Capítulo cinco | A verdade

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Sabe aqueles dias que você sente que estar sonhando, quando na verdade não está?

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Sabe aqueles dias que você sente que estar sonhando, quando na verdade não está?

É, Hoje é um dia desses.

Depois do acontecido da noite anterior, as palavras ficavam repetindo diversas vezes em minha cabeça, ao ponto, de puxar meus próprios cabelos.

A casa estava em completo silêncio, O cheio de mofo e o odor de cerveja era nítido.

Posso deduzir que o causador de tudo isso foi aquele velho mesquinho.

Dando pequenos passos pelo corredor, me aproximo da porta do quarto da minha mãe, onde possui uma brecha onde posso visualizar perfeitamente minha mãe dormindo.

A mais velha já estava desgastada, debaixo de seus olhos haviam grandes manchas roxas que significa que a mesma não dorme direito, seu corpo fraco e magro me dá pena.

O motivo de tudo isso é aquele velho asqueroso, não sei por qual razão minha mãe está morando com ele afinal quando eu me mudei, ela estava decidida a ficar sozinha.

Em passos curtos e lentos para não fazer barulho, me direciono Até as escadas aonde pode ser ver a porta da saída.

Ao chegar no fim dela percebo o quão bagunçada ficou a casa.

Saio retirando as garrafas de bebidas alcoólicas por toda a sala e as jogo no lixo da cozinha.

Em seguida, Abro as cortinas deixando a luz do sol adentrar na sala iluminando o local, algo me chama atenção.

Olhando pela janela da sala, havia um carro preto parado em direção á casa.

Arrepios tomam meu corpo só de lembrar do tal homem de ontem, sua postura, sua voz, tudo nele me assustava mas me atraia.

Deixo de pensar nesse assunto e volto a organizar a sala, retiro os papéis de lanches que estavam jogados ali, limpo o chão, arrumo as almofadas do sofá e por fim ajeito as poltronas.

Após acabar de limpar a sala, sigo para a cozinha que é o mesmo processo, lavar pratos, retirar o lixo e limpar o chão.

Tempos se passaram e já estava cansada, escuto passos vindo da escada e logo encontro minha mãe.

Com um vestido longo azul marinho, ela descia as escadas com um meio sorriso no rosto.

Era nítido o seu cansaço.

— Acordou tão cedo, meu amor?

Sua voz soa baixa mas é notável sua felicidade ao me ver.

— Não conseguir dormir, então vim arrumar a casa.

Respondi com um sorriso no rosto.

Sua pequena mão alcança a cadeira a sua frente, aonde se senta com cuidado.

Seu olhar vem até o mesmo como se quiser perguntar algo mas está sem coragem.

— Meu amor, Quem era o homem que estava na porta ontem? — perguntou. — Eu ouvir vocês conversando.

Sua pergunta me fez paralisar por completo.

Vittorio, Ele é o homem.

Mas como vou dizer isso sem que ela se desespere? A coitada mal come direito.

E agora? Que mentira eu iria contar para ela acreditar em mim?

— Blair? Está tudo bem? — Retornou a pergunta.

Olhei diretamente para seus olhos que mantinham um semblante preocupado.

Não sabia o que responder e era nítido que eu estava nervosa por isso.

— E-era só um amigo antigo, Mãe. — Respondi torcendo para ela acreditar.

— Amigo? Tem certeza, filha? — perguntou.

Seu olhar desconfiava que algo ali estava errado e de fato estava.

— Tenho, por que não toma café? — mudo de assunto.

Meu objetivo era mudar de assunto, e de fato, conseguir.

Alguns minutos se passaram continuavamos sentadas a mesa, tomando café.

Em Florença é comum e já virou tradição as pessoas tomarem capuccino com croissant ou brioche.

Quando eu era pequena, meu preferido era a torta de maçã, só de imaginar no cheiro e no gosto, Humm, me dá água na boca.

Mas algo ainda me intrigava, por que minha mãe estava com uma dívida tão alta? O que será que aconteceu para aquele homens virem cobrar eles o tempo todo?

— Mãe, eu tenho uma pergunta. — tomei a frente de quebra o silêncio que havia ali.

Seus olhos brilharam e um pequeno sorriso surgiu.

— Pode perguntar, meu amor. — respondeu.

— Por que aquele homens veio aqui cobrar dinheiro? — Citei.

O brilho sumiu rapidamente e um semblante de triste se fez presente.

Ela parecia estar pensando no que responder, não sei se era o momento certo para perguntar mas a curiosidade era grande.

— Quando eu conheci o homem, no qual eu tenho que chamar de marido ele não era assim.— Sussurrou. — Seu sorriso era grande e encantador, mas depois percebi o quão assustador ele é.

Escutei atentamente o que dizia, era inevitável não chorar com uma cenas dessas.

— Ele trabalhava numa boate como segurança, conheci ele no dia em que sair com umas amigas, nós trocamos olhares, depois carícias, e depois noites de prazer. — continuou a explicar.

— Até que nós apaixonamos e decidimos casar, só que depois disso eu percebir que a apaixonada era eu, não ele, ele começou a usar drogas e a beber muito e passou a dever seu chefe, Vittorio Rizzo. — citou.

— Mas por que não se divorciou? Poderia ter me pedido ajuda. — Exclamei.

Como minha mãe acreditou num idiota como esse?

— Querida, eu estou em risco, não posso simplesmente terminar com ele. — respondeu chorona — Ele me mataria.

Ver suas lágrimas caindo foi como receber um tiro no meu peito.

Apalpei suas mãos acalmando ela.

— E como vai pagar tudo isso? — perguntei.

— Esse é o problema, não tenho dinheiro. — Respondeu nervosa.

— Vamos dar um jeito, Okay? — respondi acalmando.

" Entre amores e carícias, sempre a um monstro escondido pronto para atacar "
— Desconhecido







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⏰ Última atualização: May 07, 2023 ⏰

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