Odeio poesias de amor

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O amor não existe, dizia eu, com veemência,
Acreditava que era mera ilusão, uma carência.
Não havia sentimento tão sublime, tão verdadeiro,
Era apenas uma miragem no mundo inteiro.

Nada disso existia, eu repetia, convicto,
A felicidade estava fora do meu alcance, restrito.
Acreditava que a tristeza era mera fantasia,
Um estado inventado, uma simples fantasia.

Mas o tempo, sábio professor, me surpreendeu,
No caos da vida, o amor enfim me acolheu.
Era um sentimento que transbordava em meu peito,
E descobri que o mundo ganhava um novo jeito.

O amor, antes negado, se revelou intenso,
Em cada gesto, em cada olhar, eu senti o avanço.
As tristezas do passado perderam o sentido,
Pois o amor trouxe consigo um novo sentido.

Não existem palavras que traduzam sua força,
Ele é a essência que traz calma e reconstrói a torça.
O amor não se explica, apenas se sente,
Era isso que eu ignorava, antes da mente aberta.

A tristeza, então, encontra um novo abrigo,
Não mais pela ausência, mas pelo amor que eu digo.
Pois onde há amor, há também a vulnerabilidade,
E essa conexão nos revela a verdade.

Afinal, o amor não é uma farsa, um engano,
Ele transcende a matéria, é um eterno encanto.
E mesmo que exista dor, mesmo que haja despedida,
O amor persiste, é eterno em sua guarida.

Portanto, aprendi que o amor é real, é sublime,
E na sua existência encontrei o verdadeiro crime.
Por tê-lo negado, perdido em minhas amarguras,
Deixei de viver suas doces e ternas loucuras.

Que cada coração aberto possa compreender,
Que o amor é o legado que temos a receber.
E mesmo que um dia duvide de sua existência,
O amor é a mais bela essência.

Consumida pelo abismoOnde histórias criam vida. Descubra agora