– O lado norte... – Virou a cabeça em direção ao Seungmin encarando seu olhar preocupado – Eles tomaram o leste e estão em guerra com o oeste – Passou novamente a mão no rosto respirando fundo e mordeu os lábios ansioso – Se o oeste for tomado...
– Nós seremos os próximos. – Concluíram em coro.
– Isso explica o comportamento desconfiado do Bin com aquele garoto mais cedo. – Disse Seungmin.
Bangchan se sentou, virou a latinha de cerveja até o último gole e caminhou até a lixeira da pequena e modesta cozinha para descartar a lata vazia. Ao retornar a sala se deparou com Seungmin de braços cruzados em pé no mesmo local ao lado do sofá com o olhar fixo no chão, pensativo.
– Changbin e Minho já estão cuidando do o oeste, mas só os dois não serão suficientes. – Se escorou na parede cruzando os braços.
– Espera – Direcionou os olhos arregalados para Bangchan – O Minho também está traficando?
– Não drogas – Sorri de canto – Ele está fazendo aquela parada que ele sabe fazer...
– Aquele cara é um gênio – Cruzou os braços sorrindo orgulhoso – Mas como eles... – Franziu as sobrancelhas confuso – Foram ordens suas?
– Não exatamente... – Ao notar que a conversa seria prolongada, Bangchan pegou mais uma latinha e se acomodou na poltrona.
Seungmin não resistiu, também pegou uma latinha de cerveja e sentou-se no sofá esticando as pernas cruzadas por toda a extensão do acento.
– Changbin ouviu um boato de que o leste havia sido tomado pelo norte e é claro que foi verificar – Revirou os olhos – Após confirmar a notícia, se dirigiu a mim exigindo que fizéssemos algo e eu dei de ombros, mas confesso ter ficado preocupado – Mordeu os lábios – Há anos que os quatro lados foram divididos, antes mesmo da nossa geração e quando alianças assim começam a se formar, é sinal de guerra. – Bangchan deu um gole na cerveja e encarou a TV desligada por alguns segundos tentando organizar seus pensamentos – Mandei o Minho pro oeste para fazer negócios e ficar atento caso houvesse movimentação do pessoal do norte por aqueles lados. – Deu uma pausa para recuperar o fôlego e tomar mais um gole – Foi quando Minho viu o Changbin fazendo algo suspeito nas ruas do lado oeste e descobriu sobre o tráfico de drogas.
– E isso já tem quanto tempo?
– O quê? Que eu sei sobre o Changbin? – Olhou para Seungmin que assentiu com a cabeça – Três semanas.
– E por que não interviu?
– Porque o Bin tem razão, nós precisamos agir! – Encarou Seungmin que o olhava com desaprovação – A mais ou menos dois dias, Minho notou uma movimentação estranha no oeste, gente entrando e saindo, gente que não era dali...
– O pessoal do norte... – Completou cabisbaixo.
– Sim. – Afirmou.
– Mas drogas Chan? – Questionou ainda inconformado com a situação – O que vem depois? Assassinato?
– Nós não somos santos Seungmin...
– Mas também não somos assassinos! – Firmou os pés no chão agora sentado de frente para Bangchan, passou a mão pelos cabelos os jogando para trás – Nós não somos como eles!
– Se não agirmos agora – Bangchan sentou apoiando os cotovelos nos joelhos com uma expressão séria e autoritária – Vamos ser obrigados a obedece-los – Se levantou em direção ao Seungmin – Você prefere lutar pela liberdade ou ficar parado e se tornar um deles?
Seungmin encarou seu amigo mordendo os lábios com um olhar triste e preocupado.
– Estamos em guerra – Continuou Bangchan sentando-se ao lado de Seungmin passando seu braço sobre os ombros do amigo na tentativa de reconforta-lo – Faremos o que for necessário ser feito.
– Você tem medo Chan... – Voltou o olhar de encontro com os olhos de Bangchan – De encontrá-lo?
– Já fazem 7 anos – Disse nostálgico – Mas seja como for, ele escolheu o caminho dele... – Sorri confiante.
– Eu diria que estão falando mal de mim – Acusou ao passar a cabeça pela janela e chamar a atenção para si – Mas olhando daqui, acho que estraguei o clima – Saltou da janela adentrando a sala – Desculpem!
– Changbin! Eu é que lhe devo desculpas... – Bangchan caminhou em sua direção.
– Tá legal, quantas dessas você já tomou? – Perguntou tirando a latinha vazia da mão de Bang.
– O suficiente – Passou o braço pelos largos ombros do companheiro e o arrastou até o sofá onde estava Seungmin – Junte-se a nós! – Pegou mais duas latinhas de cerveja e jogou uma para Changbin que a segurou com apenas uma mão em um encaixe perfeito.
– Ah, vocês não sabem discutir nada sem colocar álcool no meio!? – Disse outro garoto entrando pela janela seguido de Minho e mais dois jovens.
– HAN!!! – Bangchan levantou de braços abertos sorrindo de orelha a orelha para o garoto.
– Mas é sério, quantos ele já bebeu? – Cochichou Changbin para Seungmin.
– Essa é a terceira. – Respondeu sorrindo.
– Um milagre ainda estar de pé... – Debochou dando um gole na cerveja.
– Certo! – Começou Bangchan cambaleando devido ao consumo alcoólico – O plano é o seguinte... – Apoiou o braço no ombro de Jisung para manter o equilíbrio que logo de cara expressou seu descontentamento pela situação – Han, amanhã você vai com o Minho, ele vai te explicar o que está rolando, afinal... – Soluça – Os gênios precisam trabalhar juntos – Deu uma piscadela para Minho que assentiu com a cabeça – Changbin, continue com aquele seu lance, mas dessa vez me mantenha informado sobre tudo, ok? – Apontou com o dedo indicador.
– Ok! – Concordou Changbin.
– Crianças! Hyunjin e Felix reabasteçam a casa, estamos quase sem suprimentos. – Ordenou fitando os mais jovens que estavam em pé próximo a janela.
– Haha! Vamos as compras! – Respondeu Hyunjin animado tocando a mão de Felix com o punho fechado.
– Seungmin! – Prosseguiu já com os olhos baixos – Amanhã... – Engoliu a saliva tentando não embolar as palavras que já evidenciavam sua embriagues – Você e eu vamos dar um voltinha. – Desencostou de Jisung, deu dois passos cruzando as pernas e caiu todo mole ao chão.
– Francamente... – Resmungou Jisung se agachando junto a Hyunjin e Felix para acudir o líder e levá-lo a cama.
– Até que durou – Comentou Changbin – Houve um tempo que uma latinha era suficiente para derruba-lo.
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Street Love - Seungin
Fiksi Penggemar[𝙵𝚒𝚗𝚊𝚕𝚒𝚣𝚊𝚍𝚊] ☆Um garoto acidentalmente se perde no subúrbio de Seoul e topa com uma gangue de rua em crise tentando sobreviver a uma guerra contra seus rivais. O que ele não esperava, é que se apaixonaria naquelas ruas...☆ | 𝖮𝖻𝗋𝖺 𝗈𝗋�...