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Seguimos viagem no dia seguinte, Leon me ajudou com os coldres que ele me deu, particularmente muito complicados de botar, e estocamos algumas comidas enlatadas e prontas que achamos no prédio.

As semanas se passavam e a situação em cada estado era pior que a outra. Dificilmente conseguíamos descansar ou dormir mais que quatro horas. Viemos a conversar todos os dias   e em pouco tempo já sabíamos tudo da vida do outro.

Chegamos em Oklahoma faziam poucas horas e demoramos quase um mês e meio á pé, no caminho revirávamos carros vendo se eles funcionavam mas nenhum ligava. Estávamos quase parando pelo final do dia, andávamos devagar e o sol definitivamente estava belíssimo e descia numa cor amarela-arroxeada.

Nós nos encontrávamos lado a lado na rua completamente revirada, um cenário caótico já não me surpreendia mais. Passávamos entre os carros meio cansados até Leon falar algo

-Então, o que tá achando do seu guia de turismos pelos estados unidos?-  Eu bato meu ombro no dele.

-Acho que vale 5 estrelas no getyourguide.com- Ambos rimos baixo- Você tem costume de vir em missões desse tipo?

-Não com uma companhia tão agradável- eu o olho e apenas sorrio, não estava tão ruim. A gente comia ao menos uma vez por dia, banhos no máximo em uma semana e meia, fora que os infectados ficavam cada vez mais "fáceis" de se enfrentar.

Isso graças ao loirinho bonitinho que me ensina todo dia como me defender dessas aberrações. Continuávamos a conversar quando um dos infectados cai de um dos prédios em cima de um dos carros. Esse faz um barulho enorme na queda e ativa um alarme de um dos carros praticamente um apito de cachorro pra outros infectados.

Os sorrisos se esvaem e os infectos começam a correr para onde estamos. Leon segura em minha mão e vai correndo na frente me puxando pra ir mais rápido. Vimos um prédio grande com as portas abertas mas uma grande cerca separando o térreo do edifício dos infectos.

-Se a gente for mais rápido da pra passar e barricar- Falo puxando seu braço que me guiava pra direção do edifício. Tinha uma logo estampada bem grande no prédio, era uma cadeia carbônica cíclica, hexano. Dentro da cadeia tinha um nome "WilPharma", uma empresa de pesquisa biológica bem conhecida no meu curso. Reza a lenda que eles estavam sendo processados por vários assuntos entre eles armamento biotecnológico ilegal e infectar cidades vizinhas pra aumentar a venda de vacina deles, doentio.

-Arranja algo pra barricar! Eu cuido dos que chegarem!- Leon grita pra mim enquanto eu continuo correndo e olhando para os lados procurando qualquer coisa que servisse. Escutava o eco dos tiros de Leon nos infectados que caiam no chão espatifados enquanto pegava algo pra barricar.

Achei uma corrente bem grossa e a puxei comigo. Levei até o portão que foi fechado por Leon e comecei a entrelaçar a corrente nos puxadores do portão. Leon pegou algumas pedras e concreto quebrado pra ajudar a reforçar a parte de baixo do portão. Essa definitivamente era uma barricada.

Respiramos por alguns minutos cansados, andamos em silêncio até o térreo do prédio onde o agente Kennedy me segurou pelos ombros me checando inteira.

-Você não se machucou né?- Ele fala num tom meio preocupado

-Que nada, com o seu treinamento eu sou praticamente invencível!- Sorri e o abracei rapidamente. Ele nos desvencilhou um pouco e passou um pedaço da minha franja pro lado.

-É senhorita Van Dyne, você é incrível- Fiquei um pouco envergonhada com o elogio dele. - Vamos, temos que ver um canto dentro do prédio pra passar a noite.

Ele vai andando e eu o sigo, dentro do prédio algumas luzes piscavam, quebradas eu acho, tornavam o clima do ambiente o qual passávamos mais tenso a cada passo que dávamos.

New Rescue - Leon Scott KennedyOnde histórias criam vida. Descubra agora