3.°

1.6K 78 1
                                    

-Bem melhor, não acha? - O homem sentado no banco do motorista e que agora estava de óculos escuros disse.

-Ah... Sim.

Ainda estava constrangida por conta de antes, suas bochechas ainda estavam quentes e sabia que estava excitada com tudo aquilo. Nunca pensou que sentiria algo tão anormal por alguém e estes sinais novos em seu corpo era estranho.

-Chefinho - Ele virou a cabeça em sua direção. O óculos em seus olhos a deixava desconfortável. Por que ele usa isto nesse horário? - Poderíamos ir agora? Não me sinto muito bem - Ela se sente sim.

-Sim, eu vou... - Tomas olhou novamente para a frente - Eu vou se você me dizer o que está sentindo.

Alisson arregalou os olhos. Não poderia ser, o patrão estaria brincando com ela? Ele realmente não a levaria se não falasse?

A mulher remexeu-se no banco, estava irritada e cansada das palhaçadas de seu querido chefe.

-Eu digo que estou me sentindo mal e você ainda pergunta o que sinto? Que porra você acha que está fazendo? Brincando comigo? Por que apenas não me leva para a casa? - O homem virou o rosto para ela, mesmo com o óculos super escuro escondendo os olhos, Alisson conseguia decifrar o espanto do homem quando cuspiu as palavras.

Ela perderia o emprego, sim, tudo bem com isto? Não! Mas a postura não perderia.

Quem ele pensa que é???

A sua mão já estava apertando a maçaneta para abrir a porta, quando uma mão cobriu os dois lados de seu rosto, em um instante estava pronta para sair do carro do seu chefe idiota e agora o estava beijando. Não, ele a estava beijando.

Os olhos fecharam-se por instinto.

Os lábios do homem eram macios, a barba roçava em seu queixo, em toda parte de seu rosto que não estivesse sobre o aperto das mãos grandes dele. E o seu cheiro? Nossa, era incrível, tão cítrico. Mas não era apenas isso que aconteceu, seu corpo parecia esquentar mais com a boca pressionada na dele. A menina estava lacrimejando em sua calcinha, seus mamilos estavam rígidos em seu top.

Ela gemeu na boca do outro, enquanto o mesmo exalava como se estivesse faltando ar dos pulmões.

Alisson abriu os olhos devagar enquanto ofegava e quando levantou o olhar para ver o homem, os brilhos dos olhos dele a assustaram.

-O que? - Arfou. A excitação e o medo em seu corpo.

-Não se assuste - Ele aproximou-se dela.

-O que? Não chegue perto de mim - Ela o avisou.

Tomas parou no lugar e voltou lentamente ao banco em que estava sentado.

A mulher tentava abrir a boca para dizer algo, mas nada saia, apenas murmuros. O choque do olhar laranja com pupilas dilatadas a deixou muda, confusa e com medo. Mas o fogo anterior não saia do meio de suas pernas.

Ela apenas queria saber o que significava esse olhar e o prazer que estava sentindo enquanto o beijava, quando suas mãos a tocaram. O formigamento em suas bochechas feitas pelas mãos firmes de Tomas.

-O que você fez comigo?! - Indagou - O que você é? - Queria respostas.

No entanto o homem em sua frente já havia relaxado a tanto tempo, que o sorriso estava de volta, mas ali onde eram para serem dentes normais, estavam mais para afiados.

-O-os seus dentes? - Diz assustada.

O sorriso diminui e um rosto sério agora estava.

-Desculpa por te assustar... Mas eu não sou um humano normal, tenho forma e hajo como tal.

-Está tão óbvio que você não é normal! - Sua voz estava ofegante como nunca.

...

Durante aqueles minutos que ficaram dentro do carro, apenas havia o som do vento fora dele, o silêncio ganhou e permaneceram assim.

Onde Alisson se meteu?

Que porra de homem é este?

Assustada e ainda excitada, presa dentro do carro por medo de sair e ele a atacar. Sua cabeça girava e girava. Estava sem jeito para perguntar o que ele é, como também queria saber o que significa seu corpo reagir quando ele a toca.

-Eu-

-Des-

Ela vira o rosto para o lado envergonhada por se cortarem.

-Pode falar primeiro - Tomas a incentivou.

-Eu... Queria saber o do por que meu corpo ficou quente quando você encosta em mim, por quê? - Suas bochechas deveriam estarem vermelhas agora.

Tomas sorri.

Os dentes de tubarão não estão mais ali.

-Bem - Colocou a mão na própria coxa - É estranho te dizer isto - Respirou - Você é minha companheira - As palavras dele pareciam baboseiras para ela.

Ela riu - Você está zuando? - Tomas não a respondeu por alguns segundos.

-Definitivamente não. A causa de suas reações por minha causa é porque estamos ligados, eu também sinto o mesmo que você.

Ela não poderia acreditar nisto... De jeito algum.

-O fato de eu te tratar de uma forma um pouco rude, era porque... Sentir seu cheiro a semana toda me enlouquecia e eu não poderia te tocar, porque apenas posso fazer amor na Eclipse Lunar, caso isso você não engravidaria e então o que fiz foi te afastar - O rosto do homem estava em uma carranca de desgosto.

Agora tudo se ligava.

-Isso não foi legal da sua parte... - Ela deveria levar isto para o coração e odia-lo pelo resto da vida, mas o que foi que ela sentiu foi alivio - Mas ainda não entendi, porque estou... Excitada - Ofegou.

Ate para falar fico excitada, merda.

-É porque estou no cio.

A frase a fez congelar, no entanto uma risada saiu de seus lábios, se segurar era tão difícil.

-Co-como assim no cio? - Engasgava -se com a própria fala.

-Eu sou um lycan no cio, o que há de tão engraçado? - Resmungou.

Ela o olhou e colocou a mão na boca tentando se parar de ser uma bebê risonha. Recuperando o controle aos poucos e voltando ao normal, no entanto com um sorriso bobo nos lábios.

-Então... Teremos que fazer... Se-se-sexo? - Gaguejou.

-Você quer...?

-Eu não sei - Ela iria se abrir - Estou bastante... Você sabe lá embaixo - Apontou para sua genital.

-Eu sei, sinto o cheiro doce que vem de você - As pupilas dilataram-se.

-Se-serio? - Seus lábios pressionaram-se um no outro nervosa.

-Uhum - O homem olhou para os lábios de Alisson e voltou novamente aos olhos dela - Quer tentar outro beijo?

O cio do LycanOnde histórias criam vida. Descubra agora