Capitulo 21

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SOFIA

A exposição está toda pronta, realmente ficou lindo. As fotos e pinturas me mostram o quanto tudo isso valeu a pena, que apesar de tudo, foi realmente incrível.
Estou aguardando a chegada de todos, não vejo a hora de poder estar com a minha pequena nos braços, de beijar o meu marido, estar a uma semana longe de todos meu coração está quebrado.
É estranho estar na casa dos meus pais novamente, é estranho não ter Juan ao meu lado a noite, não acordar para ver se Duda estar dormindo bem, Ricardo tem sido fantástico, me ajudando em tudo.
Estou de costas olhando umas das primeiras fotos que tirei, da ilha no berçário quando eu e Juan nos beijamos pela primeira vez, lágrimas chegam aos meus olhos, de repente um par de mãozinhas agarra meus cabelos.
Quando me viro sou contemplada com o sorriso mais lindo do mundo.
__ Ma... - ela se joga nos meus braços
Olho para Juan que agora sorri pra mim.
__ Você ouviu isso? - eu digo quase sem ar __Você ouviu? Ela tentou falar mamãe! - eu beijo a minha pequena, a agarro, mordo sua barriga e ela ri com vontade.
__ Eu não ouvi nada! - ele diz brincando __ Traidora! - ele diz para Duda, e me beija __ Está tudo lindo, Amor! Parabéns!
__ Gostou? - ele enlaça a minha cintura
__ Adorei! __Mas o que eu mais adorei é poder te ver, estava com tanta saudade! - um beijo quente e Duda se joga no meio babando em toda lateral do nosso rosto. Nós rimos __ Hei! Agora é a vez do papai! - Juan diz para ela que ri.
A exposição foi um sucesso, todos estiveram presentes. Dani e Jon, Lilian, Ricardo, meus pais e os de Juan assim como a família Dupon, até o trio duro de matar apareceu, e é lógico que todos os convidados acharam que alguma celebridade apareceria no local.

AUDREY

Depois de tudo, preciso olhar nos olhos do homem que foi o responsável pela morte da minha filha. Preciso mostrar a ele a destruição que ele causou.
Estou na fila aguardando a revista para o horário de visita.
Um homem muito bonito, apesar das roupas eu diria até elegante, surge a minha frente, deve ter em torno de uns quarenta e cinco anos, ruivo, alto, um corpo bem feito, traços bonitos. Conrad diria nessa hora que esse é o verdadeiro exemplar de um lobo em pele de cordeiro.
Ainda algemado ele senta à minha frente. Me olha com indiferença.
__ Quem é você? - ele me pergunta
__ Você não me conhece - eu digo __ Mas se olhar bem para mim, talvez reconheça alguns traços da mulher que você matou!
__ Matei? __ Não sei nada sobre matar uma mulher! - ele ri um riso sínico, meu sangue ferve
__ Não com suas mãos, não é mesmo? __ Mas mesmo assim, a matou!
__ O que veio fazer aqui? - ele pergunta irritado
__ Vim olhar nos seus olhos, vim ver se existia em você um sinal de remorso, de arrependimento __Mas não há nada não é?
__ Algumas pessoas são como ervas daninhas - ele diz __ Se não cortamos pela raiz, elas acabam por destruir tudo aquilo que levamos anos pra plantar - seu olhar agora está nos meus, e o que leio neles é que esse homem é um monstro, um monstro capaz de tudo.
__ Então a minha filha era uma erva daninha? - eu pergunto e ele ri.
__ Não, sua filha era uma pedra, inútil, mas no caminho. __ Poderíamos apenas movê-la para outro local, mas ela insistiu em não se mover - meu estomago embrulha, quero matá-lo.
__ As ervas daninhas ainda estão na minha plantação - ele diz como se divagasse, não sei bem se é para mim que ele diz isso. Ele olha para o nada __ Mas em breve, muito breve, vou exterminá-las. __ E quando isso acontecer, vou começar pelo fruto maldito, aquele que jamais devia ter germinado. - ele está se referindo a pequena Duda, esse homem não tem coração.
__ Espero que mofe na cadeia - eu digo me levantando, ele segura meu pulso com força.
__ Não conte com isso! - ele diz rindo como um louco, puxo o meu pulso com força, então vou embora.

Felizes para Sempre - JustiçaOnde histórias criam vida. Descubra agora