Na trama da vida, vagueio perdida,
Não experimento plenitude, só sobrevivo.
Ao findar meus dias, na morte esquecida,
Como se nunca houvesse existido.Acreditava nesse fado sombrio,
Até entender que todos têm o mesmo destino.
No final, desvanecemos, viramos pó,
Nem mesmo nas lembranças somos eternos.Condenado à escuridão, carrego o peso,
De sonhos que se apagam, como um lampejo.
Na penumbra, busco sentido e beleza,
Em um mundo efêmero, de finitude e incerteza.As horas escorrem, como lágrimas no rio,
E a existência se desvanece, como um sopro frio.
Mas na escuridão, encontro a verdade crua,
Que a vida é um breve raio de luz na rua.Mesmo condenado à obscuridade eterna,
Carrego comigo as histórias, alegrias, e a jornada.
Pois, mesmo que o tempo apague a lembrança,
A essência da vida nunca se desanda.