Capítulo 2

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O que mais me deixa puta é que não vou sair pra cair na gandaia ou fingir que tô solteira como ele faz, é coisa séria tlgd papo do meu futuro tá em jogo e não desse fudido.

Leandra -Ta bom.-

Sem deixar ele falar me viro indo pro quarto onde me sento na ponta da cama e vou organizando minha mochila, como tinha outro trabalho pra fazer além desse em grupo vou pegando o meu caderno e adiantando logo antes de qualquer coisa. Antes que falem mal de mim eu sou isso, focada no meu futuro, gosto muito de crescer com alguém ou sozinha mesmo, mas não abro mão de jeito nenhum dos meus sonhos e projetos. Acabando de fazer o dever do uma olhada no relógio do meu celular e vejo que já são umas 16h e pouca, guardo o material levanto da cama pegando a mochila botando nas costas saio do quarto e já vou guiando pra porta onde escuto a voz do digníssimo.

Fábio -Vai aonde?-
Leandra -Estudar!!-
Fábio -Eu disse que você não vai.-
Leandra -Você querendo ou não meu amor, eu vou sim!!!- Percebo que o mesmo se levanta do sofá de dois lugares e puxa a minha mochila abrindo a mesma e jogando tudo no chão.
Leandra -Ta maluco?-
Fábio -Quem tá maluca aqui é você, eu disse não é não!- O mesmo começa a se alterar.
Leandra -Problema é teu, é o meu estudo, é a minha carreira, o meu futuro e não o seu, então não venha estragar como você faz com a sua vida.- Foi só terminar de falar que o digníssimo parte pra cima de mim botando uma de suas mãos em meus pescoço me sufocando e a outra dando vários socos na minha cara.
Fábio -Você tem que me obedecer, piranha.- Levo minhas mãos até o seu rosto arranhando ele com força até sair a pele em minha unhas, mas é em vão pois quando ele sente dor para de me socar e segura uma de minhas mãos apertando com força e torcendo ela. -Você não aprende, gosta de desafiar o homem que te ama.-

Ficando totalmente sem ar e sem forças pra retrucar ou então tentar gritar coisa que seria em vão, continuo me debatendo no chão tentando de alguma forma tirá-lo de cima de mim pois como sempre é em vão, desisto e começo a chorar conforme a dor na mão e no pescoço aumenta.

Fábio -Chora vagabunda, piranha, cachorra, você devia morrer por todo mal que você já me causou.-

Mal? Mal aquele que VOCÊ me causou, seu verme, eu te amei como ninguém nunca te amou, eu me entreguei, dei minha vida pra você cuidar e você simplesmente acha que matar é um ato de amor? Com os meus pensamentos a milhão tentando soltar cada palavra montada porém sem ar e sem forças pra falar são apenas argumentos que nunca irão sair da minha cabeça, sinto minha vista ficar turva e assim tudo se escurecer.

///

Acordo com gritos distantes, abro os meus olhos encontrando o teto da minha casa e algumas pessoas ao redor.

Fábio -Ei amor, você tá bem?- O mesmo tenta me tocar porém me retraío ao seu toque. -Sou eu amor, quem fez isso com você? Fala pra mim.- Encaro o mesmo sem entender e vou dando uma olhada pra uma mulher loira e dois caras armados.
Xxx -Você tá bem mana?- A loira pergunta como se tivesse intimidade.
Leandra -Eu.. eu tô bem.- Tento me ajeitar na cama fazendo eu ficar sentada mas é em vão pois minhas mãos estão enfaixadas.
Xxx -Te encontrei caída na rua, se lembra de alguma coisa?- Levo o meu olhar para o Fábio e entendo o seu joguinho, bem típico dele me bate até ver sangue e depois joga o meu corpo em qualquer lugar pra dizer q não foi ele. Volto o meu olhar pra loira e antes de responder sou interrompida por um dos homens armados.
Xxx -Podemos bater um lero lá fora, Fábio?-
Fábio -Podemos sim, eu já volto tá amor?!- O mesmo se aproxima me dando um beijo na testa e sussurra. -Se você falar alguma coisa eu te mato.-

Engulo a minha saliva e vou observando ele se afastar junto com os dois homens e logo sumirem da minha visão, focando na loira respiro fundo.

Leandra -Eu preciso da sua ajuda.-
Xxx -Conta o que aconteceu.-
Leandra -Ele me bateu pq não queria deixar eu ir na casa de uma amiga. . .- Após contar tudo numa velocidade rápida pra que ela entendesse a mesma fica surpresa.
Xxx -Meu nome é Tuane e eu vou. .- Sem ao menos ela conseguir terminar de falar escuto a voz do Fábio.
Fábio -Vai o que?-
Tuane -Vou levar ela num psicólogo, ela não se lembra de nada e nem como foi parar na rua.-
Fábio -Não precisa, pode deixar que da minha mulher cuido eu.-
Tuane -Não se preocupe, eu tô aqui pra ajudar, você deve trabalhar bastante.-
Fábio -Eu arrumo um tempo pra cuidar dela, obrigada por socorrer ela, agora pode ir.-

Respiro fundo vendo o mesmo ir empurrando de leve a loira pra fora e nego com a cabeça devagar já sabendo o que vou escutar, contra a vontade e a dor que pedia pra eu permanecer deitada me levanto com cuidado e vou andando até o meu armário onde pego o meu celular vejo o horário e de relance vejo o Fábio entrando no quarto novamente.

Fábio -Antes de você abrir essa boca de sapo boi, corta contato com ela, você não vai trabalhar hoje já avisei já, e se alguém souber ou sonhar o que aconteceu aqui hoje o seu corpo vai pro cemitério.- Engulo seco e concordo voltando a minha atenção para o meu celular.

Aproveito mando mensagem pra Vivi informando que não irei pra aula amanhã e peço que ela envie a matéria pra mim sem falta. Já tava cansada disso, a mesma rotina e quando eu conseguia trabalhar é pior, eu tenho que dar um basta nisso, só não sei como.

LeandraOnde histórias criam vida. Descubra agora