penúltimo

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✨#DocesVmin (sem correção) ✨

Toda a corte se reuniu, contra gosto, para assistir o príncipe Jinhyong partir. Jimin, com seus sapatos quentes, amarrados com peles, e suas camadas de roupas azuis reais. Encarando o homem com olhos sem nenhum carinho ou amor.

Para várias pessoas naquela vila, família é o bem mais precioso. Para Jimin, era assim até pouco tempo atrás.

Não mais.

Namjoon ao seu lado observa toda a cena também, um pouco mais animado. Afinal, aquele homem estava perturbando a paz do palácio.

— Vá em paz... - murmurou o pequeno príncipe. — Desgraçado.

A neve cai devagar hoje e as árvores tem suas copas brancas por essa razão. Assim que os cavalos sumiram da sua vista, deu meia volta com as mãos atrás do corpo, caminhando devagar, sendo seguido pelo eunuco.

— Não aguentava mais aquele homem aqui - resmungou. — Impossível ser feliz na presença de alguém tão ruim como ele.

— Seu irmão é um homem bem peculiar - respondeu.

Jimin parou repentinamente, olhando para os próprios pés sobre a neve e depois para Namjoon. Algo estranho está acontecendo com aquele rapaz, Namjoon pensou. Na noite anterior, Jimin saiu de seus aposentos e teve uma conversa com seu irmão mais velho.

Naquela neve fria, os dois trocaram olhares. O pequeno tem sobre a cabeça um chapéu quente de cor terrosa e Namjoon tem suas vestes verdes em tom pastel, também em camadas para proteger-se dos ventos.

Mas nenhuma veste quente prepararia seu servo para aquela conversa.

— Me ama, não? - Jimin questionou e Namjoon franziu a testa.

— Sempre com perguntas confusas sobre amor, príncipe. - um sorriso nervoso apareceu. — Nunca... me perguntou isso. Sou seu servo, apenas.

— Não esse tipo de amor, eunuco - aquele tom sugestivo de Namjoon congelar. Mais gelado do que a própria neve abaixo de seus pés ou sobre sua cabeça.

O vento bateu novamente.

— O... o que... - confuso, Namjoon sentia sua pressão cair. Jimin se aproximou dele, segurou sua veste, para que ficassem com os rostos na mesma direção. — Príncipe?

A outra mão de Jimin se fechou, o braço do rapaz formou uma posição sugestiva e Namjoon se sentiu ameaçado.

Contudo, aquele olhar... Como se os ventos parassem, o tempo congelasse, os dois pareciam bonecos de cerâmica no pátio.

Então ele o soltou, aliviando sua postura. Namjoon não quer perguntar as suas razões, ele sabe que pode ouvir o que não quer. Seu maior medo.

Jimin se retirou, voltando a caminhar devagar com as mãos atrás do corpo, deixando o eunuco perdido. Logo, uma voz chamou seu nome, atrás de uma árvore.

— Namjoon-hyung - a voz fofa do pintor Jungkook o fez virar o rosto devagar. O rapaz o chamou com a mão, apenas com metade do corpo aparente atrás da planta.

Seu corpo dormente se moveu devagar na direção do rapaz.

— Sei que eu devo partir em breve, hyung, e que não deveria estar aqui nessa parte do palácio, mas eu preciso te contar uma coisa... - sussurrando, Jungkook segurou Namjoon pela manga do hanbok. — Vem comigo.

Sem pensar direito, o homem seguiu o mais novo. Caminharam por cima da neve, por entre as árvores, até chegar em um clarão ao meio da floresta, uma parte menos densa, atrás da biblioteca real. Lá, os dois se sentaram sobre pedras frias.

SWEET NIGHT | vminOnde histórias criam vida. Descubra agora