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"Wish i were..."

— Ai, que orgulho, você já é um homem crescido agora! — Jisung escondia o rosto choroso no ombro de seu namorado.

— Parabéns pelo intercâmbio, Seungmin!

— Obrigado, Lee Know!

— Seungmin, esses são os seus doces preferidos, certo? — Jeongin indagou ao me entregar uma pequena caixa cinza.

Me surpreendi ao abrir a mesma.

— Meu Deus, obrigado, Innie! — Animado, abracei o menor.

— Estamos felizes por você, Kim. — Hyunjin disse. — Que apareça várias oportunidades para você no Japão e não que ouse se esquecer de manter contato com a gente!

— A última frase me pareceu uma ameaça...

— É, talvez tenha sido.

Todos acabam rindo pela brincadeira.

— Pode deixar, Hyun, não irei esquecer de manter contato com nenhum de vocês! — digo.

— Promete? — Changbin perguntou ao me abraçar.

— Tsc, e como eu poderia esquecer tal coisa?

— Você é bem cabeça de vento às vezes, Seungmin. Não seria surpresa se esquecesse de nos mandar mensagem ou ligar. — Felix brincou; esperou o outro se afastar e me envolveu em um abraço apertado também. — Mas não se preocupe, eu irei te ligar todos os dias.

— N-nós iremos! — a voz de Jisung saiu trêmula devido ao choro.

— Sem vocês, eu não seria o que eu sou hoje. Então por favor, jamais pensem que eu me esqueceria de alguém.

— Own! — Todos falam em uníssono e logo em seguida, iniciam um abraço coletivo.

Eles eram a minha casa.

E confesso que estar partindo dela, doía.

Eu estava terminando de fazer o check in quando ouvi a voz de Jisung me chamar:

— Seungmin, não vai esperar o Bangchan? Ele disse que já estav...

— Ele não vem. — interrompi-o.

— Como assim?

— Eu pedi, Jisung. Foi eu quem pedi para ele não vir.

— Seungmin...

— O-o quê? — minha voz sai falha. Eu respiro fundo e sorrio para o outro. — Não me olhe com essa cara, você sabe que eu não conseguiria o encarar neste momento. Mas isso não é um adeus, logo mais voltarei! Talvez até lá, eu esteja pronto, quem sabe...

Olhei para o lado e pude notar que algumas pessoas já entravam no avião. Então levantei a minha destra e lhe dei um "tchau", dando as costas em seguida.

Logo eu já me encontrava sentado em meu assento. Procurava acalmar o meu coração, ele estava acelerado; agitado...

E então, sem pensar racionalmente, peguei o celular em meu bolso.

— Seungmin!

— Oi, Bangchan...

— Você ainda está no aeroporto?

— Hum. — assinto. — Mas eu já entrei no avião. Ele vai decolar daqui 10 minutos.

— Eu não... Eu não entendo você.

— Eu não esperava que entendesse...

— Por que está agindo assim?

— Te incomoda?

— Claramente sim! Eu me importo com você e vê-lo agindo deste jeito me...

— Eu gosto de você, Bangchan! — digo de uma vez, o deixando mudo. — Por isso estou "agindo assim". Eu gosto de você desde o dia em que me emprestou seu moletom dizendo que o mesmo ficava melhor em mim.

— O quê...?

— Droga, me desculpa, Channie! Não foi proposital. Se eu tivesse escolha... Mas me diz, por que ela e não eu? O que Shin Yuna tem que eu Kim Seungmin não posso lhe oferecer?! É por que eu sou um garoto...? Caralho... Escuta, eu não desejo - de forma alguma! - a infelicidade de vocês dois. Eu  fui sincero ao dizer que os queria juntos e felizes! Eu não consigo odiá-la... Mas eu queria ser ela. Céus, eu deveria ter acabado com esses malditos sentimentos antes mesmo de ter te olhado de uma outra forma pela primeira vez! Olha, eu vou voltar daqui, sei lá, dois ou três anos e andei pensando... Seria melhor para nós dois que não nos víssemos mais. EU não quero o ver mais. Por favor...

Encerrei a chamada sem ao menos esperar por uma resposta.

E por que eu esperaria por uma?!

Talvez o meu "eu" interior quisesse que Bangchan terminasse o seu namoro agora e viesse correndo até mim...

Isso funciona nas séries de romance...

— Você é patético, Kim Seungmin... — sussurro ao me pegar sorrindo sozinho.

Eu voltei à Coréia depois de dois anos. Mas pelo que parecia, Bangchan respeitou o meu pedido e não me procurou.

Nós nunca mais nos vimos.