Baú De Contos

Conto 1

Amor Das Águas:

    Essa triste história envolve um jovem pirata chamado Alphonse, ele buscava aventura pelos mares, estava empolgado, era a primeira vez que fazia parte de um grupo de piratas, e isso sempre foi o sonho dele, desejava seguir os passos so pai, que foi um pirata muito conhecido, porém em uma de suas navegações, desapareceu, ele e toda a tripulação, e não foram mais vistos. Mas isso não desanimou Alphonse, o jovem ansiava por conhecer o mar. 

    A tripulação em que Alphonse fazia parte estavam caçando sereias entre as águas do continente de Westeros e o continente oriental de Essos. Essas sereias valiam muito dinheiro, vivas ou mortas, elas eram raras de serem encontradas e muito difícil de serem capturadas. O jovem Alphonse não sabia muito sobre sereias, só ouvia falar que eram seres sanguinários, monstros que matavam afogados os navegadores e depois se alimentavam de seus corpos, e ele acreditava nisso, desde pequeno ouvia isso, então era uma verdade para ele.

    Durante a navegação eles avistaram uma ilha não muito grande, o capitão do navio decidiu que iriam atracar nela, talvez tivesse algo que valesse a pena, tinham que averiguar. Após terem parado e quase todos terem descido do navio, Alphonse se afastou do grupo, ele estava curioso para ver a ilha, e seus arredores. Enquanto caminhava pela areia encantado por aquele lugar, viu um movimento entre umas pedras que estavam na beirada do mar, curioso como sempre foi, ele foi ver o que era. Ao chegar lá, se surpreendeu muito com o que viu, era uma sereia, ele pensou em correr e avisar aos seus companheiros de tripulação, para que pudessem captura-la, mas ele não conseguia sair de onde estava, não conseguia tirar os olhos dela. 

    Ele permaneceu ali admirando a sereia, Alphonse não fazia ideia do quanto uma sereia era linda, para ele não era apenas linda, o jovem não conseguia encontrar palavras para defini-la. Alphonse foi se aproximando, parecia estar hipnotizado, apenas se aproximava dela, isso fez com que a sereia o percebesse, quando ela deu a entender que iria embora ao vê-lo, ele levantou as mãos e se ajoelhou, como sinal que não iria fazer mal a ela, e deu certo, ela não foi embora, mas ainda aparentava estar assustada.

    Alphonse aos pouco foi chegando mais perto, até estarem bem próximos. Eles apenas ficaram um olhando para o outro, ele completamente encantado, era a coisa mais bela que já tinha visto, agora mais próximo ele se maravilhou muito mais, ela tinha longos cabelos pretos, que se misturava com a água ao redor dela, os olhos azuis pareciam o mar, olhar para eles era como estar contemplando o oceano, o jovem pirata se sentia tão inferior a aquela sereia, ela era de uma beleza tão grande que ele não queira de maneira alguma sair de perto dela. Mas ele tinha que voltar para junto de seus companheiros, para não dar suspeita, então contra sua vontade, teve que voltar.

     Alphonse não conseguia parar de pensar na sereia, a noite não conseguiu dormir, seus únicos pensamentos eram ela, somente ela. No dia seguinte ele não resistiu mais e foi para o lugar onde a tinha encontrado, e para a surpresa dele, ela estava lá, parecia estar esperando por ele. Os encontros se repetiu todos os dias, eles não conversam, não se entendiam em relação a diálogo, porem isso não importava, estarem juntos ali era suficiente, unica coisa que eles pareciam ter entendido, eram seus nomes, e o dela, pelo que Alphonse entendeu, era Sury. 

    Em determinado dia, um dos membros da tripulação começou a observar Alphonse, percebeu que ele todo dia ia para a mesma direção, nisso decidiu segui-lo, estava curioso para saber onde o jovem ia todos os dias. E ele descobriu o motivo, esse outro pirata tinham em mãos uma besta, ele se aproximou o tanto que pode para não ser percebido, preparou a besta e atirou uma flecha que atravessou o coração da sereia, Alphonse levou alguns poucos segundos para entender o que aconteceu, ele só escutou um baque e um baixo gemido vindo de Sury. Logo tudo veio rapidamente em sua mente, e viu a flecha cravada no peito da sereia, Alphonse não conseguia acreditar no que estava acontecendo, ao pegar ela nos braços viu que Sury já estava sem vida, olhou ao redor e viu seu companheiro de tripulação sair de detrás de uma árvore com a besta na mão, em um ato de fúria Alphonse se levantou, mas antes que ele avançasse, o outro pirata disparou mais uma flecha, atingindo agora o coração de Alphonse, fazendo com que ele caísse já sem vida. O companheiro do jovem pirata correu para tentar pegar o corpo da sereia para levar ao capitão, mas já era tarde, as águas já tinham levado o corpo de Sury e o corpo de Alphonse.