our hands are tied

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Atualmente

Pouco mais de duas horas se passaram desde que Luna chegou ao hospital, as três mulheres continuavam juntas na sala de espera aguardando por notícias, mas dessa vez Rodrigo e Alessandra estavam com elas.

- Família de Alexandre Nero- A médica chegou próxima a eles e Giovanna se levantou na mesma hora sendo acompanhada pelo resto.

- Sim doutora, como ele está? – foi Cris quem perguntou visto ao estado desesperado da amiga.

- A cirurgia correu bem, conseguimos conter a hemorragia e os sinais vitais do Alexandre estão ótimos – a médica sorria, e Giovanna respirou aliviada, era como se tirassem um trator de cima dela, mal podia acreditar que o seu esposo estava bem. – Mas ... – a médica começou e Giovanna viu seu mundo vir ao chão novamente.

- Como assim, mas, doutora? O que aconteceu? – Antonelli falava completamente desesperada e Luna por mais nervosa que estivesse tentava acalmar a mãe.

- Calma dona Giovanna, o Alexandre está bem, mas como dito anteriormente, ele teve uma fratura no cérebro, sendo necessária uma neurocirurgia, ocorreu tudo bem, mas para evitar possíveis sequelas nós induzimos o seu marido ao coma – a médica falava calmamente, e por mais que a frase “ele está bem" tivesse saído de seus lábios, Giovanna ainda estava se sentindo péssima, seu marido estava em coma, e ela só conseguia pensar no pior.

- Por quanto tempo meu pai vai ficar assim doutora – Luna perguntou ainda abraçada a mãe.

- Não temos certeza, mas como o caso dele não é tão sério, creio que em poucos dias, estaremos o monitorando. – Luna concordou com a cabeça e agradeceu a médica, ela tentava ser um pouco racional naquele momento, sabia que sua mãe não estava bem.

- Eu preciso ver ele – Giovanna sussurrou depois de alguns minutos em silêncio, mas não tão baixo para que não pudessem a ouvir.

- Claro, vocês podem visitá-lo, a família no caso e o acompanhante que quiser passar a noite, mas amanhã no horário de visitas os amigos também- A médica avisou, e Giovanna e Luna a seguiram para o quarto de Alexandre, deixando Cris, Rodrigo e Alessandra para trás.
Giovanna ao entrar no quarto não pode conter as lágrimas ao ver o marido daquela forma, todo ligado a máquinas que monitoravam seus sinais vitais, ela, em todos esses anos juntos jamais imaginou o ver daquele modo, e aquilo estava esmagando seu peito.

Luna por mais forte que tentava se mostrar na frente da mãe, não conseguiu se segurar e também chorou ao ver o pai. Ela não saberia o que fazer se o perdesse, de modo algum poderia imaginar viver em um mundo em que seu pai, louco das ideias, não estivesse, ela precisava dele, ela o amava demais.

- Meu vai pai ficar bem, ele tem que ficar bem – Luna quebrou o silêncio do quarto e abraçou a mãe apertado, as duas choravam uma no braço da outra, na tentativa de se confortarem.

Permaneceram por mais de vinte minutos no quarto e decidiram ir pra casa, Giovanna na intenção de pegar algumas roupas para passar a noite no hospital e Luna para ficar com Pietra... elas ainda teriam que dar a notícia a pequena.

Ao chegar na recepção Giovanna abraçou os amigos e agradeceu por todo o apoio naquele momento difícil, Rodrigo se ofereceu para ficar com Nero até a volta de Giovanna e a mesma aceitou de bom grado, sabia que o amigo também estava abalado com tudo aquilo, assim como todos os amigos do casal.

Cris foi embora descansar, afinal estava ali antes mesmo de Giovanna chegar e Alessandra ficou de levar o carro da empresária em casa já que Giovanna iria com Luna no carro da mesma.

Ao chegar em casa, o relógio já marcava nove e meia da noite, e Giovanna estranhou todas as luzes estarem acesas naquele horário, Pietra deveria estar em seu quinto sono.

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