genteeeee, desculpa a demora!!! o capítulo passado foi meio difícil pra mim escrever e precisei dar um tempo, e depois fiquei enrolada com umas demandas aqui da vida. PROMETO que não vou abandonar a fic, mas tenho ficado mais ocupada ultimamente, então pausas maiores podem acontecer, mas a fic não vai ser encerrada antes do tempo. confiem em mim! e desculpa!!! e obrigada pela paciência!!!
--------------------------------------------------------------Anita respirou fundo quando saiu da área de desembarque, seguindo uma Verônica eufórica por estar de volta a São Paulo. A escrivã não parava de falar dos filhos. A delegada achava encantadora a animação da mãe com a perspectiva de ver suas crianças novamente, mas alguma coisa em seu peito ainda pesava um pouco, como uma pendência a ser resolvida de um problema muito maior. Verônica estava tentando agir com a maior normalidade possível para tentar aliviar a barra, e de certa forma estava conseguindo - Anita sabia que poderia ser muito pior do que estava sendo -, mas a delegada sabia que levaria dias até ela que conseguisse se sentir ela mesma de novo.
Anita estava se sentindo exausta. Viagens curtas assim, com tanto avião em tão pouco tempo, sempre foram cansativas, mas o desgaste mental piorava tudo. Verônica tentava aparentar firmeza, mas a delegada conseguia ver em seus olhos a exaustão. Diferentemente da ida, a escrivã não dormiu na viagem de volta. Permanecera acordada para fazer companhia a Anita.
— Você não tem ideia do quanto eu tô desesperada por um banho. – Confidenciou Verônica, desacelerando o passo para ficar ao lado de Anita – Limpar essa mazela de viagem do corpo e deitar.
A escrivã entrelaçou o braço com o da delegada, ainda andando em total normalidade. Mesmo que levemente, Anita sentiu as bochechas corarem. Isso era a outra coisa que estava pesando um pouco seu coração.
Apesar de tudo, Anita não queria que a viagem acabasse.
Fora estressante, cansativa e revivera traumas que ela não estava disposta a reviver, mas ela e Verônica ficaram o tempo todo juntas e sozinhas. Tirando a conversa difícil, desde o sexo no banheiro, à discussão sobre planejamentos, à situação ridícula tentando fugir de uma cobra até dormirem juntas abraçadas na cama, tudo foi tão casual e íntimo, apenas das duas, que pareceu apenas... Certo.
Ela já estava com sentimentos saudosistas quanto a viagem e queria estar perto de Verônica por mais tempo. E ela estava odiando sentir isso.
Tudo piorava porque a escrivã estava bem mais carinhosa que o normal. De certa forma, Anita gostava, mas quanto mais gostava, mais se agoniava; quanto mais queria estar perto de Verônica, mais sentia necessidade em se afastar o mais rápido possível. Tinha certeza de que estava prestes a perder a cabeça.
— Você não vai ver seus filhos? – Perguntou Anita, em parte por interesse genuíno e em parte por querer trazer o foco para pessoas além delas.
— Vou sim. – O sorriso de Verônica se abriu de tal maneira que Anita estava certa de que o mundo ao redor tinha ficado mais iluminado – Paulo vai levar eles lá em casa. Mal vejo a hora.
Mesmo com todas as loucuras, Verônica havia conseguido, de algum jeito, comprar lembrancinhas para os filhos da viagem. Eram coisas muito pequenas, chaveiros e cartões, que ela havia adquirido no aeroporto, mas ainda era impressionante para Anita que ela tivesse tomado tempo para pensar nisso.
Elas colocaram as bagagens na mala do carro e entraram. Pagaram a fortuna que havia ficado o estacionamento de pernoite - no cartão corporativo, obviamente - e se dirigiram para a casa de Anita. Verônica queria pegar a moto que deixara lá e correr para ver seus filhos.
— Eu posso deixar você em casa primeiro, se quiser. – Sugeriu a delegada, colocando os óculos escuros. A escrivã sorriu. Gostava dela de óculos escuros – Não precisamos parar lá em casa, te levo direto...
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Fogo
RomanceE se a organização criminosa de Matias, Brandão e Dóum não existisse? E se a vida de Verônica e Anita fosse apenas trabalharem juntas na delegacia, se odiando eternamente, mas tendo que conviver juntas? E, ainda, se elas tivessem que trabalhar em um...