Capítulo Três

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Kate arregalou os olhos, encarando Jake.

- 'Tá maluco?

- Deixa mãe, por favor. - os dois se agarraram à ela, cada um puxando uma mão.

- Crianças...

- Para de ser má, Kate. - Jacob deu um beliscão na cintura dela, rindo.

- Não estou sendo má, eu só não sei se é uma boa ideia. O Tony concordou com um animal, não dois.

- Mãe, por favorzinho. - Dylan fez o bico novamente.

- James, vem comigo. Vamos ver um gatinho ali na doação e sua mãe se resolve com o Dylan.

James aceitou a mão do homem, entusiasmado.

Katherine se abaixou, encarando o seu filho bem de perto.

- Amor, você tem certeza que quer uma aranha?

- Tenho.

- Sua irmã não tem medo?

- Não. - sorriu. - Eu juro. Pedi pra ela se ela tinha medo.

- Meu anjo, uma aranha não é um bichinho muito comum de se ter em casa...

- Por favor! Prometo ser muito obediente. Pra sempre! - seus olhos brilhavam, esperançosos.

- Tudo bem, meu amor. Vamos levar essa aranhona. Deus, ela é gigante.

- É uma tarantulantula. - franziu o cenho enquanto lia, confuso. - Que nome estranho.

- Amor! Você já sabe ler? - pediu, empolgada.

Ele assentiu, sorrindo para ela.

- Papai ensinou a gente ano passado, quando entramos na escolinha. - explicou.

- Vocês começaram a ler com três anos? - seus olhos brilhavam, empolgados. - Meu Deus! Isso é tão bom.

- O papai nos ensinou a gostar de livros, sabia? Ele sempre diz que nuncavai negar um livro pra gente. Ele diz que aprendeu isso com você.

- Sabe, seu pai não gostava de ler. Quando a gente namorava, ele vivia reclamando que eu dava mais atenção aos meus livros do que pra ele.

- Sério? O que ele falava?

A mulher sorriu, se recordando de um dos momentos do início do namoro deles.

Katherine estava deitada na cama de Tony, com um livro nas mãos e a cabeça apoiada no colo do menino. Ele fazia cafuné nela, que as vezes resmungava, dizendo que aquilo era muito bom.

- Larga esse livro, Kate.

- Agora não, amor. 'Tô no meio do capítulo.

- Sou mais importante. - ele falou, tentando puxar dela o livro, sem sucesso algum.

- Não é não. - ela se sentou, ainda lendo.

Ele bufou, se afastando da menina e levantando da cama.

- Onde você vai? - ela pediu.

- Lugar nenhum. - respondeu, irritado, enquanto pegava o controle e ligava a TV.

- Tony... - manhosa, se aproximou dele. O livro já tinha sido deixado de lado.

Ele continuou sem olhar para ela, prestando atenção agora no programa que passava na TV.

- Tony! - repetiu, nervosa.

- O quê?

- Para de drama. 'Tô aqui, olha.

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