episódio 24 🌾

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                  Manuella Manella

Assim que entro em casa caio sobre meu sofá deixando meu corpo relaxa com a fofura nas minhas costas.

Escola cansa até de mas do esperado.

— Filha? — meu pai me chama parado ao meu lado.

— Oi minha vida — Levanto em um movimento rápido lhe dando um abraço apertado e gostoso. Eu amo esse homem.

— que abraço bom, que saudades de você — ele me aperta ainda mas.

— eu também sinto pai — lhe solto deixando um beijo estralado em sua testa.

— como tá a escola? Me diz  que tem fofocas.

— nada de importante pai, você sabe né como sou ótima na escola — ele faz uma careta ao me ouvir falar.

— nunca falei que não fosse — ele debocha.

— há não, nem vem — me jogo novamente no sofá.

— que tal sairmos e almoçar fora? Naquele restaurante de sempre? — lhe solto uma careta — sua mãe saiu com o Junior, estamos livre vamos.

— cinco minutos e saímos! — ele acente, e saio saltitando sobre as escadas.

Eu amo a companhia do meu pai, sempre que estamos de bobeira saímos pra comer em algum lugar de Londrina. É confortante está com ele.

Tiro toda a minha roupa, caço um vestido simples e confortável, calço um tênis maior que meu pé, alinho meu cabelo com um splash e saio de encontro ao meu pai.

[...]

— como esta sendo com o cauã? — sentamos um de frente ao outro.

— não entedi sua pergunta pai — minto, sei bem onde ele quer chegar. Ele sempre soube dos meus sentimentos.

— entendeu sim, tá se fazendo de sonsa manu — ele gargalha.

— Precisa aceitar que eu não sou mais uma garotinha— torço o nariz ao dizer e puxo o cardápio.

—Não sei porque olha se já sabe o que vai pedir — ele arqueia a sobrancelha e eu concordo com a cabeça.

— Gosto da sensação de nostalgia que um bom peixe ao molho de camarão me traz — fecho o cardápio e o encaro novamente.

—Então... como estão as coisas?— ele parece aguardar ansiosamente para saber o que quer que eu tenho feito nos últimos dias.

Sempre foi assim. Me recordo muito bem que, desde quando eu era pequena, ele era a única pessoa que me escutava e me dava a atenção que eu procurava. Ele sempre recolhia meus desenhos e os elogiava de forma alegre. Ele que sempre me escutava quando eu queria contar sobre algo novo que eu aprendi e vibrava a cada conquista minha. A única pessoa que sempre valorizei e que consegue acalmar a fúria desse furacão que habita aqui dentro.

— tudo sobre o controle, seu filho tá vivo, cauã tá vivo, quer mas perfeição além disso?

— achei que eles não iriam durar meia hora — ele rir, e eu o acompanho.

— o Junior disse que iria me ajudar, falou que não iria me impressionar e que iria respeitar minhas decisões.

— Você está confiante então? — ele tem uma feição preocupada sobre mim.

— nem tanto. Mas...entrei nessa de novo, então que seja como tem que ser não é mesmo?! — agradeço ao garçom que acabará de deixar nossa refeição a mesa.

— que cheirinho bom em filha — abro um sorriso ladino, meu pai é o melhor herói sem dúvidas. Com ele com certeza fica tudo mas lindo, perfeito e tranquilo.

— eu tô varada de fome — levo a comida até minha boca soltando um suspiro de ar livre. Aqui a comida é realmente a melhor.

— se um dia você e o cauã namorar — antes que ele termine de falar, me engasgo com a comida em minha goela. QUÊ? — Manuella...filha tá tudo bem? — o olho com um olhar de fúria — desculpa...— ele rir.

— vocês por aqui, que surpresa — o garoto de cabelos morenos esta atrás do meu pai, parado com a sua irmã de lado.

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