Trilhas perdidas - parte 1

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Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada. Seja daqui um dia, uma semana, dois meses ou daqui um ano. Como vocês estão, jovens gafanhotos?

Antes de iniciar o capitulo queria dar um aviso rápido: estamos nos encaminhando para o final do primeiro arco de ACDE, ou seja, excluindo esse, restam apenas mais dois capítulos antes da fic entrar em pausa. Eu ainda não tenho previsão de quando irei retornar dadas as circunstâncias (apresentação de TCC dia 26/05, encerramento dos estágios, formatura, decidir se vou fazer residência ou começar a trabalhar, montar currículo e etc), mas isso não significa que vou desaparecer totalmente. Caso alguém queira saber sobre o andamento dos capítulos, fora outras coisas, meu twitter é: Ameriquey5.

Tenham uma boa leitura.

(...)

Os últimos dois dias representaram para Camila a constante luta entre o desejo de prosseguir e a relutância em descobrir quais as consequências por tal ato. Apesar dos pesares, ela se preparou para a inevitável viagem fazendo o máximo possível para manter sua postura usual antes dos eventos daquele final de semana, pois sabia, qualquer sinal fora do comum poderia deixar seus familiares ou Dena em alerta. E a última coisa que desejava era pessoas se intrometendo onde não deveriam.

Mesmo que tudo aquilo representasse uma estapafúrdia ainda preferira ter alguma garantia de que estava amparada pelo básico recomendado pelos guardas-florestais, então, ela abasteceu a mochila com alguns itens das categorias dos dez essenciais: casaco, lanterna, isqueiro, canivete, garrafinhas d'água, um potinho de tinta vermelha, bussola, um pequeno kit de primeiros socorros improvisado de gaze e álcool, e por fim, o velho ray-ban aviator anteriormente pertencente ao avô materno que o roubou de um soldado estadunidense morto na época da invasão da Baia dos Porcos.

Camila dera uma última olhada no óculos de sol na palma da mão antes de guarda-lo com os outros pertences. Mercedes vivia recontando a história de como aquilo representava uma pequena vingança do seu avô contra "os malditos americanos" responsáveis pela morte do brigadista, porém, nunca entendera onde havia pagamento de contas. Um óculos não poderia trazê-lo de volta e muito menos limpava a dor da família daquele garoto.

De todo o jeito, o acessório era a única lembrança que possuía do velho Bembe que nunca pode conhecer pois morrera quando sua mãe ainda era pequena. Além disso, o ray-ban também acabou se tornando algum tipo de herança passada de geração a geração até cair em suas mãos.

Era surreal pensar que aquele óculos resistiu por mais de sessenta anos.

Bastou um pequeno esforço para fechar o zíper da mochila e logo estava pronta.

Seus olhos perambularam rapidamente pelo quarto e não pode deixar de sentir uma pontinha de ciúme ao ver a mesinha de desenhos vazia no lado pertencente a Sofi. Considerava uma dádiva a nova amizade feita com a caçula dos novos vizinhos, pois significava que a pequena teria menos tempo para pensar em Lucas. Entretanto, ela também estava começando a sentir falta de ouvi-la discursar sobre desenhos animados, ou o silêncio admirado quando realizava alguma oferenda para os familiares mortos e se faltava muito para enfim poder assumir a máscara do Corvo.

Esse último fato até havia lhe dado uma ideia.

- Acho que vou deixar uma coisinha. - murmurou para si mesma antes de se aproximar da dita mesinha e rabiscar o seguinte recado na folha com as canetinhas coloridas dispersas:

" Essas são as combinações de todos os cofres de Dunwall. Fique sempre nas sombras pros guardas reais não te verem, mas se for pega, use o poder de possessão e se lembre que suas ações têm consequências. Então o que vai ser? Infectar a capital de ratos e infectados com uma rainha tirana em troca de vingança ou vai tentar proteger todo mundo e garantir que Emily se torne uma líder pacifica? Que o Estranho abençoe seus passos, Lorde Protetor."

A canção dos esquecidos - Inicio destinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora