto com ainda poucas manchas de sangue nas quais se alguém visse provavelmente acharia ser um homicídio. Mas na verdade era um pouco disso, a diferença que ele não estava morto.

Ela até tentou abanar Millie mas era como se ela estivesse dormindo acordada, ela não se mexia. A mesma estava no tipo de paralisia e Gonzalez se viu obrigada a trazê-la para casa e a colocando para dormir, o que não demorou muito pelo cansaço.

Núria apenas se sentou no sofá com a mão na cabeça e suspirando pesado, não achava que isso fosse voltar a acontecer tão cedo, é, não era a primeira vez. Surtos de raiva não são incomuns na nossa queria Millie.

Felizmente não foram frequentes mas não deviam acontecer, bem era o que ambas achavam, Núria avisou Kristen e Matilde que ela já estava em casa para não as deixar preocupadas, mesmo em outro país Matilde se manteria na vida de Núria por muito tempo.

Núria para se acalmar decidiu sair de casa e caminhar, como estava vento seria agradável a caminhada. Ela pegou em seu celular e fones colocando na sua playlist favoritos, ela precisava esvanecer.

"My amygdala" de August D tocava e o vento fazia seu cabelo trançando voar e suas roupas abanarem, ela amava essa sensação. Ela ia por caminhos que nem ela sabia se saberia voltar, mas no momento nada importava. Quem agora poderia ter um surto seria ela então era melhor ninguém conversar com ela.

Já na escola a situação estava pior ainda, depois da saída de Rodriguez a escola apenas chamou a ambulância e socorreu o jovem, eles procuravam a jovem mas ninguém sabia de sua localização, mas também não podiam ir na casa delas simplesmente. Provavelmente seria expulsa da escola caso fosse americana, mas como ela vinha pelo governo esteve com sorte nisso. O diretor decidiu que que no dia seguinte ligaria para Millie e contaria de sua suspensão de um mês, é, e só se tinham passado duas semanas, ela perderia muita matéria mas como Núria estudava na mesma turma não tinha problema porque ela estudava em casa, pra ela até seria melhor, afinal quem gosta de ir para a escola de qualquer maneira mesmo? No momento ela não se importaria, estava tão apática que se a vissem de fora achariam que ela estava morta, mas na verdade ela apenas dormia sonhando com coisas que nunca seriam consideradas sonhos e sim pesadelos.

Voltando a Núria, agora Gonzalez conversava com suas amigas de Portugal para tentar esquecer o que estava acontecendo, sabe que ele fez aquilo por proteção e que não teve culpa pelos impulsos, mas continuava Furiosa. Afinal, ela sabia se defender sozinha.

Até porque quem bateu nele primeiro, bem... Sinto que isso está muito caótico, é melhor eu começar do início para melhor entendimento. Estou certa?

Núria, Rodriguez e Kristi estavam juntas indo para a escola conversando como sempre, mas Kristi precisou sair e passar pelo gigante número de gente mais rápido que elas, mas o que ela não contava é que o predador estava na sua porta

- Eai gatinha? Belo corpo! - Leandro disse, ele era o garoto mais nojento da escola. Ele olhava Kristina de cima a baixo como um maluco tarado

- O quê?? Sai! - ela disse assustada e se afastando dele, mas ele já estava indo por trás e abraçando-a colocando as mãos deles nos seios dela, ela gritou assustada e se afastou rapidamente quase caindo no chão pelo impulso do susto

- Oh caralho!! Larga ela seu filho da puta! - Núria disse já com seu tom autoritário e chegando perto da roda de alunos que já estava se iniciando

- Cala a boca preta do caralho! Volta lá para a África, saudades dos tempos onde os brancos falavam e os pretos escutavam - ele disse visivelmente sendo extremamente racista, Núria se enfureceu e lhe deu um tapa que ficaria marcado por muito tempo e depois disso..... Bem, foi a cena que vocês leram mais acima, uma verdadeira quase chacina em apenas uma pessoa. Aquela cena nunca seria esquecida pelos alunos daquela escola ou por quem passava pelo portão.

E, quem nunca se esqueceria disso seria o Leandro.

High school sweethearts Onde histórias criam vida. Descubra agora