Hyunjin e Seungmin andavam pelas ruas escuras do bairro mais discretos possível, com roupas pretas e moletons de capuz evitando serem reconhecidos ou mesmo vistos. Encontravam uma ou duas pessoas do Oeste pelas ruas em suas próprias rondas, mas nada suspeito ou anormal, tudo estava indo bem e conforme o horário se aproximava da meia-noite, pegaram o caminho de volta para casa.
No meio do percurso, avistaram cinco pessoas formando um mini círculo no próximo quarteirão, pareciam apenas conversar até ouvirem um disparo de arma e um dos homens cair no chão.
– Hyunjin, vai procurar o Chan! – Seungmin sussurrou agachado atrás de um latão de lixo junto ao mais novo – Eu vou ver o que está acontecendo.
– Sozinho? – Arregalou os olhos demonstrando seu medo e preocupação.
– Eu vou ficar bem, faz o que estou mandando – Deu um leve um empurrão no parceiro que estava hesitante em deixá-lo só – Agora!
E Hyunjin o obedeceu. Enquanto Kim se aproximou cautelosamente, podendo ver mais de perto o que estava acontecendo.
Pode avistar três jovens com sobretudo preto, com idade entre 20 a 25 anos, um deles estava armado, apontando a arma para outro homem que aparentemente era do Oeste em pé ao lado do corpo no chão que também era outro aliado do Oeste.
– Ei! – Kim gritou chamando toda a atenção para si sem nem pensar em um plano, gritou por puro impulso com medo do que poderia acontecer ao outro rapaz caso não tomasse uma iniciativa.
Entretanto, tudo o que conseguiu foi fazer outro invasor que também estava armado apontar a arma para sua cabeça e levantou as mãos para o alto imediatamente.
– Olha só o que nós temos aqui – O único rapaz que aparentemente estava desarmado, confortavelmente com as mãos no bolso do sobretudo e um cabelo esquisito, metade preto e metade platinado caminhou na direção do garoto com um sorriso maléfico – Kim Seungmin, certo?
– Como sabe o meu nome? – Franziu o rosto.
– Você não sabe o meu? – Sem resposta se aproxima mais um pouco com a face tristonha – Confesso que isso me chateia... – Fez sinal para que seus parceiros abaixasse as armas – Vamos conversar civilizadamente, certo? – Encarou Seungmin de forma ameaçadora e ele apenas assentiu com a cabeça enquanto abaixava as mãos – Meu nome é Kim Hongjoong, o atual líder do bairro Norte! – Disse com um sorriso orgulhoso – Este aqui é o Seonghwa – Apontou para o rapaz segurando a arma que antes apontava para o aliado do Oeste – E este é o San! – Apontou para o outro que também estava com a arma em mãos e antes tinha Seungmin em sua mira.
Kim se manteve em silêncio e isso começou a incomodar um pouco Hongjoong que se aproximou ainda mais do mesmo, ficando apenas a um braço de distância
– Vamos fazer o seguinte... – Hongjoong iniciou a conversa com uma voz angelical assustadora – Existe uma coisa que eu quero – Colocou a mão sobre o peito – Na verdade, uma pessoa e você... – Colocou as mãos sobre os ombros de Seungmin arqueando as sobrancelhas e inclinando a cabeça pro lado – Sabe onde ele está – Apertou brevemente os ombros do rapaz que deixou escapar uma expressão de dor em sua face – Então, eu vou te pedir uma única coisa e se você não fizer, será punido até que o faça, entendeu?
Seungmin continuou em silêncio fazendo Hongjoong perder totalmente a paciência apertando mais uma vez os ombros dele com força e acertando um chute no estômago do mesmo, fazendo-o se curvar para frente e soltar um gemido alto de dor. Havia pedrinhas pontudas de rebite na parte de cima da calça de Joong que se não o perfuraram deixará marcas e com certeza o machucara. Em seguida, agarrou os cabelos do rapaz que se contorcia de dor levantando o rosto do mesmo em sua direção para poder encara-lo.
– Eu perguntei se você entendeu!? – Seu tom de voz mudou de angelical para um passivo agressivo ameaçador.
– Entendi! – Seung se recompôs e o encarou com raiva serrando os dentes com toda força na tentativa de amenizar a dor.
– Ah, que alívio! – Suspirou soltando o rapaz e deu as costas para ajeitar o sobretudo – Eu te daria três chances – Voltou a encarar Seungmin – Mas como quis bancar o mudinho e me tirou a paciência, agora você lhe restam duas – Mostrou a mão indicando a quantidade com os dedos – Enfim, direto ao ponto – Deu um passo a frente ficando cara a cara – Me leve até o Jeongin.
