P.U.A. 07

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Escrita com
Carolleite26 ♥️ ✨

Victoriano: É um amor que foi impedido de estarem juntos - farei o carro na primeira vaga que vi - Ale, muitas coisas aconteceram que impediram deles ficarem juntos, seu pai está por perto cuidado, protegendo mesmo de longe está fazendo tudo que pode para que fiquem bem, com o Benigno? Não pode ser eu? Não sou divertido, não brinco? Ultimamente não faço sua mãe sorrir - não percebi ou não quis perceber que fazia mal a Inês, agora com o bebê, o que devia fazer? Ficar, me afastar de vez? - Não são um fardo, nunca mais diga isso meu filho, não imagina o quanto eu te amo, que amo o Emi, é muito novo para trabalhar, tem que focar nos estudos, sair com os amigos, sua mãe vai descansar.

Alejandro: Não é tio, quando a gente ama luta pelo amor. Nada nos impede, temos escolhas a fazer na vida e se fosse comigo eu faria tudo pela minha família. Não me importaria com ninguém a não ser a minha mulher e os meus filhos. Se conhece o meu pai manda ele ficar bem longe, se ele não quis lutar pela família dele, significa que não somos nada pra ele - o olhei - sim, o tio Benigno é engraçado e faz bem a mamãe - ri - tio você é casado, mas bem que poderia se fosse solteiro. Brigou com ela? Não sou tão novo assim, tenho 15 anos tio, posso ajudar. Não tenho amigos para sair, o principal é a minha mãe.

Victoriano: Ale sei que é responsável vai entender o que vou contar, talvez não esteja fazendo da forma certo que sua mãe ficará furiosa comigo, eu sou seu pai e do Emi, luto constantemente para que fiquemos juntos, que sejamos uma família, eu os amo muito, faria qualquer coisa por vocês, sim sou casado e logo não serei, vou casar com sua mãe me de mais um pouco de tempo meu filho, todos os dias eu luto por vocês.

Olhei para ele e foi impossível segurar a gargalhada. Foram minutos assim até que consegui parar e lhe abraçar.

Alejandro: É o melhor tio, mas essa piada foi demais - ri - não teria como ser o meu pai, eu sei que cuida da gente como se fosse e como disse, é o melhor. Diferente do homem que nos abandonou. Quando crescer eu quero ser igual ao Sr.

Victoriano: Não é piada meu filho, sou seu pai - fiquei desconcertado - Sou seu pai Ale, pode me chamar assim se quiser, somente peço que não faça perto da Diana para a sua segurança, aquela mulher é completamente louca e tenho receio que machuque vocês, não abandonei, quando crescer será melhor do eu.

Alejandro: Não pode ser verdade tio. Não mesmo - balancei a minha cabeça - a minha mãe não mentiria pra mim todo esse tempo, você também não. Esse tempo todo não - senti os meus olhos molharem. Ele se calou e eu saí de dentro do carro atordoado.

Victoriano: Alejandro - sai do carro indo até ele o abraçando apertado - Me perdoe meu filho, não imaginei que estivesse fazendo tanto mal a você, me perdoe por não ser o pai que merece - chorava abraçado a ele - Sua mãe não mentiu, eu que pedi que se calasse por medo que Diana machucasse vocês, sua mãe não tem culpa de nada eu sou o culpado, me perdoe.

Alejandro: Não - o empurrei e me afastei dele - eu não acredito em você, não acredito. Está mentindo, o que ganha com isso? - esbravejei chorando - minha mãe não teria coragem, não teria. Você... você - corri me afastando dele, deixando que as lágrimas saíssem sem vergonha alguma.

Victoriano: Está com raiva de mim eu entendo filho, sou o culpado por não ter sua família unida, não ganho nada apenas quero estar ao seu lado, ser o seu pai, que um dia possa me perdoar pelo dano que estou causando a você a sua mãe, filho - o seguia dando espaço.

Alejandro: Vai embora Victoriano, me deixa. Eu não quero mais saber de nada, eu te odeio... odeio - corri entrando em uma das ruas e me escondi para que ele não me encontrasse.

Victoriano: Alejandro - corri chamando por ele - Ale não faz isso meu filho - o procurei por todos os lados, depois voltei para o carro, continuando assim minha busca, estava desesperado não podia voltar para casa sem ele, nem ligar para saber se ele chegou, não sabia mais o que fazer eram quase 20h quando cheguei na fazendo indo direto para a casa da Inês entrando sem bater - Inês, Ale estão em casa? - gritei por eles.

