• Capítulo 8 •

184 30 15
                                    

Ouço o barulho da porta da frente sendo aberta. E por fim barulho de passos de umas botas tão conhecida por mim. Os famosos sapatos feios e socais do meu pai.

"Boa noite, vejo que estão se dando bem mesmo. " Fala assim que para de andar.

"Oh, percebeu foi? Estamos sim pai, aposto que o senhor e o trabalho estão se dando melhor do que eu e o Louis." Falo áspera de mais, eu não estou ligando muito. Eu só queria que ele largasse um pouco aquele centro medico e lembra-se que tem uma filha em casa.

"Vai começar com esse charminho de novo, Alexia? Por favor já tivemos essa conversa antes e você já está bem crescida para isso!" ele responde com a sua forma autoritária que eu odeio.

"Charminho pai? Isso é charminho?" Solto uma risada nasal com um sorriso nos cantos dos lábios balançando a cabeça de um lado para o outro sem acreditar nas falas dele. "O senhor chama de charminho uma reclamação de falta de atenção a sua filha? O senhor acha certo deixar sua filha cega dentro de casa sem a atenção paterna por dois, três dias ou até mais? E eu sei que eu cresci, mas mesmo assim quero a atenção que eu não tenho do meu pai!" Grito levantando do sofá.

"É para isso que você tem um acompanhante médico! Para te dar atenção e está te ajudando em coisas que eu não estou aqui para ajudar. " Ele fala com a voz mais autoritária que o normal.

"O senhor acha que a atenção do Louis vá valer mais do que a do senhor?! Me desculpe, mas o senhor não está se ouvindo direito..." Falo passando a mão pelo meu cabelo liso ondulado. "Louis, me ajuda a subir por favor? Eu não quero dá ouvidos a falas como essas."

"Claro, vem."

Começo caminhar em direção aonde ele estava sentado pelos meu cálculos e ele me guia até as escadas em seguida sentando na cama do meu quarto.

"Louis, me desculpa por ter que aturar aquilo a pouco lá em baixo, eu só..." não consigo terminar as falas e solto um suspiro jogando meu corpo para a cama.

"Eu te entendo perfeitamente, Alex, faria o mesmo no seu lugar. Ele só deve está sobrecarregado do trabalho dele. " Responde e sinto a mão dele entrar em contato com o meu coro cabeludo e começa a massagear-la e eu sou um 'Hum' em apreciação, mas me arrependo por ter saido como um gemido e ele rir.

"Me desculpa eu só gostei da forma da massagem. " Falo e sinto um certo rubor no meu rosto.

"Tudo bem, eu sei que isso é bom."

Ele continua a massagear meu coro cabeludo e eu sinto minhas temporais pesarem até eu cair no sono.

Através do meu sonho sinto alguem mexer no meu cabelo murmurando: "Eu te amo muito, filha. " e beijar minha testa.

[...]

"Mamãe, olha o desenho que eu fiz para a senhora! A professora disse que é lindo. " Digo a mamãe correndo até ela com o desenho em minhas mãos. Ela está com a sua habitual feição escorada no portão da escola.

"Oh, sério amor? Deixa-me ve-lô." pede assim que eu dou um abraço apertado nela.

Ela analisa o desenho e dá um pequeno sorriso para mim. Ela não gostou?

"Alexia, querida. Amei seu desenho! Mas diga para a mamãe, quem é esse menino que está de mãos dadas com você? " Mamãe pergunta ainda analisando o desenho.

"Ora mamãe, esse é o papai, essa sou eu, esse é o Willian, meu maninho e a senhora. " Falo colocando a mão esquerda na cintura e a outra seguro minha merendeira.

"Mas meu amor, você não tem um irmãozinho. " Fala com o seu olhar meigo.

"Mais eu vou ter, não vou mamãe? " Pergunto olhando para os seus olhos cor de mel.

BlindOnde histórias criam vida. Descubra agora