eight.

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- Por que girassol? - Jeno perguntou, após se sentar em sua cama e tendo Renjun em sua frente.

- Eu não sei ao certo como dizer... Minha mãe tinha margaridas amarelas em casa e eu as chamava de girassol. - Sorriu fraco ao se lembrar do quanto sua mãe era cuidadosa com as flores. - Mas agora eu quem cuido delas.

- O que aconteceu com ela?

- Mamãe deu elas para o meu irmão, mas ele não era e não é tão cuidadoso assim. - Revirou os olhos - Então mamãe as deu para mim e fez a pulseira para que eu me lembrasse de dar um "banho" nelas todos os dias.

- Um banho? - Franziu o cenho.

- Era como ela dizia. - Riu. - Meu irmão quase matou todas elas. Aquele chinês idiota. - Murmurou. - Não é atoa que não o vejo a um ano. - Jeno percebeu sua expressão tristonha.

- Sabe de uma coisa... Acho que estamos no mesmo barco, sabe por que? - O Huang negou. - Eu também não vejo o meu a um ano. - Revelou, os olhos do outro se arregalaram. - Aquele estúpido. - Disse. - Ele vinha me visitar toda a semana, mas de repente, ele... Sumiu.

- Bom, nossos irmãos são uns idiotas. - Renjun disse e para sua surpresa, Jeno sorriu novamente. - Ele só deixou uma mensagem, dizendo que precisava resolver uma coisa. - Abraçou seus joelhos, apoiando sua cabeça. - Mas mesmo assim, espero que tenha conseguido.

- É estranho dizer que o meu disse algo parecido? - O Lee perguntou.

- Como eu disse, idiotas. - Riu. - Não me disse o que estava te incomodando. - Disse, depois de um tempo em silêncio.

- Era sobre o meu irmão. - Suspirou. - Eu venho sonhando muito com ele e... Sinto que não vai demorar muito para eu revê-lo. Você também sente isso?

- Bem, sim e não? - Incerto, a resposta saiu como uma pergunta.

- Eu sinto que a qualquer momento ele vai passar por aquela porta.

- Eu espero que você consiga vê-lo novamente, Jeno. - Sorriu pequeno.

Quando iria falar novamente, a porta do quarto do Lee foi aberta, revelando Doyoung e...

- Jaemin?! - Se levantou rapidamente, juntando suas coisas em sua bolsa.

- Ou, ou, ou, Renjun! - O Na adentrou o quarto, segurando sua mão, o impedindo de guardar suas coisas. - Está tudo bem. - Riu. - Arrume isso com calma, eu não vou sair agora. - Um carinho foi deixado em sua bochecha.

Mas Renjun se lembrou de que não estava sozinho no quarto. Olhando por cima do ombro, encontrou Jeno com o cenho franzido e sua expressão um pouco... Irritada?

Jaemin? O nome soou em sua mente e o Lee sentiu seu corpo ferver ao ver que o garoto de fios rosados havia tocado na bochecha do Huang, eles pareciam bem íntimos para aquele tipo de contato.

- Nana, eu... - Engoliu em seco.

- Ei, você consegue. - Segurou o rosto do outro, deixando um pequeno selinho em seus lábios.

Nana? Espera... Então, aquele era o Nana? Jaemin era o Nana?

O Lee ficou mais confuso ainda, mas sua confusão não durou muito ao ver o contato íntimo dos dois um pouco a sua frente. Nossa, Jeno quis muito empurrar aquele garoto de perto de Renjun, quem ele achava que era para fazer isso em sua frente? Foi acordado de seus pensamentos quando Renjun segurou sua mão, o fazendo levantar da cama. Estava frente a frente com o Nana? Jaemin? Ou sabe-se lá quem era aquele maldito com os fios de algodão doce.

- Jeno... - O chamou baixinho, evitando olhar em seus olhos.

Jeno percebeu que o chinês estava com o rosto completamente vermelho e este apertava sua mão com força e depois viu o de estatura baixa segurar a canhota do outro garoto, este sorria pequeno. Jeno odiou aquele sorriso.

dear, renjun.Onde histórias criam vida. Descubra agora