Midnight Boys | lita short fic

Capítulo Um

Midnight Boys

É noite de festa na grande mansão da grande família Theerapanyakun. 

Uma das casas de maiores renomes de toda sociedade tailandesa, que possuem ligação direta com a própria família real.

Hoje é um dia especial para toda família. Tanto que muitos familiares de longe saíram de seus lares só para comparecer ao grande evento. Tankhun Theerapanyakun não poderia estar mais animado em poder ver toda família reunida. Quase nunca há uma oportunidade como essa é óbvio que, principalmente ele, estaria animado. Todos estão. Pete, Vegas, Porsche e Kinn não poderiam estar de outra forma.

A não tão recente morte do Senhor Korn Theerapanyakun certamente causou muita comoção em todos e um grande conflito social e econômico se instaurou no país, mas graças a organização e liderança dos grandes herdeiros e primos, Vegas e Kinn, nada saiu do seu devido lugar, exceto pela divisão da casa. 

Kim, de alguma forma, por algum motivo, sumiu com seu namorado Porchay, o que deixou os irmãos de cada um loucos. Macau, por sua vez, não foi diferente, e sumiu nem mais e nem menos. Até hoje não se sabe exatamente o motivo do sumiço dos três integrantes da família, mas o que se pode especular é o cansaço que é ser um Theerapanyakun. Convenhamos, não deve ser fácil viver em uma família como essa.

Felizmente, não há nada que uma grande festa não possa unir a família novamente.

Venice

Ser um Theerapanyakun tem certas vantagens. Posso fazer o que quiser que nada vai acontecer. Comprar as melhores roupas, os melhores veículos, os meninos e meninas mais lindos na minha cama e tudo mais. Basta só mostrar o cartão Gold Unlimited que qualquer um fica louco. A única parte ruim é que, ao mesmo tempo, não posso fazer nada. Não posso fazer isso. Não posso fazer aquilo. Não posso bater nas pessoas irritantes. Não posso sair sem seguranças. Não posso viajar com meus amigos sem a permissão dos meus pais. E não posso me meter em qualquer coisa ilegal para não sujar o nome da família, principalmente, correr em corridas ilegais no meio da noite. Mas eu faço do mesmo jeito.

Eu super entendo que a minha família tem uma reputação a zelar. Estou cansado do pai Vegas toda hora berrando no meu ouvido que não posso fazer coisas que possam envergonhar a grande e a intocável família Theerapanyakun. Mas, nossa, cadê a minha liberdade para fazer o que eu quiser? Todo mundo pode ter e fazer quase tudo, mas eu não posso sair a noite para dar uma corrigida de carro? Isso é tão injusto.

Quero dizer, não é como se eu e o idiota do meu primo Arthur estivéssemos sempre em busca de problemas, mas é tão bom sair escondido pela noite até o lugar secreto e correr com os carros mais velozes do mundo pelas ruas de Bangkok. Não tem satisfação maior do que essa. 

Infelizmente essa satisfação foi interrompida quando o desgraçado do Arthur — filho dos tios Kinn e Porsche — botou tudo a perder. Me diz, quem é que faz uma live no Instagram as três horas da madrugada enquanto corre a sabe se lá quantos quilômetros por hora numa estrada deserta durante A DROGA DE UMA CORRIDA ILEGAL? Obviamente que a pirralha da irmã dele ia ver tudo e falar para os pais dele e, de quebra, descobrirem o meu envolvimento nisso tudo. Agora, aqui estou eu, esperando para receber uma bronca dos meus pais.

Ouço o barulho de portas se abrindo. Meu papai Pete sai da sala e me olha. Sua cara não parecia de raiva, mas sim de decepção. 

— Entre, filho — disse, erguendo a mão para dentro da sala — Já está na hora do seu pai e eu temos uma conversa com você.

Eu juro que se eu ficar sem o meu cartão de crédito eu acabo com a raça daquele maldito

Arthur