Embaixo dos seus pés inquietos e sob a madeira escura
A algazarra preenche o salão
Há gente sem família, rumo ou compaixão
Pessoas de toda a cidade
E de outras, também
Tem música, jogos e... de vez em quando, brigas e alguns tiroteios
Mas nada disso abala os pequenos dedos em volta do lápis
Firmes sobre um pedaço de papel
Com a luz trêmula de uma vela iluminando sua caligrafia
Olhos fixos através das vidraças embaçadas da janela
Para onde a chuva pode molhar
Transformando o barulho lá de baixo em apenas um murmúrio
Pois suas ideias falam mais alto
Levando-a sentido a um lugar distante, desconhecido e sem lei
Chama-o por aí de oeste selvagem
No entanto, ela diz ter outro nome:
Imaginação