XI

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P.O.V Gian Lucca.

   Ouço uma batida na porta e dou permissão vendo Damian entrar.

   - Espero que tenha um bom motivo para me tirar de casa a essa hora? - Ele olha para seu relógio assim que entra no meu escritório. - Darla sempre gosta de ficar comigo antes que eu saia para o trabalho.

    Agh... Comandado...

   - Ninguém nunca recebe uma ligação minha sem um bom motivo, já era tempo de você aprender isso. - Digo com o olhar perdido na garrafa de Whisky sobre a minha mesa. - Eu tenho dúvidas e desejos... Que se anulam e preciso de uma segunda opinião. Sabe que nunca fui o tipo de homem que precisa de auxilio para tomar decisões, só que pela primeira vez em muito tempo me vejo perdido e incapaz de ver certas coisas com clareza e lucidez... - Esfrego as têmporas.

   - Essa conversa vai precisar de whisky. - Franze o cenho indo até o mini bar. - O que houve?

   - Darla te contou sobre o que Olivia fez? E como as brigas estão piorando? - Pergunto e ele sorri com ódio.

   - Ela teve que me segurar muito para que eu não fosse até a casa da vadia e a colocasse no lugar... - Enche os copos. - Essa desgraçada passou de todos os limites...

   - Sim... - Levo meu copo pela metade até a boca bebendo o whisky que já não está mais gelado. - E entre essas e outras estou me questionando se não é o momento de substituí-la...

   Ele para por um instante e o  encaro surpreso.

  - Você tem esse compromisso a séculos com Olívia... Nunca questionou ele... Apesar de eu e Darla sempre fomos contrários a ela...

    - Só que antes era apenas antipatia de vocês... Não tinha brigas, desobediência, desrespeito e nem outra mulher que eu me interessasse... -  Suspiro. - E agora existe tudo isso.

    - Ah... - Abre um sorriso e me entrega o copo. - Cafajeste, tinha que ter outra mulher da jogada. - Diz com bom humor. - E por acaso ela é ruiva e neta da sua governanta?

    - Rosely está me afetando como nenhuma outra... Como eu jamais pensei ser possível. E em contrapartida Olivia está se mostrando cada vez mais indigna de ser minha esposa.

    - Já transou com ela? - Pergunto curioso.

    - Não, embora eu queira muito... Ela se afasta e me nega toda vez que chegamos perto do proibido. - Balanço a cabeça. - É algo que eu aprovo mesmo que me frustre. - Confesso. - E eu tenho que ter forças para não tirar a virgindade dela antes de saber se vou ou não fazer dela minha esposa.

    - Ah... Acredite eu sei como é, você vai ficar louco... Mate esse desejo antes que ele mate você. - Rir. - Mas pense bem Gian Lucca, ela é jovem, sei que sou suspeito para falar mas... Você não é qualquer um e sua esposa não vai ser qualquer uma... Ela tem que está pronta para essa vida, para te acompanhar onde for... Céu e inferno, sabemos o tipo de vida que levamos.

   A vida da máfia é inserta, não sabemos o nosso futuro... Eu posso ser morto, preso... E ao meu lado  tem que ter uma mulher forte que esteja pronta para agir em qualquer situação.

    - E é por isso que cada dia mais a Olívia se mostra mais inapta. Eu sei do poder do sobrenome dela, ela é querida por toda a sociedade por se mostrar sempre caridosa e cheia de compaixão, só que isso anda atrapalhando... Suas boas intenções andam se transformando em atrevimento e julgamento excessivo. - Penso em Darla. - E sua compaixão vem se mostrado como tolice. Você viu... Ela se faz acessível para todos, de forma que traidores acham que podem recorrer a ela para serem poupados. Isso é fraqueza, não é o que quero.

SEDUCTION: Mortal DesireOnde histórias criam vida. Descubra agora