Capítulo Seis

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Por Ela


Eu tentava todo o custo abrir o meu armário, mais como sempre eu não conseguia. Eu tinha que pedir o selador ajeitar, já estava passando dos limites. Tinha se passado um mês e bem eu e o Jonathan estamos "ficando". Não sei por que mais eu não gosto dessa palavra. Claro escondido, eu não queria que todo mundo da escola soubesse, não ainda. A Liv tinha sumido por uma semana e eu admito fiquei preocupada e liguei para sua casa só para perguntar a sua empregada se ela estava bem, a mesma me disse que a garota estava trancada no quarto e que só saia à noite. Isso não aliviou a minha preocupação já que eu sabia que ela saindo à noite era pior do que ficar trancada no quarto, mais no dia seguinte quando a Liv foi à escola com a melhor cara possível e derrubou o seu almoço na minha roupa eu decidi não me preocupar mais. Já em minha casa eu não conseguia mais me sentir confortável, já que agora todos os dias o Mark estava lá me olhando daquela forma que me deixava arrepiada e com medo. Eu tinha decidido dizer a minha tia o que tinha acontecido mais a mesma disse que o Mark era o homem da sua vida e que ele era todo maravilhoso e tal, pedir toda a coragem de falar o que aconteceu e deixei estar.


- Bom dia -ouvi a voz de Jonathan atrás de mim e senti a sua mão em minha cintura. Me virei para ele dando lhe um beijo na bochecha.


- Dia - resmunguei forçando mais uma vez a tranca do armário - Mais que droga! - dei um soco no mesmo e Jonathan riu abrindo-o sem esforço - Porque isso acontece? - bufei frustrada.


- Você tava puxando do jeito errado - falou calmo e eu suspirei - O que há de errado? - perguntou se inclinando um pouco me dando um rápido selinho e conferindo se ninguém tinha visto.


-Não sei, eu hoje acordei desse jeito - dei de ombros - To com um pressentimento ruim - ele entortou um pouco a boca.


- Sobre a Liv? - olhou de canto para a garota que estava do outro lado do corredor nos olhando de maneira raivosa.


- Não, não tem nada haver com a Liv - suspirei - Eu não sei o que é - o sinal tocou fazendo com que eu levasse um pequeno susto e logo me apresasse para ir à sala de matemática lhe dando um beijo na bochecha e correndo ate onde a professora esperava na porta com a feição seria. Droga, eu ainda teria dois horários com ela, não ia dar pra agüentar.



******


Entrei em casa dando de cara com cacos de vidro no chão e me assustei. Aquele era o vaso favorito da minha tia. Chamei-a jogando a minha bolsa e a ouvi responder da cozinha.


- O que aconteceu com o seu vaso? - perguntei vendo-a sentada no banquinho preto da cozinha.


- Eu sem querer esbarrei nele - sua voz saiu fraca e quase como um sussurro. Preocupada me aproximei tocando o seu braço querendo que ela me olha-se já que desde que eu entrei pela porta não tinha o feito.

- Tia olha pra mim - disse a acariciando e ela balançou a cabeça em negação - O que há de errado? - ela estava agindo de forma estranha desde a semana passada, ficava encolhida em um canto e quase nem saia de casa e eu nunca falava nada porque Mark estava com ela.


- Não há nada Donna - se levantou indo em direção ao seu quarto e eu vi algo estranho no seu braço. Franzi a testa. Era um marca grande e roxa e não tinha um formato de uma bola. Parecia mais uma mão.

Último BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora