Capítulo VI

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            No dia seguinte, na primeira hora, eu estava no consultório de Lauren. Mas não era a quinta consulta. Fiquei de pé ao lado da porta do consultório na sala de espera e assim que vi o primeiro paciente da psicóloga sair da sala, entrei correndo no consultório, antes da recepcionista dizer que eu não podia. Tranquei a porta atrás de nós. Lauren estava sentada na sua cadeira, olhava algumas fichas que estavam na mesa a sua frente.


- Precisamos conversar! – disse num impulso.


         A mulher levantou assustada, deu à volta na mesa... Nesse instante eu já estava parada na sua frente, buscando os seus olhos, desejando beijar os seus lábios, e queimando de ansiedade.


- Diz que você não gostou. – a empurrei de encontro à mesa. Lauren estava estática. Não conseguia falar, mas também, não sei se ela queria me dizer alguma coisa. O momento me deixava completamente surda, cega, desesperada... Dificilmente ela conseguiria conter os meus impulsos. Sede! Era o que Lauren despertou em mim desde a noite de ontem, na qual me fez sentir sensações inexplicáveis e querer tê-la novamente mesmo que isso me custasse a sanidade. Tateei os seus braços que estavam soltos ao lado do seu corpo. Senti sua pele macia esquentar em minhas mãos... Seus pêlos, meus pêlos se arrepiaram e a intensidade de desejo que pairava nos meus olhos era a mesma que eu via nos verdes dos dela. Respirei fundo enquanto percebia que aquele silêncio em volta de nós era mais forte do que palavras, mais forte do que as dúvidas, preconceito, negação, do que a sensação inquietante que brotava dos olhos dela de que não podíamos ceder aos nossos desejos... Lauren engoliu em seco e balançou lentamente a cabeça numa negativa sofrida. Ignorei o gesto dela. Mordi os lábios recordando dos momentos de prazer que tivemos, do seu olhar provocante na hora do gozo... Não resisti à tentação, abri lentamente o jaleco de Lauren enquanto firmava descaradamente o olhar nos seus seios que estavam salientes na blusa que ela vestia. Inclinei meus lábios encostando lentamente nos dela, antes que minha língua sentisse o doce sabor da sua saliva, ela afastou a sua boca da minha colocando em seguida o dedo indicador nos meus lábios.



- Sabe que não podemos! – o interfone tocou, ela se afastou de mim, me empurrando depressa. Eu me afastei sem reclamações. Lauren esticou o braço e pegou o telefone – Pois não, Sammy - silêncio... – Peça para esperar um minuto... Está tudo bem sim, a Camila já vai sair. – desligou.


- Podemos sim! – disse antes que ela me pedisse para sair. Sabia que não poderia deixar que a razão tomasse conta dela naquele momento, por isso a puxei pela cintura grudando o meu corpo ao dela. Tentei beijar os seus lábios, mas a psicóloga virou o rosto, desci então a minha boca até o seu pescoço, ela também queria aquele contato, tanto que ouvi um gemido tímido soar nos meus ouvidos... Sua resistência estava cedendo... Deslizei as mãos pelos seus seios, os bicos ficaram ainda mais rígidos... Tentei beijá-la novamente e Lauren entreabriu os lábios para receber a minha língua. Senti novamente o gosto da sua saliva e me perdi integralmente nos braços dela, no prazer que aquele toque macio na sua pele me proporcionava. Meus dedos entraram por baixo da sua blusa, afastei o sutiã e senti os seus seios febris se lançarem nos meus dedos. Apertei, estimulei. As mãos dela passeavam pelas minhas costas. Desci meus lábios pelo seu pescoço... Senti o seu perfume impregnar a minha pele. Gemi ao deslizar os meus lábios pelos seus seios rosados, saboreei o seu gosto, lambi, mordi levemente... Desabotoei a sua calça jeans e desci até que a mesma tocasse o chão. Escalei o seu corpo beijando a sua pele... Alcancei os seus lábios, beijei apaixonadamente, fui retribuída com a mesma intensidade. Nós não dizíamos uma palavra, apenas gemíamos uma pra outra... Transpirávamos desejo. Afastei suas coxas e deslizei meus dedos pela lateral da sua calcinha, a encarei, esperei o seu sinal, Lauren mordeu deliciosamente o lábio inferior... A penetrei devagar, depois aumentei os toques dentro dela. Lauren cravou as unhas nos meus ombros enquanto gemia com o toque dos meus dedos dentro dela... Seu corpo estremeceu e ela gozou em minhas mãos. Senti o líquido quente escorrer pelos meus dedos. A respiração falhava... Nossa pele suava... A razão retornava para os nossos corpos... Num impulso senti as mãos de Lauren me empurrarem para que eu me afastasse dela.

Minha Doce PsicólogaOnde histórias criam vida. Descubra agora