Último Beijo

Capítulo Sete

Liv

Eu estava na rua da casa da Don olhando a mesma fixamente com um saco de Doritos nas mãos. Ok, pelo que eu estou analisando não tinha nada errado até agora. Um carro parou em frente à casa e de lá saiu um homem de cabelos negros e alto. Era o Mark, e puta que pariu como esse cara era gostoso. Mais porra, o que tem de gostoso, tem de estranho. Ele é todo misterioso e até hoje eu nem sei o seu sobrenome. Assim que ele entrou sai de trás da árvore jogando os saquinhos no lixo. Estava de frente a janela da sala e Don estava encolhida no sofá. A TV estava ligada mais ela não pareci se importa com aquilo, pois sua atenção estava toda voltada para o relógio da parede. Ela estava esperando algo, temendo algo.

Mark entrou e Don sobressaltou do sofá se encolhendo a inda mais. O cara tinha uma expressão ruim no rosto e ele fez um sinal com a cabeça para que ela o seguisse até o quarto da tia. Don andou desajeitada na frente do homem e logo ouvi a porta sendo fechada. Era a minha hora. Abri a maçaneta com cuidado para não fazer qualquer barulho e caminhei até o andar de cima. Eu tinha que saber o que estava acontecendo com aquela garota. Eu iria futricar todo o seu quarto até encontrar algo suspeito.

Não havia nada de errado tudo parecia normal até que eu ouvi o barulho na porta e corri para dentro do guarda-roupa. Don entrou descabelada e com o rosto molhado de lagrimas. O meu coração bateu devagar e eu me contorci dentro do pequeno espaço entre as suas roupas. O Mark entrou atrás dela com o sorriso satisfatório no rosto.

- Porque você faz isso? – sua voz saiu tremula – Ela estava te amando – uma risada saiu de dentro da garganta do homem que deu um passo para frente fazendo a garota recuar.

- Eu não me importo se ela me amava ao me ama – deu mais um passo – Ela me da prazer e isso é o que vale – mais um passo e Don já estava com os joelhos escorados na cama – Assim como você também vai me dar – riu e passo a mão pelo rosto dela e a empurrou pelo pescoço fazendo-a cair.

- Vamos brincar um pouco, hum – a cobriu com o seu corpo e a beijou.

- Eu te odeio – ela soprou entre os dentes já com lagrimas nos olhos – Tenho nojo de você – soluçou – Você ainda vai pagar por tudo que esta fazendo – ela se contorceu tentando sair de baixo do cara e a olhava com ódio. Assustei-me quando ouvir Don gritar. Ele tinha mordido o seu seio por cima da blusa do pijama.

- Acho que não vou mais esperar – segurou o pescoço dela com força – Vou te ensinar uma lição, que você vai levar pro resto da vida – aproximou os seus rostos rosando os lábios no dela – Eu mando e você obedece, sem questionar – sugou o lábio inferir da garota e já soltava lagrimas. Eu estava sentindo nojo daquela cena. Asco das coisas que eram ditas pelo homem que tentava tirar a roupa da garota em cima da cama. Passei a mão pelo rosto vendo que estava chorando. Não, eu não podia o deixar fazer isso com ela. A raiva que consumia o meu corpo me fez saltar do meu esconderijo. Mark assustado se levantou e Don que continuava em cima da cama me olhava aliviada e apreensiva.

Antes que o cara pudesse fazer algo eu pulei em cima dele lhe dando um soco. Eu já havia lutado contra caras maiores que ele. É no mundo das drogas ninguém brinca. Nós podíamos ser miseráveis e ordinários, mais uma coisa que odiávamos era estupradores. Pelo menos no meu bando. Ele tentou segurar os meus braços mais eu fui mais rápida lhe dando um chute entre as pernas.

- SUA FILHA DA PUTA! – exclamou ficando de joelho.

- Uns amigos meus lá na cadeia vão amar te conhecer –dei as costas para ele – Eles amam estupradores – ri mais logo parei a senti ele me dar uma chave de braço. O meu rosto com certeza estava vermelho pela força que ele usava. O ar em meus pulmões ia se esvaziando. Tentei me debater mais eu quase não tinha mais forças. De um minuto para o outro ele soltou o meu pescoço e quase caiu em cima de mim. Olhei para o homem desmaiado no chão e olhei para a garota que tinha um taco de beisebol na mão. Sua respiração estava acelerada e sua boca estava entre aberta. Ela logo soltou o objeto e colocou a mão na boca escondendo um sorriso de alivio. Ao olhar para mim ela chorou e se jogou em meus braços.