Tom Kaulitz

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Talvez fossem umas 4h da manhã, já havia perdido a conta ao tempo a partir do momento em que me deitei e percebi que não iria conseguir adormecer tão cedo.

Para alguns a fase dos 15 anos é a pior, na minha opinião a dos 20 é bem mais.

Estava frio, e por esse motivo não me dei ao trabalho de retirar o corpo debaixo das mantas para poder olhar para o telemóvel e ver que horas eram.

Era tarde, e Tom concerteza ainda estava na festa pós show perdido bêbado.

Neste ponto eu já não me importava, mas ainda assim doia relembrar que estavamos chateados por ciúmes e que após isso ele ia ficar bêbado para tentar esquecer.

Daan o meu irmão fazia alguns barulhos no andar de baixo da casa, provavelmente fazendo pipocas para ir ver algum filme, ou simplesmente tentava fazer arroz em plenas 4h da manhã pois alegava que não tinha sono.

Fosse como fosse só queria ligar para Bill e perguntar como Tom estava, mas o meu orgulho falava mais alto e por esse motivo não o faria.

Sentei-me na cama e ouvi os passos de Daan a subir as escadas enquando cantarolava uma música de Tokio Hotel.

Nem parecia que eram 4h da manhã.

- Queres pipocas? Sei bem que não estás a dormir! - Daan abriu a porta do meu quarto e ficou encostado ao batente com a taça nas mãos. - Posso ter 16 anos mas não sou idiota para não perceber que tu e o Tom estão chateados.

- És tão chato! - Acendi a luz do candeeiro e o loiro caminhou até á minha cama onde se sentou á minha frente. - Devias de ir dormir, a mãe vêm buscar-te mais logo. - Roubei umas pipocas da taça do mesmo que me olhou com cara de audácia.

- Sabes que odeio ir embora a saber que não estás bem...

- Eu pensava que o maior dos meus problemas já estava resolvido quando coloquei um ponto final ao que eu e Tom éramos, mas nessa altura percebi que criei um ainda maior ao passar a chamá-lo de namorado.

- Vejam mas é se se resolvem que eu tenciono ser padrinho do mini Tom... - Olhou para mim com um sorriso malicioso como se soubesse dos meus piores pecados.

- Vai dormir que ja está tarde! - Revirei os olhos e Daan apenas riu saindo do quarto a cantarolar "pain of love" fingindo que a taça das pipocas era uma guitarra e que ele estava a fazer um solo.

Desta vez deixei a luz do candeeiro ligada e apenas me encostei á cabeceira da cama pensando seriamente no que Tom estaria agora a fazer.

O meu telemóvel vibrou na mesinha perto da cama e assim que olhei para o visor vi o nome de Tom, recusei-me a atender mesmo sabendo que precisava de ouvir a voz dele, mas não podia ser sempre tudo tão facil assim.

Deixe que ele tocasse e desligasse pelo menos 3 vezes e á quarta vez já farta do barulho irritante que aquilo estava a fazer decidi atender.

Ouvi silêncio do outro lado da linha telefónica e quando ia já para tirar o telemóvel do ouvido e desligar a voz dele foi ouvida.

- Ivy? Não desligues... - Ouvi a respiração pesada dele e um suspiro ser arrancado do fundo da garganta do guitarrista. - Porque não atendeste logo?

- Tu tens noção de que horas são? - Disse mais alto do que o que deveria. - Eu estava preocupada, mas ainda assim estava a tentar dormir para te tirar da minha cabeça!

- Eu sei que é tarde... e que as minhas ações não têm sido das melhores... - Ia dando suspiros á medida que falava. - Mas podias ter atendido logo caralho! Eu fiquei preocupado!

- Como queiras! Agora vai direto ao ponto, porque ligaste?

- Eu precisava de falar contigo, não estamos bem e eu quero mudar as coisas, já lutei muito pela nossa relação e não quero mandar tudo por água abaixo agora...! - Ouviu tossir do outro lado da linha.

- Tom tu estás drogado? - Perguntei com um certo receio da resposta.

Ele não prometeu que pararia com as bebidas, mas prometeu nunca mais tomar nada que tivesse efeito semelhante a drogas.

- Não Ivy, eu não estou! Apenas está uma brisa do caralho aqui fora! Eu prometi que nunca mais faria nada dessas merdas, e estou a cumprir com a minha promessa.

- Assim o espero... - Andei até á minha janela para fechar as cortinas que haviam ficado abertas e só agora eu tinha percebido isso.

A ligação estava silenciosa, já não sabia sequer se ele ainda lá estava, mas deixei o telemóvel cair assim que me aproximei das janelas e olhei para o jardim.

- Tom o que caralhos estás a fazer ai embaixo? - Abri a janela e encostei o meu corpo às grades de metal olhando para o garoto no meio do meu jardim.

As roupas largas no corpo e a fita branca na testa, tudo isso me fazia sentir borboletas na barriga, como se fosse sempre a primeira vez.

- Eu precisava de te ver! E o portão estava aberto... agora podes vir abrir a merda da porta? Está um frio do caralho aqui!

Não hesitei e virei costas quase voando até ao andar debaixo, assim que abri a porta Tom já estava em frente a ela, não perdi tempo e puxei o guitarrista pela camisola larga para dentro de casa e ele não perdeu tempo após isso para agarrar na minha cintura e juntar os nossos corpos assim como os nossos lábios.

Podia ser o nosso milésimo beijo, mas sempre iria parecer o primeiro.

- Tom... calma... o meu irmão está cá... - Murmurei ainda sendo abafada pelos beijos dele assim que fui colocada sobre a bancada da cozinha.

Mas sinceramente ele não parecia estar assim tão interessado quanto isso no que eu dizia pois não abrandou a intensidade do beijo e até o começou a descer para o meu pescoço e colo do peito.

- Acho que nesse caso basta não seres muito barulhenta...

Eu sem dúvida odiava Tom Kaulitz!

FIM ♡

• A autora lança os capítulos bomba e simplesmente sai como se nunca os tivesse escrito :)

• Não peçam parte dois pois para quem já me conhece sabe bem que não escrevo hot, portanto é escusado 😉

• Ainda assim se alguém tiver ideias para capítulos futuros que não hesite em dizer

• Beijos e se cuidem 😊❤️

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