– Não! – Respondeu firme mesmo sabendo o que estava por vir e que não podia reagir, já que um único movimento faria com que San alojasse uma bala em sua cabeça.
Hongjoong socou o rosto de Kim fazendo um pequeno corte no interior da bochecha e mesmo com gosto de sangue na boca se recompôs rapidamente e permaneceu firme e o encarando.
– Me leve até o Jeongin!
– Não!
Joong o socou mais uma vez no mesmo local fazendo o corte se abrir, em seguida o chutou no estômago e Seungmin caiu no chão cuspindo sangue e gemendo pela dor insuportável. E o líder do norte continuou lhe dando mais chutes nas costas e na costela enquanto estava caído no chão como se fosse um saco de pancadas.
– SAN! – Se afastou e deu a ordem para seu parceiro que na mesma hora apontou a arma para o garoto no chão se contorcendo de dor em posição fetal que já nem gemia ou gritava mais, apenas mantinha os olhos fechados implorando aos céus para aquilo acabasse logo.
– ABAIXA ESSA ARMA AGORA! – Antes que San puxasse o gatilho, Bangchan e Changbin apareceram empunhando as armas que Minji havia pegado mais cedo e atrás deles, Hyunjin brincando com um canivete na mão.
– Bangchan! – Hong abriu os abraço com um largo sorriso falso ao vê-lo aumentando ainda mais a tensão da situação, ele agia como um completo psicopata. Enquanto o San mantinha a arma apontada para Seungmin, Chan para San, Seonghwa para o rapaz do Oeste que tentara fugir e Changbin para Seonghwa.
– Hongjoong... – Bangchan disse sério, sem tirar os olhos do seu alvo.
– Vocês empunhando armas – Riu debochado – A coisa parece ter ficado séria, huh? – Ao não obter resposta, assentiu com a cabeça dando a ordem para que seus homens abaixassem as armas e em seguida Bang e Bin fizeram os mesmo – Acho que podemos conversar agora... – Sorriu forçando simpatia e continuou sem uma resposta – Meu Deus! A mãe de vocês não lhes deram educação? – De repente soltou uma gargalhada maléfica ao sentir os olhares raivosos o fitando – Ah é, vocês não têm mãe – Riu ainda mais alto – E nem eu – Continuou a gargalhar feito um maníaco, quando uma memória lhe veio a mente o fazendo pausar as gargalhadas dramaticamente – Eu tinha um pai... – Fixou o olhar no chão cabisbaixo – Patético! – Disse demonstrando todo o seu nojo sobre aquela memória – Enfim, meus amigos... – Mudou rapidamente sua feição maldosa para uma simpática como se outra personalidade tomasse conta de seu corpo – Bangchan, meu velho amigo – Se aproximou de Chan e lhe deu um abraço apertado sem ser correspondido – Quanto tempo – O soltou sendo encarado frivolamente pelo mesmo – Você sempre foi tão assustador – Sorriu coçando a cabeça sem jeito.
– O que você quer, Hongjoong? – Bangchan já estava no limite, pronto para arrebenta-lo, mas considerando toda a situação, acabaria colocando outras vidas em risco se agisse sem pensar.
– Ah, você sabe o que eu quero, mas as coisas estão meio tensas hoje, não é!? – Abriu os braços mostrando todo o cenário ao seu redor – Temos um morto ali e um quase morto do outro lado – Sorriu baixo – Que rapaz sortudo esse Seungmin, foi por muito pouco BANGCHAN! – Arregalou os olhos gesticulando com as mãos – Muito pouquinho assim, olha! – Demonstrou com os dedos indicador e polegar bem próximos, quase sem nenhum espeço entre eles – Você chegou bem na hora! – Ele definitivamente agia como um louco, rindo em um monólogo solitário ou talvez nem tão solitário assim, nunca se sabe quantas vozes existem na cabeça de um psicopata – Enfim, vocês têm dois dias! Me entreguem o que eu quero até meia noite daqui a dois dias ou eu volto e se eu voltar... Apesar dos nossos longos anos de amizade, não vou poder ser tão amigável assim... – Sorriu apertando os lábios e chamou seus homens retirando-se.
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Street Love - Seungin
Fanfic[𝙵𝚒𝚗𝚊𝚕𝚒𝚣𝚊𝚍𝚊] ☆Um garoto acidentalmente se perde no subúrbio de Seoul e topa com uma gangue de rua em crise tentando sobreviver a uma guerra contra seus rivais. O que ele não esperava, é que se apaixonaria naquelas ruas...☆ | 𝖮𝖻𝗋𝖺 𝗈𝗋�...