- Você disse que iria pular para o final. - Jeno disse, acariciando as costas nuas do outro deitado em seu peito.
- Eu disse? - Levantou um pouco a cabeça para poder olhar o Lee.
- Uhum. - Murmurou, deixando um beijinho na testa do chinês.
- Eu ainda não acredito que fiz isso no meu local de trabalho. - Riu fraco.
Sua mão acariciava de leve a cicatriz um pouco abaixo do abdômen do Lee, ela ia até o início da coxa.
- Vai se acostumando, Junnie, essa não vai ser a última vez. - Sorriu.
Junnie.
E então se lembrou que Jaemin era o único a usar aquele apelido, até agora.
- Você... Pretende contar ao Jaemin? - O Lee perguntou, depois de um tempo em silêncio.
- Sabe, nós não namoramos, mas... Eu sinto que traí ele de alguma forma e ao mesmo tempo, sinto que nada mudou entre nós. - Subiu seu braço só para tocar na pulseira preta que o Na o deu. - Se eu ver ele... Será a mesma coisa que era antes, eu acho. Então, não pretendo contar nada a ele por enquanto.
- E por que fez isso comigo? - As bochechas do chinês adquiriram um tom rosado.
- Porque eu acho que...
- Que...? - Incentivou.
- Não te vejo da mesma forma que via antes. - Olhou nos olhos do de fios negros, eles brilhavam. - Você não é só um conhecido pra' mim, Nono... Eu acho que tenho um sentimento a mais por você.
- Você sente essa mesma coisa com o Jaemin?
- Eu sinto a mesma coisa com o Nana. - Completou. - Sinto a mesma coisa por vocês, e... Eu não sei explicar o que é.
- Olha... Se você quiser, pode trazer o Jaemin aqui. Eu posso falar com ele e-
- Não, Jeno, de forma alguma! - O cortou, rindo. - Eu me viro com ele, uma hora isso vai acontecer e eu espero estar preparado.
- Você sempre está, não fala assim. - Se sentou na cama, Renjun fazendo o mesmo, se encostando na parede branca do quarto. - Sempre falamos de mim... Por que não conta mais sobre você?
- Não tenho muita coisa para falar da minha pessoa. - Deu de ombros. - Acho que meu único defeito é gostar de abraços.
O Lee o olhou, confuso. Se lembrou de quando o Huang o pediu para lhe dar um abraço e tão cabeça dura como era, negou.
- Isso é uma qualidade, Renjun. Defeitos são algo... Completamente diferente.
- Por que diferente? - Jeno estalou a língua no céu da boca, pensativo.
- Eu não sei. - Um sorriso brotou em seus lábios. - Jisung tinha vários defeitos e acho que o principal era ser burro. - Riu.
- Jeno! Não fala assim! - Deu um tapa no braço do outro. - Se Jaemin estivesse aqui ele daria um discurso sobre isso. - Sorriu bobo, se lembrando de quando matou uma abelha e o Na surtou, passando quase 1 hora explicando porquê não deveria ter feito tal coisa. - Uma vez eu matei uma abelha e ele enlouqueceu, mas depois quando pedi desculpas ele me abraçou. É tudo culpa dele por ter me viciado a gostar de abraços.
- A relação de vocês parece ser ótima. - Disse, imaginando como Renjun e o rosado poderiam ser quando estavam a sós.
- E é. A nossa também pode ser. - O de fios negros sorriu com um pensamento que teve.
- Quer que eu te abrace?
- Quero que você o conheça, e então, pode me abraçar.
- Por que eu deveria fazer isso? - Arqueou uma das sobrancelhas.
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dear, renjun.
General FictionOnde Huang Renjun, um chinês de 23 anos, é transferido para trabalhar em um hospital psiquiátrico e seu trabalho seria cuidar psicologicamente de um paciente um tanto pertubado, no caso Lee Jeno, mas na verdade, este só carregava traumas profundos d...