Capítulo 06

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• Era domingo de manhã quando a mestiça acordou com o barulho da campainha tocando, os Kwamins se esconderam e Marinette foi abrir a porta e nem deu tempo falar algo pois já levou um sermão.

— Marinette Dupain Cheng, se a gente não vem te visitar, você não vai visitar seus próprios pais. — disse Sabine entrando no apartamento com umas sacolas na mão e Tom logo atrás.

— Desculpa mãe, é que eu estava ocupada. — A mestiça fechou a porta atrás de si e acompanhou seus pais até a cozinha. — Mas eu ia visitar vocês.

— Quando? — Sabine a olhou séria.

— Quando eu tivesse tempo. — Marinette deu uma risada nervosa e sua mãe a olhou mais séria ainda.

— Você está se alimentando direito Marinette? — Sabine perguntou.

— Sim mãe.

— E essas embalagens de miojos? — Tom perguntou apontando pra lixeira que estava cheia de embalagens de coisas nada saudável.

— De vez enquanto não faz mau né? — a mestiça respondeu.

— Sabia que você não estava cuidando da sua saúde. Marinette vai se arrumar que eu vou preparar um café da manhã pra você e vou fazer o almoço. — Marinette olhou sério para a mãe.

— O que a senhora está aprontando?

— Ela chamou o Adrien para vim almoçar aqui na sua casa. — Tom disse.

— Mãe!

— O que? Só quero ajudar a minha filha a casar. Você já está com vinte e...

— Não fale a minha idade!

— Você já está ficando velha e se demorar muito eu não vou poder ver os meus netinhos. Por isso vamos ajudar a você a se casar com Adrien.

Marinette colocou a mão na testa.

— Mãe, por que a senhora está fazendo isso com a sua filha? — choramingou. — Acha que eu não posso arrumar um namorado sozinha?

— Não! Por isso mesmo estou te ajudando, você vai me agradecer depois. Agora vai pro seu quarto se arrumar, colocar uma roupa bonita e também colocar maquiagem.

— É domingo mãe, eu só quero ficar o dia todo deitado no meu sofá com a minha roupa de mendiga.

— De jeito nenhum, agora vai pro seu quarto se arrumar.

Marinette suspirou derrotada e saiu andando pro seu quarto.

Às 10:30 da manhã o loiro chegou junto de sua mãe.

Marinette estava terminando de se arrumar quando escutou a voz de Adrien e de sua mãe.

— Tikki o que eu faço? — a pequena Kwamin se aproximou de sua dona.

— Só seja você.

— Isso não ajuda muito. — Tikki riu. — Mas vou tentar ser mais normal possível.

— Marinette!! — sua mãe chamou atrás da porta do seu quarto. — Eles já chegaram, você já está pronta?

— Já estou indo mãe.

Tikki encorajou a mestiça e em seguida Marinette saiu do quarto.

Chegou na sala e cumprimentou Emilie e Adrien com um sorriso gentil no rosto.

— Marinette você está linda. — disse Emilie.

— Obrigada. — a mestiça respondeu meio sem jeito.

— Bom dia Marinette. — Adrien disse e ela sorriu.

— Emilie vem aqui querida, quero falar algo com você. — Sabine disse e a mestiça percebeu que era um plano de sua mãe para deixá-la a sós com loiro.

— Claro. — Emilie seguiu Sabine para a cozinha.

A mestiça coçou a garganta.

— Senta Adrien. — ela apontou pro sofá e o loiro se sentou. — Fica a vontade.

Ele sorriu sem mostrar os dentes. A mestiça sentou no sofá pequeno.

— Então, eu queria falar com você sobre algo.

A mestiça paralisou por uns segundos pensando em que ele queria conversar, será que ele tinha descoberto algo dela.

— Claro. Pode falar. — forçou um sorriso.

— Eu quero fazer uma proposta de trabalho para você. Se você aceita fazer parceria com as Agrest's?

Marinette ficou surpresa com a proposta.

— Eu posso pensar?

— Claro, vou enviar o contrato pelo o seu email e se você estiver de acordo, podemos fechar o contrato.

— Fica melhor assim. — ela sorriu.

Marinette e Adrien ficaram conversando sobre a proposta que Adrien fez, ela até mostrou algumas coleções de sua marca que estava criando. Às 12:00 horas seus pais os chamou para almoçarem e depois do almoço Emilie e Adrien foram embora pois Adrien precisava resolver algumas coisas.

[...]

A noite caiu e a mestiça resolveu patrulha um pouco e também queria ver se conseguia encontrar com o Cat Noir.

Fez sua ronda e em seguida foi para a torre Eiffel e ficou encostada na grade olhando a vista dali de cima com a esperança de que Cat Noir aparecesse.

Se passaram-se alguns minutos e nada de ele aparecer, deu um suspiro frustrada e pensou que era melhor ir pra casa já que ele não tinha aparecido, já estava prestes a ir embora quando escutou uma voz atrás de si.

— Já vai? Eu acabei de chegar.

— Estava te esperando. — ela sorriu sem mostrar os dentes. — Você demorou hein gatinho.

— Estava resolvendo umas coisas por isso demorei.

— Ah.

— Ladybug me desculpa pelo aquele dia.

— Tudo bem Cat. — ela sorriu sem mostrar os dentes. — Me desculpa também, acabei pegando pesado com você também.

— Relaxa, esse gato está acostumado a ser maltratado por você. — ele disse brincando mas ela se sentiu triste.

— Desculpa. — ele balançou a cabeça confirmando que desculpava ela.

— Então, você decidiu mesmo se vai renunciar a caixa?

— Não renunciar. — ela se sentou no chão e ele fez o mesmo. — Estava pensando em deixar os Kwamins com os seus portadores assim eu poderia ter um "descanso" e poderia aproveitar para sair mais com os meus amigos. O que acham?

— Uma boa ideia. — Cat Noir sorriu. — E esses seus amigos? Eu me encaixo neles? — ela sorriu vendo o ciúmes do gatinho.

— Claro, está na primeira linha da minha lista dos meus amigos. — ele colocou a mão no peito como se tivesse sido ofendido.

— Aí você me machuca my Lady. — ela riu. — Será que nunca vou sair da friendzone com você? — ela deu uma revisada de olho.

— Cat Noir você não tem jeito. — ele sorriu.

Ficaram em silêncio por alguns minutos olhando para o céu estrelado, Cat Noir aproveitou para se aproximar ainda mais dela e repousar sua cabeça no ombro da heroína, como faziam antigamente, Ladybug sorriu com o ato e até sentiu seu coração esquentar.

Sera que eu deveria dá-lhe uma chance? — pensou ela.

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