Rosekook • for your safety, love

05

Jungkook POV.

Entramos na empresa e fomos recebidos com olhares, acredito que seja pelo fato de Roseanne está agarrada a mim. O corpo dela está mole e frágil, acredito que solta-lá é como empurra-lá para o chão.

— Aproveitando que estou com você, pretende sair hoje a noite, senhorita? É a folga do Taehyung e eu gostaria de sair com ele.

— Tudo bem. Você pode sair com seu amigo.

Eu vi Jennie sentada em uma das poltronas mexendo em seu celular, ela sorriu para nós quando nos viu entrar. Eu caminhei até a secretária do senhor Park que nos recebeu com um sorriso.

— Dê uma batida antes de entrar, ele está esperando pela neta.

Fiz como instruído e rapidamente senhor Park disse para entrarmos.

— Sua neta. — Falei assim que encarei o rosto do velho, que sorriu para mim.

— Obrigada, Jungkook. Como está, Rosé? — Eu fechei a porta e sai, deixando eles sozinhos. Caminhei até onde Jennie estava e me sentei perto dela.

Peguei meu celular no bolso e entrei no grupo dos seguranças, onde alguns estavam animados para a balada e por outro lado tinham Namjoon, Jin e Félix que iriam cobrir o turno noturno hoje.

— Jungkook, o que foi aquilo? Você não tem obrigação de fazer o que fez mais cedo, seu trabalho é apenas cuidar da segurança dela. — Jennie me questionou com a sombrancelha arqueada e os braços cruzados. Eu conheço essa pose.

— Ela não estava se sentindo bem e eu preciso ganhar a confiança dela, é assim que se resolve as coisas. Deixa tudo mais fácil. — Tentei ser o mais convincente possível para que jennie não insistisse nesse assunto.

— É. Você tem razão. — Ela fingiu da de ombros e voltou a olhar para a tela do celular.

— Aliás, você vai ir hoje a noite? Seu turno começa no matutino.

— Pois é, combinamos de não voltar tão tarde para termos pelo menos 5 horas de sono. — Ela passou a mão pelo rabo de cavalo e me encarou. — Pior ainda é você que não tem um horário fixo. Como vai fazer?

— Eu já falei com ela. Estou liberado. — Jennie sorriu e depois fizemos um toque de mão. Vai ser bom sair para me distrair.

Ficamos a manhã inteira naquelas boas e velhas poltronas.

Já eram 12:00 quando o senhor Park e Roseanne saíram da sala. Jennie e eu nos levantamos, ficando logo atrás deles que caminhavam até o elevador. Rosé estava com os braços rodeando o braço do avô, é muito bonita a relação deles, senhor Park vira uma pessoa nova na presença da neta.

— Jennie e Jungkook, nos levem para um bom restaurante, vamos almoçar fora hoje.

Eu fiquei do lado de fora da empresa fazendo a segurança enquanto Jennie foi buscar o carro para irmos. Assim que ela chegou, abri a porta de trás para Rosé e senhor Park entrarem, logo entrando no banco ao lado de Jennie e observando as ruas de Seul pela janela.

Não demorou para pararmos em frente a um restaurante que o senhor Park adora, Jennie sabe bem aonde ir em vista de que o senhor Park ficou feliz em ver aonde ia comer hoje. O bom de trabalhar para o senhor Park é que sempre comemos do bom e do melhor. Jennie parou o carro e eu desci primeiro, abrindo a porta de trás para Rosé e o senhor Park saírem do carro. Jennie foi estacionar o carro e eu acompanhei os dois para dentro do estabelecimento. Rosé agarrou o meu braço e o senhor Park encarou a situação. Eu a olhei de forma indecifrável e depois encarei nossos braços dados. Ela apenas sorriu.

Fomos para uma mesa que estava vazia e eu arrastei a cadeira para que Rosé sentasse.

— Eu preciso ir ao banheiro.

— Sente-se e espere que Jennie volte para que seu avô não fique sem segurança, depois eu te levo até lá. — Pela primeira vez ela me obedeceu sem reclamar e se sentou.

— Sente-se, Jungkook. Quero a companhia de vocês no almoço de hoje. — Eu apenas me sentei como foi solicitado.

Eu e senhor Park conversávamos algumas coisas, ele é bom de papo.

— Vejo que você está se dando bem com a minha neta, Jungkook. Está se saindo bem.

Senti um chute leve nas minhas pernas e encarei Roseanne que sorria.

Patricinha trabalhosa.

— É o meu trabalho.

Jennie voltou e o senhor Park pediu a ela que também se sentasse. Vi Rosé se levantar e me lembrei de que ela queria ir ao banheiro. Me levantei em seguida e caminhei atrás dela. Eu olhei sem querer para sua bunda e vi uma manchinha suspeita. Eu rapidamente me aproximei, cobrindo as costas dela.

— Não me diga que manchou. Que droga.

— Está tudo bem. Entre. — Eu abri a porta do banheiro e ela entrou. Ouvi ela se trancar em uma cabine. Eu me encostei na parede do lado de fora. — Quer que eu vá comprar absorventes para você?

— Eu tenho.

Cruzei os braços e continuei a esperar, mas ela estava demorando tempo demais naquele banheiro.

— Roseanne?

— Eu não vou sair desse banheiro com a minha roupa suja de sangue. — Sua voz estava baixa.

— Vai sim. Eu não posso entrar ai. — Ouvi a cabine destrancar e ela colocou somente a cabeça para o lado de fora. Seus olhos e a ponta do nariz estavam vermelhos, ela estava chorando. — Vista isso. Vai cobrir. — Eu entreguei o meu paletó pra ela. 

— Você tem certeza?

— Tenho. Assim que acabar de almoçar eu te levo pra casa, eu prometo, agora vista e vamos voltar. — Ela vestiu o paletó e ele cobriu perfeitamente por ser do dobro do tamanho dela.

Voltamos para a mesa e o senhor Park encarou o meu traje sem paletó e depois ele no corpo dela.

— Aconteceu alguma coisa?

— Problemas femininos, senhor. — Ele pareceu entender e não tocou mais no assunto.

Nossos pedidos chegaram, Roseanne estava claramente incomodada com a situação, parecia envergonhada, ao menos conversava, e em pouco tempo de convivência eu já notei que ela não cala a boca.

Após o almoço, Jennie voltou para a empresa com nosso patrão, e eu entrei em um táxi com Roseanne.

chegamos na mansão em segurança. Paguei a corrida, dei a volta no carro e abri a porta para Rosé.

Ela encaixou o braço no meu novamente

— Você tem gostado bastante de andar assim comigo.

— Você é meu segurança não é? Eu me sinto segura quando ando com você assim.

— Deveria andar sempre na minha frente para que eu proteja suas costas senhorita Park.

— Não enche Jungkook, eu estou de TPM.

Preferi realmente ficar calado.

Subi as escadas e a deixei na porta do seu quarto.

— Obrigada por tudo que fez por mim hoje.

— É meu trabalho.

Ela tirou meu paletó e me entregou.

— Não pretendo mais ir ao shopping, está liberado. Você pode só mandar alguém me fazer um chá de camomila?

— Certamente.

Ela fechou a porta, eu desci até a cozinha, dei o recado e fui para o meu quarto.

Você não é chata Roseanne, agora tenho certeza que é só carente de atenção e de cuidados. Talvez te encheram de dinheiro, e esqueceram algo importante. - Amor e proteção. - E não estou falando de um segurança 24 horas em seus pés, mas de alguem que realmente se importe, e esteja ali para você.