P.U.A. 01

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Escrita com
Carolleite26 ✨♥️

Diana: Estou saturada dessa mulher dentro da minha casa Victoriano, eu sou a dona dessa casa. Eu e não ela. Você tira a minha autoridade na frente de uma criada e eu fico desmoralizada - falei com raiva - esqueceu quem é a mãe das suas filhas?

Victoriano: Que não seja por isso vá embora, ninguém está te prendendo aqui – falei com raiva – Está se achando demais Diana, não é nada nessa casa, não tem autoridade aqui, não esqueci quem é a mãe das minhas filhas, sei que Inês passa mais tempo com elas que você, quem cuida delas quando adoecem? Quem as ajuda com a lição de casa? Brinca? Você? Fique ciente que não vou mandar Inês embora.

Diana: O que Victoriano? Hum? - coloquei a mão em minha cintura sentindo minha julgular pulsar em meu pescoço - está na cama daquela vagabunda? Agora vai defender uma qualquer? - sorri sem vontade - eu sou a sua mulher, eu e não aquela vagabunda. Se ela faz isso é paga e muito bem paga para cuidar das crianças ou já esqueceu? E outra - me aproximei dele com raiva - se eu for embora, as meninas vão comigo. Te deixo sozinho nesse lugar, nunca mais verá as minhas filhas e sabe que eu sou bem mais do que capaz de fazer isso. Lembra de quando a Constanza nasceu? Esqueci, você me deixou aqui sozinha com a pressão alta e se não fosse o Vicente nós duas teríamos morrido. Um desconhecido é mais pai da sua filha do que você, que está mais preocupado com os bastardos daquela empregada.

Victoriano: Não estou na cama de ninguém, Inês não é um qualquer, não ouse chamá-la de vagabunda – apontei o dedo para ela – Não é mais nada minha, nem dormimos no mesmo quarto e se está aqui em MINHA casa é porque não assina o maldito divórcio, sim, Inês é a babá das nossas filhas, mas elas tem mãe que mal está ao lado delas, se está é a base de gritos – bufei – Nunca levará as meninas daqui, não permitirei e nenhum juiz daria a guarda delas para você, não me ameace Diana que a única que sairá perdendo é você, Constanza estava prevista para nascer duas semanas depois, um dia de viagem, pare de jogar uma culpa que não existe em mim.

Diana: Não existe? O quê não existe seu canalha? - bati nele com raiva - você, você é o culpado de tudo. Foi você quem me causou mal e sabe disso, sabe tanto que finge não ter feito nada. Todos os dias era uma discussão diferente e hoje segue da mesma forma, me tirando a dignidade de ser a mãe das minhas filhas. Mas eu não vou abrir mão disso Victoriano, não vou. Quer que eu saia dessa casa e deixe o caminho livre para aquela vagabunda assumir o meu lugar - gargalhei - isso só vai acontecer por cima do meu cadáver, me ouviu? - enfrentei ele - eu não tenho medo de você, tão pouco pense que um juíz seria capaz de tirar a guarda das meninas da mãe e dar a um cretino como você. SUA CASA é a minha casa ou esqueceu que somos casados em comunhão de bens? Acha mesmo que vai me fazer de sua incubadora ambulante e depois de conseguir o que quer vai me dar um pé na bunda? Antes disso eu acabo com a sua vida e a dela, me ouviu? Acabo com vocês dois - o empurrei com raiva e me afastei indo para o outro lado do quarto - se não dorme comigo é porque está na cama de uma vagabunda e se eu descobrir isso, irei te difamar a cidade, irei mostrar ao juiz o pai honrado que as minhas filhas tem. Então eu quero ver quem pode mais, eu ou você.

Victoriano: Vai se fazer de vítima nessa história? Esse casamento não era nem para ter acontecido, foi apenas uma maldita noite que meus pais me obrigaram a casar, não estou na cama de ninguém e bem que deveria estar para ao menos conseguir suportar essa porcaria de casamento, mas quero que entenda, nunca iria desonrar a Inês dessa forma a colocando em um lugar tão baixo em minha vida, discussões que começavam por sua causa, com essa mania de achar que toda mulher que converso está em minha cama, um juiz dará a guarda para mim ao saber o tipo de mãe que é, não se importa com as filhas – andei pelo quarto nervoso – Entrou no assunto que tanto gosta, quer dinheiro? Te dou para sair da minha vida, incubadora? O tolo aqui fui eu, me embebedou para conseguir o que queria, agora inferniza a minha vida, está tão louca que nem se escuta mais, não estou com ninguém, Inês é apenas a babá de nossas filhas,  quer saber vou começar a estar nas camas de vagabundas como diz, comece a me difamar para ver quem sou e verá quem pode mais.

