epiphany

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Atualmente

Luna estava parada à porta do quarto do hospital, observando seu pai deitado na cama, inconsciente. Os monitores ao redor dele emitiam um som constante, lembrando-a da fragilidade da vida. Seus olhos estavam marejados, mas ela respirou fundo, determinada a falar com seu pai, mesmo que ele não pudesse responder.

Ela se aproximou da cama e segurou a mão de Alexandre com cuidado, como se temesse quebrá-lo.

Sua voz estava embargada quando começou a falar:

- Pai... Eu sinto tanto a sua falta. Você não tem ideia de como está sendo difícil para todos nós. Mamãe, Pietra, Antonella... todos nós queremos que você acorde.

A garota falava com a respiração pesada e a fala entrecortada.

- Eu não sei como viver sem você, pai. Você é a nossa força, o nosso pilar.

Luna sentiu as lágrimas escorrerem pelo seu rosto enquanto continuava a falar com o pai. Ela sabia que ele não podia ouvi-la, mas precisava expressar seus sentimentos.

- Prometo que vou cuidar da mamãe, e das meninas. Vou fazer o meu melhor para ser forte, assim como você nos ensinou. Mas, pai, por favor, não nos abandone. Não nos deixe sozinhos. Nós te amamos tanto, e precisamos de você aqui conosco.

Luna permaneceu ao lado do pai, segurando sua mão delicadamente como se estivesse transmitindo seu amor e energia através desse gesto. Ela olhou para o rosto sereno de Alexandre, lembrando-se dos momentos especiais que compartilharam juntos ao longo dos anos.

- Pai, você se lembra daquela viagem que fizemos para a praia quando eu era pequena? - Luna começou a relembrar com carinho. - Você me ensinou a nadar e construímos castelos de areia juntos. Foi tão divertido... Você sempre foi o melhor pai do mundo.

As lembranças da infância inundaram sua mente, e Luna lutou para manter a compostura enquanto continuava a falar com seu pai.

- Eu sei que você está aí, em algum lugar dentro de si mesmo. Por favor, pai, lute para voltar para nós. Nós precisamos de você aqui, mais do que nunca.

Ela apertou a mão de Alexandre com mais força, como se pudesse transmitir sua determinação e amor diretamente para ele.

- Eu prometo, pai, que vou cuidar da mamãe, da Pietra e da Antonella. Vou ser forte por todos nós, mas não posso fazer isso sozinha. Você é parte de nós, e não podemos perdê-lo.

Luna abaixou a cabeça novamente, soluçando, enquanto suas lágrimas caíam sobre a mão do pai. Ela implorou em um sussurro desesperado:

- Por favor, pai, não nos deixe. Não nos abandone. Nós te amamos demais.

[...]

Luna retornou para casa após passar algumas horas no hospital, onde tinha compartilhado seus sentimentos com o pai em coma. Ela entrou na casa com um suspiro cansado e preocupado, mas determinada a ser um apoio para Giovanna, que estava esperando por ela.

Luna encontrou sua mãe na sala, sentada no sofá com um olhar preocupado enquanto segurava uma fotografia da família.

Quando Giovanna notou a presença de Luna, um sorriso triste iluminou seu rosto.

- Como foi lá, querida? - Giovanna perguntou, abrindo espaço no sofá para que Luna se sentasse ao seu lado.

Luna suspirou e abraçou a mãe, sentindo o conforto de seu calor e amor.

- Foi difícil, mãe. Mas eu precisava fazer isso. Eu disse ao papai o quanto sentimos sua falta e o quanto o amamos.

Giovanna acariciou o cabelo de Luna com ternura.

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