CAPÍTULO 3

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Ariela

Sinto que minhas mãos estão suadas, que a um ligeiro nervosismo dentro de mim. É noite e posso ouvir a agitação da  celebração acontecendo. Por várias vezes pensei em desistir, em não vim para está celebração, mas eu não queria me prender em casa, quando eu tinha todo o direito de sair e aproveitar tudo da vida.

Confesso que ar esse sentimento de que não vou ser bem vida ali. A vontade de dá meia volta e voltar para minha casa é enorme, mas não quero me prender a esse sentimento de ser rejeitada. Sou uma mulher e acima de tudo uma pessoa, que merece respeito e tem o direito de está em todos os lugares.

Sigo em direção da celebração e não posso deixar de sorrir ao ver como tudo está bem decorado. A luzes piscantes, um arco floral de boas vindas e posso ver como as pessoas parecem animadas e felizes.

Caminho lentamente e no mesmo instante posso sentir que estão me olhando.  Não quero me deixar diminuir por causa de olhares maldosos. Muitas das pessoas dessas alcateia não sabem ser alguém de bom coração.

Um homem alto, musculoso se destaca entre as demais pessoas e não posso deixar de olhar em sua direção. Seu perfil de um homem seguro e dominante faz um arrepio se espalhar pelo meu corpo. Noto que ele está conversando com o alfa Gael e de repente me bate uma curiosidade para saber quem é ele.

_Olha por onde anda sua gorda estúpida. Viviam grita cheia de raiva, fazendo com que todos os olhares caiam sobre mim.

_Desculpa. Sussurro, mesmo sabendo que não esbarrei nela e que foi a mesma que esbarrou em mim, jogando toda sua bebida no meu vestido.

_É uma estúpida mesmo. Por que está aqui? Ela praticamente grita e sinto meus olhos lagrimejarem.

Percebo quando o alfa da nossa alcateia olha em nossa direção e o homem que está conversando com ele se vira para ver o que está acontecendo. Naquele momento é como se um raio batesse em mim de forma violenta e forte. Seus olhos mesmo ao longe parece ver através de mim. Sinto como se eu tivesse levado um choque.

Vivian continua dizendo coisas, e me sinto tão envergonhada, que para onde eu olho tem alguém rindo de mim. Com lágrimas molhando meu rosto agora, dou alguns para trás e tudo o que eu faço é correr para longe dali.

_Eu sabia que não era uma boa ideia ter vindo aqui, eu deveria ter ficado em casa.  Digo para mim  mesma, as lágrimas deixando minha visão turva.

Por que eu não era alguém bem recebido ali? Por que todos me desprezavam e me humilhavam desse jeito?

_Senhorita? Uma voz rouca e profunda diz atrás de mim. Paro para olhar para trás e acabo por me desequilibrar e só não vou ao chão, por que braços forte e poderosos me seguram pela cintura.

_Te peguei. O homem diz e não posso deixar de prender a respiração. Seu corpo está pressionado junto ao meu e posso sentir cada grama da masculinidade do seu corpo.

_Você está bem? Ele me pergunta, mas me sinto tão em transe que as palavras somem da minha boca. Não sei explicar o que é essa ensação de não saber responder alguém é a primeira vez que fico muda.

_Pode me soltar, por favor? Pergunto depois de um longo tempo. E pulo para longe no segundo em que seus braços me soltam.

_Obrigada, por me ajudar. Mas precioso ir. Eu digo e nem mesmo espero ele responder e já vou lhe dando as costas para ir embora.

_Espere senhorita, me diga seu nome. Ouço ele dizer, sua mão roçando em meu braço mas sem realmente me agarrar. Olho para ele, para seus olhos profundo e novamente sinto o arrepio tomar conta do meu corpo.

_Preciso ir. É o que eu digo a ele, já lhe dando as costas e começando a caminhar. A essa vontade de lhe dizer meu nome, de saber o seu. Mas nenhum homem antes procurou ser gentil comigo e sua gentileza me assusta um pouco.
Posso ouvir seus passos, e sentir que ele está me seguindo só me deixar apavorada.

_Por favor. Eu grito, fazendo o mesmo parar. Não olho em sua direção, não quero sentir que sou um misto de piada, pena e humilhação.

_Não me siga. Sussurro, me sentindo tão vulnerável, tão humilhada e tão sozinha que tudo o que faço é correr. Sei que esse homem não tem culpa do que aconteceu lá atrás, mas me sinto tão atacada, que é até difícil achar que alguém que realmente ser legal comigo.

Minha vida toda, todos foram pessoas que fizerem questão de deixar claro que eu sou alguém que não vale nada. Esse sentimento de não ser querida, amada doía demais.

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