PRÍNCIPE TENTADOR |+18|

CAPÍTULO 7

Príncipe
K A R I O

Tenho que aprender os costumes brasileiro, ou ficarei estéril antes da hora. Dreia é mais ciumenta e possessiva que qualquer mulher Wodala, e já levei uns dez beliscões por olhar as mulheres por onde passamos. Minha Mfumukazi é linda, e tudo que mais desejo na vida está nela, porém, gosto de observar as mulheres porque são tão cheias de mistério e diferenças.

Quando chegamos ao apartamento das meninas, percebi o quanto nossa posição social é diferente. — Ou era —, e pior ainda foi descobri que as duas estavam tendo que sair, e não podíamos mudar isso, porque todos nossos bens estão presos em Wodala. Não tivemos mais nenhum tempo antes de começar a mudança para um sítio que é da Magnólia e parece abandonado a muito tempo. Andréia parece fugindo de mim, e sua única atenção é quando está com ciúmes, e odeio como ela fica linda enciumada e brava.

— Me desculpe minha duwa. — Peço tentando abraçar minha bravinha. — Eu vou tentar me controlar. É que gosto de ver a diferença de raças que existe aqui. Você viu! Era uma ruiva de mãos dadas com um negão. Fico até imaginando como será os bebês deles. — Me expliquei e ela me olha com um bico bravo antes de marchar em direção ao quarto. — PORRA! ela é tão linda brava. — Admito para minha cunhada e irmão, que apenas sorri me olhando.

Eu vou em direção ao quarto e quando entro vejo ela arrumando a bagunça e fungando. Será que ela é alérgica a poeira?! — Me aproximo hesitante, e ela seca as lágrimas dos olhos, tentando esconder de mim.

— Porque está chorando, Chikondi?! — Puxo ela para meus braços preocupado.

— Ainda acha que posso ser uma interesseira? — Me olhou hesitante, e avalio sua pergunta nervoso por ela ainda ter dúvidas sobre isso.

— Não! Acho que nunca tive. — Admito acariciando seus lindos cabelos. — E se fosse, agora seria o momento de me chutar, porque estou pobre. — Indico rindo hesitante.

— Estou te chutando, você que é insistente. — Fez aquele bico bonito, que me obriga a dar um selinho. — Tem certeza disso? — Me avalia com cuidado.

— Toda. — Juro beijando seus dedinhos macios. — Confio em você. Não porque agora estou pobre e dependente de vocês, mas, mesmo que ainda tivesse em mãos tudo o que tinha, ainda assim acreditaria na sua índole. Me perdoe por colocar em xeque seu caráter. — Baixo o olhar envergonhado.

— Espero que seja isso mesmo. — Dreia mordeu o lábio hesitante, e pegou um papel em uma das suas várias bolsas sobre a cama.

Eu olho o papel e logo identifico como um exame e conforme vou lendo continuo sem entender bulhufas e não sei se é devido ser uma língua diferente e apensar de ter o domínio da fala ainda tenho sérios problemas com a leitura, ou porque são dados médicos e nada entendi muito.

— Está cm alguma doença?! — Indico e ela suspira profundamente.

— Tô grávida. — Disse de uma vez, me fazendo arregalar os olhos em direção a sua barriga.

— Gravida?! — Contesto incrédulo.

— Sim! — Afirmou me encarando ainda nervosa.

— De quem?! — Sussurro hesitante, porque é difícil admitir que ela pode ter estado com outro homem.

— Do Demon Salvatore, que não é! — Praticamente rosnou e ainda tento entender o que quer dizer.

— Não importa. Vou cuidar e amar do mesmo jeito. — Declaro de uma vez, sabendo que posso fazê-la me amar e apenas me querer e um filho é sempre bem aceito por mim.