Diana: Vítima? Sim, eu sou a vítima dessa história, eu e não você ou aquela vagabunda que anda pela casa como se fosse dona. Então vai embora Victoriano, vai embora com a tua amante, mas as minhas filhas você não leva, não leva - esbravejei furiosa - uma maldita noite que te tornou pai e não apenas uma, mas três vezes - comecei a chorar - as minhas filhas são uma maldição na sua vida? Então por que está aqui? Eu não preciso de você, elas tão pouco. Eu posso muito bem trabalhar e sustentá-las. Vai lá se queixar com os seus pais e não comigo, não te obriguei a se casar comigo, fez porque quis e vai cumprir o juramento, até que a morte nos separe. A santa Inês, deveria colocá-la em um pedestal. É tão santa que os dois bastardos não sabem quem são os pais, com certeza um qualquer. Não ouse falar que não me importo com as minhas filhas, o único que não se importa aqui é você, que vive em reuniões, que está muito ocupado para levá-las a escola ou até mesmo ir na festinha do dia dos pais. Ou já esqueceu disso? Porque eu me lembro muito bem dos olhinhos chorosos da Kassandra te procurando e se decepcionando ao ver que era a única que não tinha o pai presente. E a mãe que não liga para as filhas tendo que inventar uma desculpa para lhe acalmar. Vai mentir agora? O cretino fogoso ficaria tantos meses sem cobrir uma ovelhinha? Hora Victoriano, não se faça de sonso que eu te conheço muito bem. Eu não quero a porcaria do seu dinheiro, não preciso dele, se estou aqui é por causa das minhas filhas. Eu não precisei te embebedar, você bebeu todas, mesmo quando disse que estava bom. Você fez isso e depois me levou para cama, eu te amava e ainda te amo por isso me entreguei a você, por amor - gritei com raiva - amor e não para me aproveitar da sua carência - avancei nele batendo com raiva - eu me mato ouviu, eu me mato se fizer isso comigo e vai carregar essa culpa pelo resto da sua vida. Suas filhas vão te odiar por isso - chorava com raiva.

Victoriano: Chega de colocar a Inês no meio de nossos problemas, estamos falando de nós dois e das nossas filhas – gritei – Se eu sair minhas filhas vão comigo, com uma maluca como mãe não ficam jamais, as únicas vezes que conseguiu me enganar para estar na sua cama, se estive em meu juízo perfeito não estaria como levo anos evitando tal encontro, minhas filhas são o que mais amo nesse casamento, mas você não é nada para mim, é bom saber que pode se virar sozinha hoje mesmo cancelo os seus cartões e ainda compro os jornais para que busque um emprego – sorri irônico – Esse juramento não pretendo cumprir, ficarei livre desse casamento e serei feliz com a primeira mulher que encontrar, conheço lindas empresárias que gostaria de ter ao meu lado que você, se é o que pensa pouco me importa, fala tanto da Inês e dos filhos dela que se quiser posso perguntar se tem o telefone do ex marido para lhe dar – segurei minha raiva – Não vou avisar mais, não volte a desrespeitar a Inês e muito menos os seus filhos – falei entre dentes – Paguei  uma viagem luxuosa para a minha amante e assim que ela voltar ficarei uns dias com ela, gosto de carne nova, se essa é a sua desculpa pouco me importa, não me importo com o seu amor – segurei seus pulso a jogando na cama – Prefere que eu pegue os comprimidos, a navalha ou o revolver, ficar viúvo para mim é o melhor e assim que minha amante chegar me caso com ela sem remorso, o ódio das minhas filhas passam com o tempo – falei friamente, não iria aturar chantagem dessa sem vergonha.

Quem ele pensava que era para fazer isso comigo? Quem? Ele iria se arrepender amargamente por fazer isso comigo e começaria bem ali, jogando as meninas contra ele. Victoriano não percebeu quando a porta do quarto se abriu e a Leonor, nossa filha mais velha entrou, completamente assustada com o rompante de fúrias de seu pai. Fechei os meus olhos e comecei a chorar.

Diana: Está me machucando seu monstro... eu amo as minhas filhas... não deixaria nunca elas nas mãos de uma qualquer... nunca...

Continua...

Prisioneira De Um Amor - Inês y Victoriano Onde histórias criam vida. Descubra agora