Enquanto passava o pano embaixo das mesas e cadeiras, seu chefe passou por ela, saindo pela porta, como se fosse apenas um cliente.
Ela não se importava a onde ele estivesse indo, era melhor sem a sua presença.
-Esquisito... - Sussurrou.
Apesar de Tomas ser um homem de personalidade ruim, era belo e parecia ser bem saudável. Qualquer homem normal que olhasse para ele, sentiria inveja. Uma bela barba feita, um rosto forte e expressivo, músculos que pareciam ter anos de treino e esforço.
Alisson era alta, mas o homem que era seu chefe parecia ser um monstro de largura e altura. Uma voz grossa que daria medo em qualquer um caso ele gritasse.
E que faria qualquer uma ficar com as pernas moles... O que eu estou pensando?
As bochechas esquentaram, ela parou de passar pano para respirar e limpar o suor que sua testa fazia.
-Está quente aqui - Disse enquanto abanava a mão em seu rosto.
Ela olhou os ar-condicionados nas paredes, estavam na temperatura ideal. Então por quê tanto calor?
Talvez um copo d'água ajudaria.
Largando o rodo no balde, Alisson caminhou até a bancada, levantou a portinha e passou por ela. Entrando pela porta da cozinha, foi direto para a pia, pegando um copo, ligou o registro e encheu totalmente o copo.
Virando o copo de água em sua boca, não tinha percebido a chegada de seu chefe atrás de si, assim a fazendo pular de susto e derrubando a metade da água em seu copo.
-Meu Deus - Ela colocou a mão no peito - Você me assustou.
O olhar do homem estava diferente, havia um brilho leve nas orbes, ou era a iluminação? Não era apenas isso, o sorriso malicioso e olhar penetrante nos seus. Alisson desviou o olhar.
-Você quer uma carona até em casa?
Seu corpo se arrepiou com a pergunta.
-Oi?
-Eu perguntei, se você quer uma carona - Repetiu.
-Oh - Expressou. Ela olhou para o lado da porta da cozinha que estava aberta e que dava para o salão - Eu ainda não terminei de passar pano.
-Sem problemas, eu não pensei que iria demorar tanto, é melhor chegar em casa e fazer isso tudo na segunda - Sua mão grande coçou o próprio cabelo que estava uma bagunça no momento.
Uau... Ficou mais gato.
-Tudo bem? - Ele a despertou tocando seu ombro. O toque fez o local formigar e esquentar, como se estivesse pedindo por mais.
-Sim, sim - Suas bochechas esquentaram.
Ele sorriu para ela e deu uma piscadela antes de se virar e ir direto para a porta.
-Vamos então - Disse enquanto saia da cozinha.
Alisson olhou para seu copo e depois para suas pernas. Estavam tremendo, mas porquê?
O calor ainda a inundava, sua respiração saia pela boca e tremia igual um cachorro na chuva, contanto com a queimação que o toque de seu chefe causou. Aquilo não era normal e nunca seria.
Seus olhos foram para a porta, seu chefe ainda a estaria esperando?
Ela mexeu-se de seu lugar, mas quando fez os movimentos com as pernas, sentiu algo estranho e molhado em sua calcinha.
Não, não... isso agora não - Ponderou-se.
Olhando ao redor, vendo algo como uma fuga para não ir com seu patrão. Ela não sujaria o carro dele.
-Hoje está acontecendo tantas coisas ruins.
Mas não havia nada que ela pudesse fazer, não havia outro lugar para fugir. Uma porta tinha, porém era do Armazenamento frio. Derrotada, aceitou seu destino e foi direto para a porta, sentindo sua calcinha molhar e o sangue escorrer pela perna.
Correndo para o banheiro, enquanto o seu chefe há esperava lá fora. Empurrando a porta dupla pra dentro, ergueu sua calça e olhou por dentro. Não havia sangue, apenas a sujeira de sua excitação espalhada pela calcinha. As bochechas de Alisson esquentaram como fogo na brasa.
....
-Você demorou.
Ela iria o responder com uma desculpa esfarrapada, mas parou quando percebeu a grande lua vermelha no céu. Seus olhos brilharam e seu coraçãozinho parecia que saltaria de seu peito.
-Que linda - Suas mãos foram parar em seu peito, segurando uma na outra.
Mãos fortes pararam dos lados de seus ombros, a sensação de queimação e formigamento deram sinais rápidos, a sensação não saiu, não saberia se sairia. Fechando seus olhos e respirando pela boca, o toque era fantástico, dando leves choques, como uma massagem. Então as mãos começaram a ir para cima e para baixo, como um conforto, deixando seu corpo relaxar. Um pequeno gemido escapou de sua boca e sua intimidante se contraiu. A vergonha veio, porém antes dela afastar-se do toque, o homem atrás de si solta uma alta gargalhada e o estômago de Alisson aperta-se.
-O-O que foi? - Sua voz falhava pela falta de sanidade. Ela não queria olhar para trás e ter que o encarar.
-Nada - Disse com a voz roupa e sedutora, porém ainda rindo e massageando o ombro da mulher - Exagerei? - Perguntou.
-N-Não! - Ela removeu o aperto em seus ombros, deslocando-se para frente. O ar frio varreu a sensação quente do aperto, ainda assim o formigamento permanecia. Seus braços apertaram-se entre si.
-Você está com frio, vamos entrar no meu carro.
Então o homem passou por ela, o ardor que transmitia sem toca-la era sobrenatural, quase a fazendo cair pela falta de forças nas pernas.
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O cio do Lycan
WerewolfO novo chefe de Alisson não está nem duas semanas na cafeteria e já está pegando em seu pé. Em um sábado acaba pegando horas extras. Todavia algo estranho acontece, seu corpo entra em chamas, cansada, exausta e com fogo, o seu chefe mandão e babaca...