Capítulo 1

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Primeiro capítulo postado queridas leitoras. Espero que gostem dessa nova história. Quem quiser comprar meus livros para me ajudar me chama no Whatsapp 99 84338189

Ariela

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Por um bom tempo ouvir os sons de acasalamento ecoando pela floresta. No começo me machuca, me deixar triste e me fazia querer correr por longas horas, até sentir que meu corpo estava cansado ao ponto de não ter que ouvir companheiros se encontrando e se amando. Os sons eram excitantes, causavam inveja e ao mesmo tempo me fazia estremecer em aborrecimento e tristeza.

Todos os casais jovens e não jovens estavam felizes. Encontrar aquele destinado a ser seu era algo muito bom. Eu não sabia o que era essa felicidade, o prazer de ser  olhada ou até mesmo a emoção de ser tocada. Pelos últimos treze anos estou sozinha, sem companheiro, sem ninguém. Uma caminhada sozinha.

Meus pais foram os primeiros a me fazer sentir sozinha e o peso de não ser querida, amada e adorada por aqueles que me deram a vida, era como uma faca gravada em meu coração. Por muito tempo vi meus pais olharem para as outras pessoas com carinho, até mesmo com amor. Doía, saber que mesmo vindo a este mundo, eu não fui uma filha recebida com amor. Para eles, eu era nada, um incômodo que veio a esse mundo e que os abidgou de poder ter mas filhos. Eu não tinha culpa por ter nascido, e penso eu, que o casal que deseja seus próprios filhos, tem que ama-los independente de como eles são.

Olho para o verde intenso da floresta, para as folhagens grossas e bonitas que me cercam e não posso evitar a lágrima deslizando por minha bochecha. A lua de acasamento estava próxima de novo, e mas uma vez eu teria que seguir ouvindo todos da alcateia encontrando o seu companheiro.  Eu ainda sentia por não ter alguém, mas machucava mas mesmo, era ter quer ouvir os homens solteiros da alcateia me chamando de gorda.

Meu corpo foi algo que nunca me desagradou, sempre gostei de mim e da mulher que me tornei. Em uma alcateia com tempos de existia, eu era a única mulher que não agradava ninguém. Era como se eu fosse a única estranha ali, com todos os defeitos que podesse existir no mundo.

Qual era o problema de ser gorda?

Juro que eu tentava entender aonde estava o problema em ter um corpo com curvas. Todas as mulheres aqui tinham uma aparência bonita e vistosa, então eu não sabia por que minha aparência era desagradável. Tudo em mim era igual como nas outras mulheres, a única diferença era que enquanto umas eram todas esqueletos, eu exibia um corpo com curvas. Para mim não tinha nada de errado. Os olhos dos outros que eram olhos ruins, que não sabia ver a beleza de uma alma.

Eu desejava ter um companheiro, e todas as luas de acasamento que passou em sofria com a dor que dominava meu corpo. O desejo de acasalar sempre batia forte em mim, era voraz, intenso e me deixa fraca. Mas em todas conseguir passar, por mas difícil que fosse. Podia existia a fome de ser tomada, a necessitade de ser beijada e mordida, mas sempre consegui controlar essa forte necessidade.

Tinha momentos que eu desejava visitar meus pais, conversar com eles. Falar como eu me sentia, dizer a eles como eu desejava ter o amor deles.  Em como eu gostaria de vê-los me chamando de filha e ouvir eles dizendo que me ama. Mas apenas de ver os olhares de desagrado deles, me entristecia. A decisão de morar mas afastada da alcateia foi difícil, mas foi uma decisão boa. Eu já não conseguia aguentar mas os burburinhos relacionado a mim e os homens solteiros da alcateia não disfarçava o quanto eles não gostavam da minha aparência.

Percebendo que já estava ficando tarde, levanto de onde estou sentada em uma pedra e passo minha mão pela saia do meu vestido, em uma tentativa de tirar alguma sujeira. Caminhar um pouco me ajudou a pensar e fazia meu corpo se sentir mas livre. Seguindo pela trilha de volta para minha pequena cabana, não posso deixar de sorrir ao sentir o vento acariciar meu rosto.

_Você viu como Briana é gostosa. Quero muito foder aquela cadela na lua de acasalamento.

A voz rouca e grossa caminha até mim e sei que os dois homens estão por perto ali na floresta. Tentar não ouvir era o pior problema de uma loba. As vezes tinha coisas que você não queria ouvir, mas seus instintos estavam ali, lhe mostrando que era algo inevitável.

Não querendo cruzar com eles, desvio da trilha, seguindo pela direita. Era horrivel como alguns homens não buscavam encontrar sua companheira, desejavam apenas cortejar uma mulher para um sexo rápido e sem importância.

Seguindo meu caminho para minha cabana, procuro pensar em outras coisas. Mas a conversa dos dois homens são insistentes e não posso evitar não ouvir. Eles são enobes e mostrados. O típico homem que só se caba e fala mau de uma mulher. Reviro os olhos quando um deles diz que é gostoso. Os dois tem pensamentos de merda e não sabem o que é ser um homem de verdade.

_Idiotas. Sussurro, subindo na pequena ponte e avistando minha aconchegante cabana. Ter o meu próprio lugar foi minha melhor escolha, agradeço Zack por ter me ajudado a construí minha cabana e rezo para que onde ele estiver, a deusa da luz resplandeça seu caminho com luz. Ele foi um bom homem e foi uma grande tristeza que ela tenha sido morto. Não sei dizer quem o matou ou o por Que, mas foi uma tristeza saber de sua morte. As pessoas da matilha nunca faltava do que aconteceu ou por que isso aconteceu, e eu não queria perguntar sobre isso já que todos pareciam não gostar de mim.

Cansada, subo os dois degrau e abro a porta da minha cabana. O vento soprava forte, e o cheiro de chuva não estava tão longe agora. Está noite seria mas uma das noite fria, e mas uma de muitas outras que eu estava sozinha. Entro na cabana, e procuro dizer a minha mente que não preciso de um companheiro, que não preciso de um bebê e que para eu ser feliz não preciso ter alguém. Mas sei que estou estou tentando me enganar, que minha solidão é o que mas me machuca.

Logo mas casais estarão se formando, construindo um lar cheio de amor. Eu não queria pensar que ninguém me queria, bem lá no fundo eu queria acreditar que existia um companheiro pra mim. Um homem bom, justo, companheiro e que me ama-se pelo que sou.

Suspiro, cansada de está tão envolvida pela solidão. Eu, uma mulher de vinte e quatro anos, virgem e ainda solteira.  Parecia até ironia do destino.

As vezes eu queria acreditar que ainda não tinha chegado o momento certo, que a minha felicidade ainda chegar. Mas todas as vezes que passou a lua de acasalamento, minha esperanças se ia.

Está nessa cabana sozinha, sem a companhia da minha família era muito triste. Meus pais não faziam questão de vim me ver. E quando agente se via, era só conversas que me deixava desanimada. Minha mãe era a primeira a me crítica, dizendo como eu era gorda e em como eu tinha estrago o corpo dela.

Tenho certeza que a maior satisfação de uma mãe, era se maravilhar com chegada de um filho e não culpa um pobre ser poder ter modificado o corpo dela. Quando eu fosse mãe, eu daria todo o amor que eu nunca tinha, eu ia buscar ser a melhor mãe do mundo.

Seguindo para meu quarto, sinto a brisa entrar pela janela e me agrada como é bom sentir o ar fresco da noite.


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