I Treat My Boyfriend Like a Dog! 🐾 Kavetham

🐾 Kaveh precisa de atenção

Tudo começou em um dia qualquer, quando Kaveh expressou sua frustração por se sentir solitário durante as longas horas em que Alhaitham precisava se ausentar para resolver seus próprios assuntos.

Diante dessa implicância de Kaveh, Alhaitham decidiu que a solução seria adotar um cachorro, na esperança de que a presença do novo amigo peludo alegrasse os dias solitários de Kaveh.
No entanto, o que Alhaitham não esperava era que ele próprio acabaria se apaixonando pelo cachorro e o adotando como uma companhia cotidiana. E com isso, o oposto do previsto acabaria acontecendo: Kaveh passou a se sentir cada vez mais deixado de lado por Alhaitham. E para piorar, o animal parecia receber mais afeto do que o próprio noivo do acinzentado (que nunca fora afetuoso).

Nesse novo cenário, Kaveh sentiu-se desprezado, já que Alhaitham mostrava-se mais carinhoso e atencioso com o bichinho de estimação do que com ele, seu parceiro.

E como se já não bastasse se sentir sozinho quando Alhaitham saía, se sentia sozinho até mesmo quando ele estava em casa! Pois o mesmo só sabia dar atenção e carinho para aquele cão, deixando o loiro de escanteio.

Em um fatídico dia, Kaveh se encontrava absorto em seus pensamentos, avaliando minuciosamente uma planta do seu projeto, quando foi interrompido pela voz suave de Alhaitham. O arquiteto ergueu o olhar e observou que seu companheiro estava deitado na cama, lendo um livro e brincando com o cachorrinho, que corria feliz de um lado para o outro.
O ar de descontração no rosto de Alhaitham, contrastando com a expressão séria e cansada de Kaveh, fez com que este último se sentisse momentaneamente deslocado. Era difícil competir com a felicidade e a espontaneidade do cachorro, que parecia ser o centro das atenções de Alhaitham naquele momento.

Kaveh não podia deixar de se perguntar: "Por que não eu?"

Cansado de se sentir preterido em relação ao cachorro, finalmente jogou os papéis do projeto sobre a mesa em um gesto brusco e se voltou para Alhaitham, que ainda brincava com o animal.

- Chega! Eu não aguento mais isso! - exclamou Kaveh com uma voz ríspida e agressiva. - Você trata esse cachorro como se fosse uma criança, e eu aqui me sentindo como um estranho na minha própria casa!

Alhaitham parou bruscamente, surpreso com a atitude do companheiro. Em seguida, tentou argumentar:

- Kaveh, você está exagerando. O cachorro é apenas um ser vivo que precisa de cuidados e atenção.

- Ah, por favor, não me venha com essa desculpa esfarrapada! - rebateu Kaveh, com sarcasmo na voz. - Você sabe muito bem que o cachorro não precisa de toda essa atenção e mimo que você dá a ele. É uma questão de escolha, e você está escolhendo dar mais atenção a ele do que a mim!

- Eu não estou te negando atenção, Kaveh. Eu só quero que você entenda que o Pérsia é importante para mim.

- Importante? Agora ele é mais importante? - questionou Kaveh, com a voz embargada. - Eu não aguento mais me sentir um estorvo para você e para esse cachorro.

Com as palavras de Kaveh denunciando os seus sentimentos, ele se retirou apressadamente do cômodo, levando consigo todas as mágoas e incômodos que vinha acumulando em relação ao comportamento de Alhaitham. Ficou evidente que o arquiteto sentia-se negligenciado e, diante da inabilidade de Alhaitham de reconhecer tais sentimentos, optou por se afastar.

Alhaitham permaneceu imóvel em seu lugar, com a boca entreaberta em surpresa. Era evidente que ele não tinha percebido o quão grave a situação havia se tornado, mas a abrupta partida de Kaveh o fez compreender que havia um problema que precisava ser resolvido.
Em meio ao silêncio que se seguiu à discussão, Alhaitham lançou um último olhar ao cachorrinho que se encolheu no canto, suas orelhas baixas e seus olhos brilhantes refletindo a tristeza que tomava conta do ambiente. O animalzinho, que antes havia sido a fonte de alegria do casal, agora parecia sentir o peso da tensão que havia se instalado entre os dois homens.

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