four.

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- Nana... - Chamou pelo o rosado e se sentou no colo deste.

- Você está tão quieto desde que chegou da consulta de ontem. - Tirou alguns fios ainda úmidos - do recente banho - dos olhos do outro. - Aconteceu alguma coisa, Junnie? Ele te machucou?

- Não. - Desenhava desenhos imaginários na camisa branca que o Na usava com os dedos. - Lembra que eu te falei que o Jeno era difícil e muito fechado? - Jaemin assentiu. - Ele me propôs algo.

- O que?

- Ele teve uma crise e a reação dele não foi uma das melhores ao me ver lá ontem. Bom, aí ele praticamente me mandou ir embora do quarto. - Riu soprado ao se lembrar. - Mas eu disse que só iria embora quando ele falasse para mim sobre sua crise.

- E o que ele disse? - Jaemin tinha um sorriso no rosto.

- Nada. Depois de um tempo nós conversamos e bem... Ele disse que só me contaria se...

- Se... ? - O incentivou.

- Se eu contasse o significado de cada uma delas. - Uma de suas mãos desceu até seu próprio pulso e passou delicadamente por cima de cada uma de suas pulseiras.- E se ele me perguntar sobre a preta, Nana?

- O Jeno não vai começar por ela, Junnie. - Jaemin segurou suas mãos. - E se começar... Você sabe o que fazer, não sabe?

- S-sei...

- Bom garoto.

...

Era terça. Já haviam se passado exatamente três dias desde que pisou na clínica e Renjun já estava para enlouquecer. Naquele dia, em específico, havia acordado mais estressado do que o normal. Jaemin havia saído cedo e o Huang estava sozinho naquele apartamento não tão grande, mas que também não era tão pequeno. Estava sentado no sofá com as pernas cruzadas em "M" e com a cabeça apoiada no encosto olhando para o teto branco da sala. O filme que passava na TV' não era mais tão interessante.

Pensava em várias coisas ao mesmo tempo. Em Jeno e em quando o veria novamente, em Jaemin, em Donghyuck e o Mark. Espera... Era isso!

- Donghyuck e o Mark! - Pegou seu celular rapidamente e procurou o contato de Donghyuck.

Fazia um tempinho que não falava com os dois Lee's. Sim, era exagero de sua parte. Havia feito uma chamada de vídeo no domingo a noite e passaram quase 2 horas jogando conversa fora. Eram quase uma da tarde e provavelmente os garotos deviam estar no horário de almoço.

- Ei, chinês insuportável! Como está indo sua vida do outro lado da cidade? - Donghyuck como sempre, bem direto.

- Você é tão desnecessário. - Revirou os olhos e pela a tela do celular, Donghyuck colocou a mão no peito como se sentisse ofendido, mas não estava.

- Me ofendeu!

- Como você é dramático.  - Mark apareceu ficando ao lado do outro Lee.

- Mas então, porque ligou? Saudades?

- Me distraiam. Saudades? Nem um pouco. - Riu.

- Mentira, você está morrendo sem nós que eu sei, mas... Cadê sua companhia diária? - Com o cenho franzido, Donghyuck perguntou.

- Trabalho. O Jaemin só volta a noite. - Um bico apareceu em seus lábios. - Quero me encontrar com vocês.

- É só marcar um dia, Injun, nós estamos sempre livres. - O canadense falou.

Uma lâmpada imaginária se ascendeu em sua cabeça. Iria ficar a tarde toda sozinho, certo? Mark e Donghyuck iriam ser liberados em uma hora e sabia disso, então...

dear, renjun.Onde histórias criam vida. Descubra agora