Capítulo 17 - O Sequestro

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•Shota pov:

Depois daquela tarde produtiva, Mei acabou por dormir comigo. Nessa noite, dormimos abraçados e só acordamos, no dia seguinte, quase ao meio dia. Tudo estava normal, até ela começar a agir de um jeito estranho enquanto a levava até casa, no carro. Perguntei se estava tudo bem e ela me respondeu que sim e que estava apenas com uma sensação ruim. Achei que fosse apenas a ansiedade dela falando mais alto, então falei para ela não pensar muito nisso e ela concordou. Quando chegámos no prédio dela, me despedi com um longo beijo em seus lábios e nos separamos ali.

Dias se passaram e eu não tinha qualquer sinal da Mei. Ela não respondia a nenhuma das minhas mensagens nem atendia o celular. Estranhei.

Primeiro, pensei que ela estivesse apenas dormindo ou distraída com algo mas, com o passar dos dias, comecei a me preocupar cada vez mais.

As aulas voltaram, porém Mei não estava na escola. Depois da primeira aula, falei com a Nemuri, com a esperança de que ela pudesse ter notícias dela.

— Bom dia, Nemuri. Sabe se está tudo bem com a Mei?

— Ela não veio dar aula? Que estranho... É que ela não me responde às mensagens faz um tempo também. Estará doente?

— Eu não sei... Estava pensando em passar pela casa dela no final das aulas, quer vir junto?

— Quero sim. Ela não é do tipo de pessoa que some desse jeito.

Algo não estava certo, eu tinha a certeza disso. Se Mei realmente estivesse doente, ela com certeza falaria para alguém e eu já estaria cuidando dela. Alguma coisa de ruim havia acontecido.

No final das aulas fui com a Nemuri na casa da Mei, como combinado, mas estava vazia. Batemos na porta e tocamos na campainha vezes sem conta e nada. Não havia nenhum sinal dela.

Mei foi então reportada como desaparecida e as buscas começaram. Primeiro, fui com os policiais no apartamento dela. Eles destrancaram a porta e eu entrei junto deles. O apartamento estava um caos. Havia estilhaços de objetos partidos por toda a parte, acompanhados por algumas manchas de sangue. Quando vi aquele cenário, senti um aperto no peito tão forte que parecia que estavam me espetando facas em torno do meu coração.

Enquanto eu fiquei parado, quase sem reação, os policiais tiraram várias fotos e coletaram várias provas para investigarem mais tarde. Depois, fui interrogado, afinal, eu fui o último que esteve com Mei, antes de ela sumir.

Dias se passaram e eu mal conseguia dormir. Os policiais me mantinham informado sobre o que estava rolando nas investigações e como poderíamos recuperar a Mei, porém eu não conseguia relaxar nem por um minuto.

Sabíamos que Mei havia sido raptada, não havia dúvidas. Tínhamos os principais suspeitos e uma possível localização. Com essa informação, rapidamente se organizou uma operação de resgate, que teria início na noite do quarto dia após Mei ter sido dada como desaparecida.

Na noite da missão, nos juntamos em frente de uma casa abandonada, onde Mei estava, segundo as pistas. Para além de mim, estavam presentes a Midnight, o Mic, o All Might, a Thirteen e o Ectoplasma. O nosso objetivo era salvar a Mei e prender os criminosos envolvidos sem causar muito dano à estrutura da casa, que parecia estar perto de desabar. Eu e a Midnight ficaríamos responsáveis por controlar os inimigos, o Ectoplasma de vigiar o máximo de área possível e o All Might e o Mic ficariam no ataque de curta e longa distância, respetivamente.

Quando os policiais deram o sinal, entrámos na casa, que estava escura e vazia, e começamos a procurar por possíveis passagens secretas. A casa só tinha um andar, o que facilitava o nosso trabalho, por isso não demorou muito até acharmos um alçapão, coberto por um tapete. Ao abrir ele, demos de caras com uma escada que descia em direção à escuridão de um longo corredor.

MY HERO ~~ SHOTA AIZAWAOnde histórias criam vida. Descubra agora