Princess Charm School - MonSam

Capítulo 17

26 de Abril
16 anos atrás

Ele abriu os olhos, um zunido em sua cabeça, muito algo. Também sentia algo quente escorrer pela lateral de sua cabeça.

Quando seus olhos focaram, ele olhou ao seu redor. O terror e o pânico tomaram conta de si, sua respiração ficou desregulada e seu coração bombeou rapidamente no peito.

As lembranças dos acontecimentos recentes voltaram à sua mente. Ele caminhando apressado pelos corredores do castelo, puxando sem cerimônia alguma a Rainha Isabela, que carregava a Princesa Rebecca nos braços, tentando fazê-la para de chorar. O Rei Reginald vinha logo atrás.

Eles saíram do castelo e subiram no carro. O motorista deu a partida e ela se afastavam gradativamente do palácio.

Ele não sabia que horas eram, mas sabia que era de madrugada. Eles precisavam ir embora, precisavam fugir. A Rainha corria grande perigo.

A paisagem passavam como um raio pelas janelas. Eles estavam indo rápido demais, estava chovendo e a estrada estava escorregadia. Ele mandou o motorista diminuir a velocidade, mas ele disse que não conseguia. Os freios haviam sido sabotados!

Os dois homens estavam tão entretidos em fazer os freios funcionarem, que não viram a pessoa no meio da rua. Quando o notaram, já era tarde demais. O atropelaram, o carro perdeu o controle e o automóvel capotou.

Quando ele voltou à si, ele olhou ao redor. Primeiro, para o motorista. Ele o sacudiu, não obtendo resposta: estava morto.

Ele soltou o cinto e rastejou para fora do carro, que estava de ponta-cabeça.
Um gemido foi ouvido, ele olhou e pode ver a Rainha tossindo, o rosto banhado de sangue e lágrimas.

- Majestade! - Ele engatinhou até ela, tentando abrir a porta, mas não conseguindo. - Não se mexa, eu vou tirar a senhora daí.

- B-Becky.. P-pega a Becky. - Ela estendeu a pequena criança, que ele recém havia notado estar chorando. Ele a pegou. - Agora, vá!

- M-Majestade..

- Vá! - Ela teve força de gritar, chorando logo em seguida por conta da dor. - Eles vão vir atrás dela, você precisa proteger ela.

- Mas...

- Eu estou ordenando! - Isabela disse, num tom firme. - Me prometa que você vai protegê-la!

Ele ficou alguns segundos parado, em completo silêncio.

- Eu prometo. - Ele disse, tentando manter um tom firme na voz. Isabela lhe deu um olhar agradecido e aliviado.

- Obrigada, meu amigo. - Isabela disse. - Agora v-vá.. Tome conta da minha menina.

Ele apertou levemente a bebê em seu colo, a ninando. Ele se entreteu fazendo a pequena Rebecca dormir em seus braços, e quando olhou para Isabela novamente, a vida já havia deixado seu corpo.

Com os olhos cheios de lágrimas, ele se levantou e, tropeçando, ele foi até o corpo que eles haviam atropelado. Era um mendigo. Ele, com a mão livre, pegou o corpo e levou até o carro, o deixando para queimar no fogo que havia se acendido.

Então ele se afastou, mancando, cheio de dor pelo corpo inteiro. Se escondendo pelos becos no caminho, toda vez que via alguma movimentação, ou uma luz, de um carro.