Com a cabeça dolorida me levanto do chão e me apoio na parede. Arrasto os meus pés para caminhar e logo ele bate com o primeiro degrau da escada, levanto um pé começando a contar passos.
Assim que subo as escadas vou em direção ao meu quarto e escuto os passos do Louis atrás de mim.
"Me desculpa, Alex. Só foi bem engraçado. " ele fala e ri mais ainda. Idiota.
Bufo e continuo a andar pelo corredor até chegar no meu quarto.
Assim que entro vou contando os passos até o guardar roupa, passo a minha mão pelas roupas até sentir uma t-shirt de manga e uma calça moletom fazendo o mesmo com as roupas íntimas.
Vou para o banheiro faço um coque no cabelo e entro na banheira.
Minha cabeça ainda está dolorida, provavelmente o galo já cresceu.
Termino o meu banho, visto minha roupa e vou para a parte de baixo da casa com uns tropeços aqui e outros alí.
"O que vai querer para o jantar? " Louis pergunta.
"Eu não sei..." respondo e penso. "...Talvez comida chinesa? Meu pai costumava deixar o número do restaurante em uma agenda lá na sala, e o dinheiro tem no escritório dele."
"Então vamos comer comida chinesa, o seu não importa do dinheiro?"
"Não, ele mesmo havia falado antes de você vir para cá que deixaria dinheiro lá no escritório e que eu poderia pegar."
"Ok, vou ligar para lá. " ele avisa e eu assinto.
Me sento no sofá e fico pensando de quando eu tinha amigas...- acho que ainda posso chama-las disso.-...de quando eu saia praticamente todos os finais de semana, eu não era de ir para balada e curti com todos, sim de ir para balada e me divertir com as amigas, era o meu único refúgio. Passar o final de semana em casa sem meu pai ou ir para balada, então preferia a segunda opção.
A morte da minha mãe fez com que uma parte do meu coração ficasse com uma parte obscura, com a perda de compreensão e carinho do meu pai fez com que a parte obscura se expandisse mais e com a minha perca da visão fez com que a parte obscura ter praticamente 75% de escuridão cravado dentro do peito. 25% é o que resta da parte colorida, no caso: esperança, felicidade e amor.
Eu às vezes fico me perguntando se independente da minha deficiência visual, vou conseguir ter um amor, não um amor de adolescente, mas sim um amor que dure até a morte, um amor que cresça conforme o passar dos anos, será que eu vou conseguir construir uma familia? São coisas que depois da minha perda da visão, fica constantemente perambulando na minha mente.
"Ja liguei para o restaurante e dentro de meia hora a comida chega. " Louis fala e eu assinto.
"Alexia, você sabe tocar piano?"
"Sei sim, porque? " pergunto.
"Mais cedo eu vi você fazendo uma insinuação como se estivesse tocando, e pela forma que você fez, foi como de uma pessoa que sabe as notas de um piano, e aliás, gostei da estrofe. " ele fala e eu coro violentamente.
"Oh sim, eu sei mais ou menos as notas, sei o básico resumindo. Huh Sr.º Tomlinson, me observando?!" brinco e a ergo a sobrancelha direita sorrindo.
"A-ahrn não, não. Eu só havia escutado e gostei. '' responde e eu Caio na gargalhada
"Calma homem, eu só estava brincando. Enfim, e você sabe tocar piano?" pergunto ainda rindo.
"Sei sim." Fala.
"Tem um salinha nessa casa que tem um piano, é antigo mais tem. É o que fica perto do escritório do meu pai." falo. "Me leva até lá?"
"Claro, vamos."
E com a curta resposta levanto do sofá e sinto a mão dele na minha cintura e me guia até a sala que era da minha mãe.
Assim que entramos na sala, um cheiro de poeira acompanhado com cheiro de rosa invade as minha narinas. Minha mãe sempre gostou de cheiro de rosa, ela gostava de colocar velas de cheiro em cada canto dessa sala.
Eu continuo colocando, eu sei, é estúpido pra alguns, mas para mim não. É como ter um pouco mais dela sem ela está aqui.
Ouço os passos do Louis pelo cômodo da casa e logo o barulho de plastico ser mexido.
"Alexia, isso ta cheio de poeira, vai fazer mal á você. " Louis fala e eu não dou muita atenção e dou alguns passos com a mão a minha frente para localizar o piano.
Assim que o encontro, sento no banco levanto a madeira e levo meu dedos a teclas do piano e começo a tocar.
Conforme vou tocando passa cada parte d quando minha mãe me ensinou como flashes na minha cabeça. Assim que paro sou recebida com palmas.
"Wow, você toca muito bem, Alexia!" Louis exclama.
"Ah que nada, mas obrigado. Agora é a sua vez, vai lá."
Me levanto do banquinho e me encosto na parede.
Os meus ouvidos são preenchido com a melodia doce e lenta que o Louis está reproduzindo no piano.
A forma como a música é, me faz lembrar da forma do meu pai, sim meu pai também toca, mas ele parou de tocar. Ele para de tocar e eu assobio e Bato palmas.
"Até que não foi mal " brinco e ele gargalhada. "brincadeira, você toca muito bem... Me lembrou quando o meu pai tocava."
"Seu pai tocava? Wow" Ele fala e é possível notar a surpresa na sua voz.
''Sim o meu pai tocava."
"Essa eu não sabia, mas vamos para a sala? Daqui a pouco a comida chega. " ele fala e eu afirmo.
Passados uns cinco minutos acho eu, a campainha toca e o logo após o Louis volta com o nosso jantar.
Seguimos para a cozinha e sentamos na mesa depois de colocar comida para o prato. Começamos a comer em um silencio confortável e conforme esse silêncio eu lembro da Sammy, cadê ela?
"Louis, você viu a Sammy? Desde de cedo não escuto nenhum latido dela."
"Ela estava no seu quarto dormindo. " fala e eu solto uma risada.
"Eu às vezes esqueço que é uma cadela muito dorminhoca." falo. ''Depois você pode trocar a água dela e colocar mais ração? Só para ela não latir a noite inteira por favor." falo
Voltamos a comer terminamos de comer e o Louis voltou com as piadas secas e sem graça e ele joga na minha cara dizendo que eu que sou sem graça.
E em meio da minha risadas ouço o barulho da porta da frente se abrir.
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Blind
Teen Fiction❝O nosso amor não precisa ser perfeito, só precisa de ser verdadeiro.❞ ➢ Louis Tomlinson Fanfiction. Copyright, © 2015 Searchles, Inc. All rights reserved ThisStyles.