• capítulo 6 •

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Assusto-me pela primeira vez no dia com o Louis gritando. Não sei com quem ele fala mais sei que é com uma menina. E acaba por gritar novamente e sinto a Sammy pular ao meu colo.

"Pela vigésima vez, Lottie. Eu não posso fazer isso, estou trabalhando!" Louis gritava pela terceira vez ao celular.

Ele volta a mencionar o nome da menina, penso que seja sua namorada, ou uma das suas irmãs, é meio confuso distinguir pelo jeito que ele fala.

Sou arrastada dos pensamentos com a voz do enfermeiro.

"Eu estou preste a me explodir, minha irmã está me enchendo a paciência. "Falou suspirando e eu ri-me baixo sem ele perceber. Okay, eu fui um pouco ingênua pensando que ele estava falando com a namorada. Bom, mas acertei que seja uma das suas irmãs, mas confesso eu estava ligada mais para a resposta que fosse a namorada dele, será que ele tem?

Eu estava tão abstraída aos meus pensamentos que não o percebi que a dua ligação já havia acabado.

"O que ela estava falando?" pergunto e não obtenho resposta vindo do homem. "Ahrn.. Se quiser compartilhar comigo, é claro" Disse tentado quebrar o gelo que se formou nessa sala, ou talvez ele não esteja mesmo na sala e eu estou sozinha.

"Louis?!" perguntei e não obtive resposta. Okay, ele não está na sala.

E nesse momento volto a estar sentada em uma das poltronas da sala de estar, com a Sammy no meu colo enquanto faço carícias no seu pelo.

Mesmo meu cérebro estando ocupado em processar como fazer carícias no pelo da minha cachorra, eu não consigo para de pensar e o Louis se enervou por algo grave, ou foi só uma brincadeira?

»É claro que não era brincadeira, Alexia!« grita meu subconsciente.

Dou um breve suspiro e meu pulmão enche-se de ar gelado e em seguida solto um espirro inesperado por causa do ar gelado fazendo com que a Sammy pule do meu colo com susto e eu ri baixo agarrando-me mais a ela.

Meu pai ainda não pareceu em casa, e mesmo que seja normal ele não ter aparecido eu não consigo parar de se preocupar com ele, talvez seja mais a saudade, só talvez, mas ele some até demais para o meu gosto e eu sempre fico meia suspeita disso.

"It was my safe haven, was my home console." canto mexendo meus dedos como se tivesse a tocar uma cifra no piano.

"You left me, left me bewildered, shaken." contínuo cantando e pensando no passado. "I miss your warm embrace, her warmth." continuo a deixar as frases em forma de uma música fluírem dos meus lábios com os dedos novamente como se estivesse tocando piano.

Essa pequena estrofe de uma das minhas músicas meio clichê, é a minha favorita. Nela está o que eu sinto a todo tempo; saudade de um carinho verdadeiramente distribuído com compressão e a saudade de uma confiança.

Sou tirada dos meu pensamentos de reflexão com uma voz grave carregada de luxúria dócil do meu enfermeiro:

"Me desculpe por deixar-te falar sozinha, Alex." ela fala e eu assinto positivamente. "E bom, era apenas a minha irmã querendo que eu tome conta do Doris e da Ernest para ela pode sair, mais está resolvido. " termina.

"Mas a sua mãe e o seu pai trabalha ou algo do tipo?!" Pergunto me ajeitando no sofá.

"O Mark trabalha na mesma profissão que o seu pai, então já da para perceber que ele é bem ocupado , a minha mãe tem a floricultura dela e a Fizzy está em viajem e eu trabalhando, ai as crianças ficam com a Lottie." explica suspirando.

"Ai por isso que ela queria que você olhasse as crianças?" perguntei e recebi um 'Sim' vindo da parte dele. ''Porque você não deixou não ela trazer eles para cá? Seria até bom um pouco de animação infantil aqui em casa, e eu amo criancinhas. " falo dando um sorriso sincero.

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