Capítulo 4

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Lizy

Gostaria de entender como minha vida passou de estar em momentos de amor sem fim, para está em uma cama de hospital após meu noivo sofrer uma terceira parada cardíaca, na qual quase o pedir.

Tudo é tão absurdo, que está deitada em outra cama de hospital depois de uma queda de pressão, e vomitar o pouco que comi ontem a noite, é o de menos. Eu odeio os hospitais, e agora faço o triplo.

- Bom senhorita Miller, sua pressão normalizou. Mas preciso fazer algumas perguntas, certo? - O médico que está me atendendo pergunta. Olho para Lúcia ao meu lado e ela aperta minha mão indicando para aceitar.

- Tudo bem. - Respondi não muito certa disso.

- Tudo parece normal, mas você é nova para ter problemas de pressão arterial, apesar das experiências difíceis que enfrentou nos últimos dias.

Faz uma maldita semana que estou dentro desse hospital, então a palavra correta seria terrível, horripilante. Todas as vezes que vi Owen naquela cama, entubado, sua pele sem cor, seu rosto sem vida, sentia que eu também estava me perdendo.

- A partir daí devemos investigar outros diagnósticos. - Continua ele, e fiz que sim com a cabeça para que seguisse. - Você mantém vida sexual ativa?

- Sim. - Respondi o óbvio.

- Usa alguma método contraceptivo?

- Sim, um implanon. - Lhe respondi mostrando o braço onde está o dispositivo.

- Bom, de todos os métodos, esse é o com menor porcentagem de falhas, sendo assim podemos descartar uma gravidez. - Meus olhos se abriram ao saber que essa era a primeira das possibilidades, apenas com essa menção meu coração gelou.

- Eu não estou grávida. - Respondi o mais rápido possível, certa disso.

- É provável que não, podemos está lidando com falta de vitaminas em seu sistema, estresse, ou carência de ferro. Assim que vamos coletar seu sangue para saber o que está causando esse mal esta e possamos tratar. - sorriu amavelmente.

- Certo. - Suspirei acomodando minha cabeça no travesseiro.

- Por agora recomendo que você vá para casa, descanse, e coma comida de verdade.

- Eu não vou a lugar nenhum. - meio que levantei a cabeça do travesseiro e o olhei mal, ninguém me tirará daqui até que Owen acorde.

- Então, temo que teremos que reservar um quarto para você também, porque os sinais de exaustão estão por todas as partes de você. - sorriu sem graça terminando de anotar no prontoario, e entregando duas receitas para minha amiga.

- Ela vai doutor, não se preocupe. - Lucia respondeu, me dando um daqueles olhares de advertência que só ela tem.

- A enfermeira virá em alguns minutos coletar o sangue. Nos vemos em breve senhorita.

- Esta bem, obrigada doutor. - disse, e o vi sair do quarto.

- Ja te falaram que você anda muito resmungona? - Lucia perguntou, ao mesmo tempo que puxou uma cadeira para o lado da cama.

- Owen disse. - Respondi de má vontade.

- Voce anda com o humor de cachorros, isuportavel, estressada, estérica... - Potualiza tudo revirando os olhos.

- Sim, eu sei. - cortei seu sermão. - Desculpa, tá bom?

- Escuta, eu sei que está sendo difícil tudo isso, sei que precisa estar perto de Owen, mas nós iremos para casa, você vai descansar. - Eu nunca tinha visto Lúcia tão preocupada.

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⏰ Última atualização: Jun 14, 2023 ⏰

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