𝟎𝟏 - 𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚

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Já são quase 2 da manhã e ainda estou terminando os últimos preparos para o trabalho que passarei para meus alunos amanhã

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Já são quase 2 da manhã e ainda estou terminando os últimos preparos para o trabalho que passarei para meus alunos amanhã. Corrigindo: Hoje.

Minhas pálpebras pesadas atrapalham um pouco meu desempenho. Preciso terminar isto a todo custo, prometi a eles que iria passar isso hoje, não posso decepcioná-los.

Quando estava quase colando a última lantejoula, ouço um barulho de copo se quebrando vindo de minha cozinha. Um calafrio percorre minha espinha ao pensar que alguém pode estar em minha casa.

Eu poderia incorporar aquelas personagens dos filmes de terror, que rapidamente se direcionam para a fonte do barulho, que abrem seus braços para dar um grande abraço na morte.

Eu adoro xingar elas durante o filme, e agora eu vou ser xingada por meu próprio subconsciente, porque estou indo diretamente para a fonte do barulho.

Deixo todo meu trabalho em cima da minha escrivaninha e vou para a cozinha que para minha má sorte fica no andar debaixo. Certifico que meu celular esteja em meu bolso antes de continuar a jornada perigosa.

Agatha sua maluca. Volte para seu quarto e ligue para a polícia. Não seja tola de ir diretamente para o intruso. — Disse meu subconsciente.

Não dou ouvidos a ele e continuo andando. Porra, eu espero que seja apenas meu gato e não realmente um intruso.

A madeira envelhecida da escada começa a ranger a cada vez que eu desço um degrau. Me mudei para essa casa a apenas 3 semanas e ainda não a reconstruí. Preciso urgente trocar toda essa madeira velha, antes que meus pés abram um buraco nela.

A cada vez que me aproximo mais da cozinha, mais arrependida fico. Esse pode ser o meu ultimo dia na terra e eu nem me despedi da minha família. Será que eu deveria parar no meio do caminho e mandar mensagem para meus familiares?

Outro barulho. Acabei de ouvir outro barulho, ainda vindo da cozinha. Talvez seja um alerta de Deus para eu ir embora dessa casa.

Eu fui alertada pelos moradores sobre essa casa. Ela tem fama de ser assombrada desde que os últimos moradores foram mortos lado a lado em suas camas no ano de 1940. E eu tive que comprá-la porque amo essa temática de filme de terror.

Eu estou me odiando por isso. Talvez seja os antigos moradores vindo me punir por ter trazido um homem para cá na noite passada. Senhor, me perdoe.

Meus pensamentos se cessam quando chego em frente à porta da cozinha. Com a mão formigando, alcanço a maçaneta da porta e a abro. Procuro pelo interruptor e o ascendo, dando de cara com... nada

Espera, nada além de uma rosa branca em cima de minha bancada. Ando em direção a ele e quase piso em cacos de vidro esparramados pelo meu chão. Definitivamente tem alguém em minha casa.

Começo a suar frio com esse pensamento. Corro para a porta dos fundos e a abro, não acho seguro ficar do lado de dentro quando eu sei que há alguém lá. Alcanço meu celular em meu bolso e começo a discar o número da polícia.

          — Senhora não encontramos nada, a casa está vazia

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          — Senhora não encontramos nada, a casa está vazia. — Disse o polícia e apenas balancei a cabeça em concordância, mas ainda estou apreensiva.

           — Vocês tem certeza? — Ouço a voz dócil da minha melhor amiga, Elly. Ela chegou a tempo e, após ligar para a polícia, liguei para ela. — Minha amiga disse que tem alguém, então acredito que realmente tenha.

             — Então, nós verificamos toda a casa e fora dela também, não vimos ninguém.

              — E como você explicaria os barulhos, o copo quebrado e a rosa branca? — Indagou Elly.

               — Bom, os barulhos acredito que seja porque a casa é antiga, o copo pode ser um dos gatos que contém na residência. — Ele faz uma pausa e estala a língua. — A rosa branca pode ter sido alguém que deixou mais cedo. De qualquer forma, eu recomendaria para a senhorita não dormir em casa hoje. — Dito isso ele dá as costas e entra em sua viatura indo, embora em seguida.

Eu não sei o porque eu ainda insisto em constatar a polícia, sendo que eles não ajudam em nada na maioria das vezes. Tudo bem que eles não acharam nada, mas certeza que eles nem procuraram direito.

              — Vem, vamos para minha casa. — Elly coloca a mão em meu ombro e eu acompanho ela até seu carro.

              — Eu tenho que trabalhar. E eu também não quero atrapalhar você é o Vinnie. — Mesmo que eu já tenha atrapalhado no momento em que te chamei para vir aqui às 2:45h da manhã.

               — Você nunca atrapalha. Você é minha melhor amiga, sempre é bem vinda em minha casa. Vem vamos, amanhã você falta no trabalho.

Convencida, entro no carro do lado do passageiro e coloco o cinto, Elly faz o mesmo. E começamos o trajeto em silêncio até a casa da minha amiga.

 E começamos o trajeto em silêncio até a casa da minha amiga

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