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Rosé POV.








Sei que Jungkook está preparando o discurso contra mim e que isso vai acontecer assim que a gente chegar na mansão.

O carro entrou pelos portões da mansão, meus batimentos cardíacos aumentaram instantaneamente.

Olhei para ele com rabo de olho, o homem estava com a respiração desregulada, rígido no banco, sem mover um único dedo. Acho que estou fodida.

— Espere um pouco Yoongi.

Yoongi parou o carro, Jungkook desceu, bateu a porta com força desnecessária e se encaminhou até os seguranças que faziam a guarda noturna.

— Félix pode me explicar como uma garota de 19 anos deu um perdido em vocês e saiu dos muros dessa casa?

Engoli seco, Jennie que estava no banco da frente olhou para trás.

— Você sabe que Jungkook não vai pegar leve com você a respeito disso né Roseanne? Sua segurança é responsabilidade dele, se tivesse acontecido algo com você, ele estava encrencado.

— Tenho consciência que fui irresponsável. — Minha voz saiu baixa, nunca tomei bronca nem dos meus pais.

Jungkook voltou para o carro, expressão neutra, esse Jungkook me assusta.

— Vamos Yoongi.

Assim que o carro parou em frente a mansão, Jungkook desceu, não esperei ele abrir a porta para mim, eu mesma abri e sai andando rapidamente sem esperar por ele.

Podia ouvir os passos dele logo atrás me seguindo.

Eu não vou escapar dessa bronca.

Abri a porta do meu quarto, antes que eu fechasse ele colocou a mão sobre a porta me impedindo de fechar.

Jungkook entrou no quarto comigo, ele mesmo fechou a porta.

— Você tem alguma noção do que acabou de fazer?

— Tenho.

— Só tem isso para me falar? Que merda Roseanne.

— Eu só queria sair um pouco, que saco!

— Qual problema de ter me falado isso? Eu te levo até no inferno se você quiser e não atrapalho sua conversa com o diabo, me mantenho distante, mas te protegendo mesmo assim!

— Não precisa falar assim! Eu já entendi que errei, que saco.

Jungkook passou a mão entre os fios de cabelo, levantou a cabeça e respirou fundo.

— Por onde você saiu? Você não saiu pelos portões, os meninos me garantiram isso.

— Eu cresci nessa casa Jungkook, eu sei muito bem sair daqui sem ser vista. — Revirei os olhos para ele, e tirei meu tênis.

Por onde você saiu Roseanne? — Engoli seco olhando para ele parado a minha frente, com aquela cara seria e os braços cruzados.

— Subi na árvore e pulei o murro. — Fui honesta.

— Você o que? — Jungkook arregalou os olhos e passou uma mão no rosto. — Esse muro é super alto, você podia ter se machucado sua maluca!

— Não me importo. Agora com licença.

Levantei da cama e fui para o closet trocar de roupa. Não aguentava mais aquele mimimi.

Me despi, fiquei apenas de roupas íntimas, assim que abri meu armário para pegar uma camisa longa prendi meu dedo contra a porta.

Gritei de dor, não demorou o Jungkook aparecer no cômodo, pensando ser algo mais sério.

Ele nem mesmo notou que eu estou apenas de roupa íntima.

Meu olho estava vermelho pelas lágrimas, pois realmente doeu.

— Você fez todo esse escândalo por que prendeu o dedo?

Fiz um biquinho pra ela e mostrei meu dedinho levemente amassado.

— Da um beijinho.

— Não vou beijar o seu dedo.

— Minha mãe da beijinho quando eu me machuco.

— Eu não sou sua mãe.

Ele pegou uma camisa e me entregou.

— Vista!

— Ogro!

— Patricinha trabalhosa!

Me virei de costas e coloquei meu cabelo pra lateral.

— Jungkook desabotoa meu sutiã por favor...

Jungkook com uma única mão puxou a abotoadura do sutiã, que habilidade, ele ao menos tocou minha pele.

Eu vesti a camisa antes de me virar para ele.

Jungkook voltou para o quarto, eu fui logo atrás, mordi o lábio encarando ele. Deus, que raios de homem bonito.

Ele fica lindo com o trage de segurança, mas ele com essas roupas casuais fica espetacular, ainda mais com essa camisa de mangas curtas mostrando o seu braço tatuado.

Jungkook estava com o celular na mão e encostado na parede.

— Jungkook, será que você podia não contar esse episódio para meu avô?

Ele travou o celular e guardou no bolso.

— Senhor Park vai ficar sabendo disso. — Fiz uma cara ruim pra ele.

— Precisa de mais alguma coisa?

Me deitei, puxei as cobertas para me cobrir, lembrei rapidamente do homem todo cheio de tiro no chão.

— Jungkook será que você podia ficar aqui comigo até eu dormir? Estou assustada com aquele cena do homem morto ainda.

— Roseanne, eu sou seu segurança pessoal e não sua babá.

— Por favor...

Ele se deu por vencida, eu liguei a luz do abajur, Jungkook apagou as luzes do quarto, tirou o tênis, puxou a coberta e deitou comigo.

Fiquei batendo meus dedos contra a barriga. Será abuso pedir que ele me abrace? Acho que não.

— Jungkook será que você me abraçar?

— Você é tão mimada que chega a ser irritante. Vem garota.

Ele abriu os braços, eu me aproximei e me agarrei a ele, com minha cabeça sobre seu peito.

— Eu não sou tão chata assim, sou?

— Você é, mas é suportável.

Me agarrei ainda mais a ele, deixei uma perna sobre a dele.

Me mexi sobre ele, sentindo um incômodo entre as pernas.

Porra de período fértil. Os dedos dele passaram pelo meu braço, arrepiando minha pele.

Esse homem deve ter uma pegada de outro mundo.

Caramba, se acalma Roseanne. Ele é só um ogro que meu avô chama de segurança pessoal.

Comecei a me sentir sonolenta com os carinhos de Jungkook em meu braço. Em instantes eu dormiria, antes disso eu senti a respiração dele diferente, olhei para ele, Jungkook estava dormindo. Apaguei o abajur, me ajustei ainda mais confortável sobre ele e fechei os olhos.

Tão confortável.

Rosekook • for your safety, loveOnde histórias criam vida. Descubra agora