Me escondi por um bom tempo e quando saí ele já não estava ali. Comecei a andar pela rua e acabei encontrando um amigo com a sua mãe, que me levaram para casa. Assim que cheguei me tranquei no quarto, não quis falar nada com a minha mãe, estava com raiva, queria chorar.

Inês: O que aconteceu Victor? Por que o Ale chegou em casa daquela forma e se trancou no quarto? O que disse ao meu filho? - meu coração está a prestes a sair pelo peito, desde que o Alejandro chegou não tenho paz. Em minha cabeça se passaram mil coisas e uma delas não poderia ser real - o que você fez? - bati em seu peito com raiva - não grite, Emiliano está dormindo.

Victoriano: Ele está aqui? Estive procurando por ele até agora achei que tinha perdido nosso filho - segurei seus pulsos delicadamente - Assim vai se machucar meu amor, senta que vou buscar um pouco de água e conversamos - a levei até a cadeira, fui até a cozinha, minhas mãos tremiam, meu coração queria sair pelo peito, bebi a água e levei um copo para Inês - Imagina o que aconteceu, eu contei que era o pai dele e ele fugiu estive buscando por ele até agora - coloquei a mão no peito pedindo que fosse apenas um susto que logo meu coração voltaria ao normal - Eu sinto muito, só que não aguentei ver a dor em seus olhos, sou um monstro que machuca o próprio filho, a mulher que amo - senti meus olhos marejarem - Espero que possa me perdoar Inês.

Inês: Por que fez isso Victoriano? Por que? Está satisfeito com o que fez? O meu filho está trancado no quarto, não quer me ouvir. Eu te pedi para não fazer isso, te pedi para me escutar e não provocar ainda mais sofrimento a ele, mas você não me escuta - coloquei as mãos no rosto chorando - cumpriu o seu capricho, está satisfeito? Meu filho agora me odeia e tudo porquê você não consegue segurar a sua língua - me levantei do sofá - vá embora, por favor. Quero ficar sozinha, por hoje você já me causou dor o suficiente - falei sem lhe olhar.

Victoriano: Acha que é a única que sofre Inês? Eu não posso ter todos os meus filhos comigo, não posso ter a mulher que ao meu lado, o pior foi ver meu filho sofrendo por minha causa, pensando que não o amo, que não quero estar com vocês, não posso protege-los como quero, me senti a pior pessoa do mundo quando ele se abriu comigo - parei de falar ao ouvir que somente causo dor - Tem razão somente causo dor - falei triste saindo abatido dali.

Me encostei na parede e fechei os meus olhos chorando. A vontade que eu tinha era de arrumar todas as nossas coisas e ir embora sem olhar para trás. Fugir de todo aquele sofrimento, daquela prisão que era o nosso amor. Mas eu era tão fraca que não conseguia fazer isso. Estava presa a ele pelo resto da minha vida, esse era o preço a se pagar por ter aceitado ser a sua amante. Após me recuperar fechei a porta e fui ver se o Ale havia aberto a porta de seu quarto, iria chamar, mas decidi não lhe incomodar. Ele precisava assimilar tudo para só então termos a nossa conversa. Fui para o meu quarto, tomei um banho e me deitei. Estava tentando dormir, mas não conseguia, minha cabeça estava cheia de tantos problemas. A porta do meu quarto se abriu e o Emi entrou vomitando bem ali. Me levantei rapidamente e corri até ele, estava se queimando em febre. Minha noite seria bastante movimentada.

Entrei no carro ficando ali, não queria ir para casa ouvir as reclamações da Diana, estava tão cansado de tudo, ser o causador de mais sofrimento me deixava pior, apenas fechei os olhos esperando o dia amanhecer.

Emiliano: Mamãe... dói muito a minha barriguinha.

Inês: Você acabou de tomar remédio meu amor, vai passar - segurei ele bem no momento que se curvou para vomitar. Limpei sua boca e lhe deixei deitado na cama. Saí do meu quarto e fui ao quarto do Ale - filho, abre a porta. Preciso que fique olhando o seu irmão, vou chamar o Benigno para levarmos ele ao hospital.

Minha cabeça estava um turbilhão, repassava a conversa com Alejandro sem encontrar uma forma que a noticia fosse aceita da melhor forma, não havia, era tão agoniante que precisei sair do carro para conseguir respirar melhor, olhei para a casa da Inês as luzes estavam acessas, mesmo querendo entrar fiquei ali sem querer trazer mais problemas.

Continua...

Prisioneira De Um Amor - Inês y Victoriano Onde histórias criam vida. Descubra agora