capítulo 5

1.6K 112 5
                                    

Russo 🇷🇺

Acordei no pulo com o barulho do portão.

- Qual foi, L10 - sentei do lado dele - tá achando que a casa é tua?

- Sou da família já - tirou o cigarro do bolso

- O que tu quer dez da manhã na minha casa, VN não tá aqui não.

- Vai chegar carregamento, o azul já mandou o papo - sorriu

- Finalmente notícias boas, vou jogar uma água no corpo e broto já na boca para resolver esse bagulho - me levantei

L10 é meu parceiro desde sempre, não mato e morro por ninguém, mas esse dai é meu faixa. Fortaleceu os mano quando nós não tinha nada, hoje que chegamos no topo, ele segue firme fortalecendo.

Terminei o banho e peguei uma cueca box branca da Calvin Klein, um short jeans preto e o manto do Vascão.
Passei Malbec Signature, coloquei meu escapulário e a pistola na cintura.

Odeio esses bagulhos de corrente muito grossa ou muito chamativa, só uso meu escapulário, o coroa me deu quando eu tinha 15 anos e uso ele até hoje. Maior valor sentimental ele tem para mim, se eu perder esse bagulho, não consigo nem dormir.

Parei na boca e os vagabundo tudo sentado descansando.

- Vida de vagabundo é boa mesmo - bati na cabeça deles

- Tava só descansando, patrão - RD ajeitou a bandoleira

- Tô só pegando a visão do caminhar de vocês, tão muito atoa - subi as escadas em direção a minha sala

Abri a porta e o L10 tava mexendo no celular

- Caralho, virou bagunça essa porra - bati com a pistola na mesa

- Tava acionando as novinha - riu e me mostrou a foto de uma maluca pelada

- Sou vagabundo de ficar olhando foto de mulher pelada não, L10. Agiliza tua função - fechei a cara

- Calma amor, tá muito estressado hoje - L10 alisou meu pescoço

- Tu é viado mesmo, sai porra - bati na mão dele

- Viado não, prostituto de luxo - bateu na bunda dele e eu ri

Esses bandidos tão muito fraco, tudo viado.

Resolvi algumas coisas do carregamentos de armamento que ia chegar. Na última invasão a gente perdeu uns bagulhos, mas nenhum prejuízo muito grande.

A última invasão tinha sido a 1 mês atrás, os pm estão muito calmos e os alemão mais ainda. Fico neurótico com a vida muito calma, não sou acostumado com uma paz muito longa.

O dia passou rápido, agora no final da tarde ia visitar os gêmeos, tava todo mundo bobão com a chegada deles.

A loira falou que eles iam passar uns dias na uti neonatal, mas não muitos.

Cheguei no hospital e a enfermeira que tava na sala era outra, feia.

- Recebi alta, mas vou ter que deixar meus filhos aqui - fernanda falou assim que a enfermeira saiu do quarto

- Foda, mas logo logo eles vão estar com nós fazendo aquele churrasco com os crias - falei sentando na cadeira

- Tem hora que eu só queria ter feito diferente, ter tido mais cuidado. - começou a chorar - sou uma péssima mãe

- Pô cara, fala isso não. - tentei ajudar ela - Tu é foda, Fernanda. Passou por vários bagulhos em meio a gravidez é mesmo assim se manteve forte por eles.

- Aí Renan, não quero deixar meus filhos aqui. - limpou as lágrimas - o Éverton me consola, fala que vai ficar tudo bem, mas parece que nunca vai ficar.

- Ô ruiva, fica mec que jaja os branquinhos vão estar com nós - fiz sinal com a mão

Não levo jeito para fazer esses bagulhos de ajudar ou aconselhar, nunca tive alguém que me escutasse, então sempre me fechei para o mundo.
Mesmo tendo o Éverton, nunca gostei desse bagulho de me abrir para geral.

Ajudei a Nanda nos bagulhos dela do quarto e desci com ela, VN tinha ido em casa deixar a avó dela e pegar o carro.

Lance Eterno [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora