Capítulo 56 - Laura

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ATENÇÃO: CAPÍTULO SEM REVISÃO

♡•♡•♡•♡ Laura ♡•♡•♡•♡


Domingo chegou bem cedo para mim, o Sol estava começando a nascer no horizonte e a pouca claridade perpassava através das frestas da porta balcão que tem acesso à varanda, pisquei meus olhos ainda sonolenta notando uma névoa leve no ambiente, a mesma sensação anterior de ser transportada para o passado me invadiu suavemente e aproximei mais minhas costas do corpo quente que envolvia minha cintura.

- Max... - sussurrei baixinho notando as sutis diferenças na decoração do quarto enquanto eu ainda despertava.

- Hummm - resmungou, sua respiração era calma, então, girei meu corpo na cama para olhá-lo. Maximilian Payne é com certeza uma bela amostra da espécime masculina e eu sorri agradecida por isso.

- Amor... amor... Você quer conhecer um pouco mais o nosso passado? - chamei calma e perguntei acariciando seu belo rosto que ainda estava sereno e descansado.

- Humm... Laura... - falou baixo, a voz grave e rouca, ainda sonolento enquanto abria os olhos começando a despertar.

- Amor... Preciso que fique calmo e me escute tranquilamente, ok? - ele abriu os olhos e piscou lentamente algumas vezes, me olhou e só então observou em volta enquanto eu continuava acariciando seu rosto com minha mão.

- Co... como? - indagou surpreso, um misto de confusão e incredulidade cruzaram seus olhos enquanto analisava o ambiente ao nosso redor, completamente diferente do tempo presente, mas logo depois os dois glóbulos castanhos claros se fixaram em mim.

- Eu não sei quando e nem como consigo ter esses contatos, mas este lugar tem falado comigo de uma maneira muito intensa desde que chegamos aqui, acordei com os raios solares ultrapassando as frestas da veneziana, e se você reparou o quarto está bem diferente agora. Eh... caramba... Nós estamos aqui! Você consegue ver? - perguntei curiosa, emocionada e um pouco extasiada olhando para ele.

- Perfeitamente... - afirmou e eu parei por um instante de passar minha mão pelo seu rosto. - Agora não vejo mais... - disse aflito e pegou minha mão levando até seu rosto novamente. - Voltou! - falou soltando o ar dos pulmões num claro ato de alívio.

- Ah, então você precisa estar em contato comigo. - afirmei e ele anuiu, desci minha mão até seu braço e fiz menção de levantar sem deixar de tocá-lo.

- Você não tem medo? - perguntou depois de se sentar na cama junto comigo e eu sorri de leve negando.

- Não, não tenho. Já te respondi isso, e neste momento queria muito ver aquelas crianças. - falei com sinceridade.

Eu estava curiosa sobre os dois pequenos desde aquele contato em frente ao fogão a lenha, a atmosfera ao nosso redor era outra, os objetos eram mais antigos e mais rústicos também, eu podia sentir que ele estava tenso e ansioso como eu mas não dei muita bola, eu precisava do controle sobre os meus pensamentos e me senti tomada pelo mesmo sentimento de quando toquei o fogão, uma chama branda aqueceu meu corpo todo e eu me deixei preencher pelo amor, o sentimento de plenitude e infalibilidade que sempre busquei.

- Isso é muito louco! - afirmou olhando ao nosso redor.

- Um pouco! Eu nem sei por onde começar... - falei e ele me grudou no seu corpo me fazendo sorrir, ele estava bem nervoso e quando me virei em sua direção percebi sua aflição.

- Não fica com medo. - pedi e ele arqueou as sobrancelhas como se oque eu disse fosse uma tremenda loucura.

- Tá certo! Eu vou ser clara, eu estudo e pesquiso muito sobre isso. Certa vez eu estava lendo sobre esses "fenômenos" e dizem que o medo é de certa maneira uma forma de bloqueio, então você precisa se esforçar ok? - expliquei e ele me escrutinou procurando algum ínfimo traço de temor no meu rosto mas não encontrou e suspirou profundamente.

Srta. Winter - Minhas Melhores Descobertas  Onde histórias criam vida. Descubra agora